Grávia

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Sargon Harrivald

- Chegou uma carta de Ardon, Majestade – o serviçal fala para Sargon que almoçava com sua família. Ele pega a carta e a lê.

- Parece que vamos ter um casamento aqui – Sargon sorri e entrega a carta para o serviçal – que possamos estar prontos até a chegada dos convidados.

Todos na mesa olham para o imperador sem entender.

- Pedi para que o príncipe herdeiro de Lord Darkus se cassasse em nosso palácio – ele fala olhando para a esposa e os filhos.

- Vamos dar uma festa – a imperatriz comenta animada.

- Isso mesmo querida – Sargon sorri.

- Precisamos organizar tudo, deixar tudo pronto até a chegada dos noivos – ela levanta da cadeira – com a sua licença, adoraria cuidar disso pessoalmente – ela abre um sorriso de orelha a orelha.

- Fique à vontade, querida.

Sargon vê sua esposa andar a passos largos até a saída da sala.

- E você, Dartã – ele volta o olhar para o filho – terão muitas donzelas nobres aqui em duas semanas, peço que nesse tempo de festividade possas encontrar uma esposa, seu tempo está acabando. Logo terá que governará. E todo rei precisa de herdeiros.

- Sim, meu pai – Dartã responde.

Sargon se levanta da mesa e antes de sair da sala olha para traz.

- Preciso de você duas horas para uma reunião do conselho, não se atrase – ele fala e sai da sala.

Seus passos são largos mais lentos, Sargon sabia que Lord Darkus aceitaria seu convite, mas não esperava que fosse tão rápido, "a primeira parte já foi, agora a segunda" ele pensa.

~

Quando dão duas horas da tarde, Sargon anda em direção à sala do conselho que já estava com todos os membros no lugar inclusive seu filho.

- Senhores – ele entra na sala e fala – peço que perdoem meu atraso, mas tinha alguns assuntos pendentes que requeriam minha atenção.

- Um imperador nunca se atrasa Majestade – fala Sir. Austin. E Sargon sorri para ele.

- Então acho que podemos começar – Sir. Connot Belmore, líder do conselho fala.

- Salzã entrou em crise hoje, Majestade – Sir. Austin inicia – a mineração já vinha ficando escassa, pois todos os mineradores estavam fracos de mais por causa da fome.

- E o que disse Lord Ladyon Stank em relação a isso? – Sargon quis saber.

- Ele disse que não tem recursos o suficiente para tratar de todos os doentes.

- Claro, se ele parasse de alimentar aquela esposa dele – escutam-se algumas risadas – sobraria dinheiro para alguma coisa – Sargon fala estressado – corte dez por cento dos impostos para a coroa no Norte e os destine para remédios.

- Sir. Artin capitão da guarda da raposa do Leste pede permissão para dar um curso de treinamento para os novos recrutados.

- Sim – Sargon fala diretamente – destine dois por cento para Sir. Artin. – O escrivão anota no papel.

- O porto da Grávia recebeu uma carta das Cidades Livres majestade.

- O que aqueles selvagens desejam?

- Apenas trocar mercadoria, Majestade.

- Não devemos aceitar nada que venha daqueles porcos – Sir Ludiwa comenta e alguns concordam.

- Acho que poderíamos tirar vantagens disso, Majestade – Sir Artin fala – se aceitar, os selvagens produz muitas coisas das quais estão escassas em nossas terras, o ferro, por exemplo, já que os selvagens vivem de mineração e alguns rumores surgiram falando que eles estão produzindo navios de ferro com capacidade de navegar, podemos tirar boas vantagens disso.

- Se for verdade, Sir – Sargon fala – Dartã – todos olham para o príncipe – o que você acha?

- Mesmo sendo verdade ou não. Acho que seria uma boa fazer negócios com os selvagens já que como foi dito hoje, estamos escassos de minério.

- E se por acaso eles resolverem atacar? – o pai pergunta para o filho.

- Temos forças o suficiente para retalha-los – Dartã responde.

- Sábio – Sargon conclui – que assim seja. Mas alguma coisa? – todos ficam em silêncio – Tudo bem então. Sir. Meridon convide toda a nobreza de Asquelon, em duas semanas teremos a festa de casamento do príncipe Harllan e da princesa Alice como mostra de condolências a morte do príncipe Christian do Sul.

Todos se levantam e faz uma reverencia para o imperador.

- Sir. Austin – Sargon o chama – apareça hoje ao meu escritório após o jantar. Temos alguns assuntos a discutir.

- Sim majestade.

"Ele é de confiança" Sargon fala para si mesmo ao caminhar até o templo da Pedra de Fogo, e viu o ancião Marrid estava na porta.

- Marrid – Sargon fala após subir as dezesseis escadas até a portaria do templo – está ótimo hoje.

- Obrigado Majestade – ele se curva e deixa o imperador passar. Marrid era o único ancião que obedecera as ordens de Sargon antes dele ser imperador, Marrid era ambicioso e maléfico, diferente de todos os outros anciãos que vivia com ele no templo, mas agora metade deles estavam mortos e a outra estava escondida.

Sargon senta no chão ao lado do estandarte da pedra e a pega nas mãos ela era quente e dentre de si faíscas brilhavam e andava em círculos, a pedra era linda e iluminava todo o salão do templo que era fechado sem nenhuma entrada de luz, o povo acreditava que a pedra era um pedaço do sol que havia caído na terra para ajudar os humanos.

- Como és bela e preciosa – Sargon fala para a pedra e depois de algumas horas em silêncio apenas olhando para ela. Ele se levanta do chão e encontra Marrid no mesmo lugar – creio que logo teremos que a usa-la novamente – Sargon vê um sorriso maléfico crescer na boca de Marrid

- A suas ordens Majestade.


As Reliquias De Gelo E Fogo - Trono De GeloOnde histórias criam vida. Descubra agora