As Reliquias De Gelo E Fogo - Trono De Gelo

Christian Coutain

Depois do almoço, todos os convidados já haviam partido ficando apenas a princesa Alice que prolongara sua estádia a pedido do príncipe para que desse a chance dos dois se conhecerem melhor e claro que Lord Darkus não pode reclamar, afinal, ele havia aceitado a proposta de casar seu filho com a princesa, mas a preocupação real era com seu filho Christian, logo chegaria à data da sua coroação e era dever do príncipe já está casado, o problema é que isso ainda não aconteceu e a cada dia que passava se aproximava essa data. Darkus se sentia cansado de governar e sabia que logo deveria deixar o posto para o filho, mas na sua cabeça Christian ainda não estava pronto, ainda.

- O senhor mandou me chamar? - Christian entra na sala do trono e faz uma reverencia ao pai.

- Mandei sim, sente-se - ele aponta para o assento a sua frente - hoje de manhã recebi uma carta de meu filial das Ilhas De Fogo no litoral do palácio de fogo e fui informado que o imperador não se achou convencido da nossa lealdade com o casamento de Harllan e Alice, mas ele não pretende interferir e isso nos dá mais tempo.

- Que bom pai.

- É – ele suspira – e com os preparativos do casamento de seu irmão, não terei mais o tempo suficiente para realizar algumas tarefas e como você em breve será rei, pensei que podia ir no meu lugar – ele fala analisando uns papeis.

- Quais tipos de tarefa, pai? – Christian pergunta interessado.

- Navegações. Preciso que você embarque com Sir. Carlos Tavin e mais alguns guerreiros para analisar o mar e as terras ao litoral – ele suspira e entrega os papeis para o filho – analisando cada detalhe exposto nesses papeis, acha que consegue?

- Claro – Christian fala com olhos nos papeis.

- Ótimo. Vocês partem amanhã – suspiro – é melhor se preparar.

- Acha que Ardon não está protegida o suficiente? – Christian pergunta antes de sair.

- Todas as cidades são importantes, Christian. Mas por ser a capital do reino e o local onde nós moramos é necessário uma proteção maior – ele olha de soslaio para o filho – não tem com que se preocupar, essa viajem será para a melhoria da proteção de todo o território do sul.

- Começando pelo litoral? – ele pergunta não soar sarcástico.

- O local mais provável de ataques inimigos e é crucial que você verifique se as forças estão prontas para qualquer perigo.

- Certo – Christian faz uma reverencia e sai da sala do trono.

Ele anda lentamente pelos corredores do castelo com a mente voltada para o pai tão preocupado em proteger seu povo de uma guerra eminente, depois que Lord Darkus passou a não atender prontamente o pedido do imperador em mandar anualmente quarenta por cento de todo o imposto recolhido pelo reino, vinte por cento de suas forças e as mais belas especiarias produzidas, Sargon recebeu os dez por cento de cada como uma forma de desafio, mas para o imperador o motivo não era o suficiente para iniciar uma guerra, mas não que a ideia estivesse deixada sua cabeça, Christian sabia que o imperador só estava esperando o momento certo e que atitude do pai era a mais correta a se fazer. Uma risada fez com que Christian despertasse de seus pensamentos e olhasse pela sacada disposta em um dos enormes corredores do palácio, a sacada dava direto para o jardim, Christian encontra seu irmão conversando com a princesa Alice Sainviltare que se mostrava cada vez mais corada a cada palavra que Harllan pronunciava. Christian não conseguia ouvir, mas dava para presumir os elogios do irmão para a noiva.

- Senhor – Christian ouve uma voz grave sendo pronunciada atrás de si.

- Sir. Tavin – ele olha o capitão da guarda que trajava seu uniforme casual de sempre que o deixava mais alto e a mostra os músculos que compunha todo o corpo de Tavin – estava mesmo indo ao seu encontro.