Evangelin - A senteça

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O Coração de Evangelin aperta assim que seus olhos se abrem e ela lembra o que está prestes a acontecer "meu filho irá morrer hoje e eu não poderei fazer nada para impedir isso" ela pensa e deixa a lagrima em seu estado natural inundar seu rosto. Ela, Sir. Antony e Sor. Bruce haviam chegado à Grávia no dia anterior e se hospedado em uma hospedaria próxima ao centro da capital.

- Certo – Evangelin é a primeira a falar depois que encontra seus fiéis companheiros sentados em duas cadeiras próximos a saída da hospedaria – a sentença começará as duas da tarde o que quer dizer que temos apenas uma hora e meia até agirmos.

- Então vamos rever o plano – Sir. Antony abaixa um pouco a voz, apesar de a hospedaria estar vazia, pois as pessoas desejavam chegar o mais cedo possível para garantir os melhores lugares para o "espetáculo", ele estava um pouco temeroso – assim que chegarmos ao templo Sor. Bruce entrará no templo e se certificará de que não há ninguém no local, assim que a barra estiver limpa minha senhora entra e captura a pedra enquanto Sor. Bruce lhe dá cobertura dentro do templo eu fico de vigia no lado de fora.

- Isso mesmo – Evangelin estava em pé de frente para os dois e os olha com firmeza – essa missão depende de nossa honra, de todos do Sul e não podemos falhar.

- Não vamos falhar – Sor. Bruce completa.

- Certo. Então vamos, nossa caminhada será um pouco cansativa já que vamos a pé – Evangelin conclui e anda até a saída da estalagem seguida por Sor. Bruce e Sir. Antony.

A caminhada é calma, Evangelin havia cortado seus longos cabelos louros até os ombros e com a mudança no visual ela estava irreconhecível com as roupas de plebeia. Como todos estavam reunidos em um só lugar, eles não tiveram dificuldade de chegarem até a parte inferior do templo que era cercado por um pequeno córrego que cheirava muito mal. Havia poucos guardas ao redor, mas nenhum deles ousava ir para a parte inferior do templo, eles apenas ficavam próximos a entrada e nesse dia sem muita preocupação já que praticamente os milhões de habitantes da Grávia estavam reunidos no centro da capital para assistir a sentença do príncipe Harllan.

Sir. Antony vai até a entrada do templo e fica nas proximidades disfarçando para não ser suspeitado pelos guardas enquanto Evangelin espera Sor. Bruce – que achou a entrada depressa de mais para o gosto dela – ver se realmente o local se encontrava vazio, de acordo com o relógio na torre do palácio da Grávia, faltava apenas meia hora para iniciar a sentença e Evangelin sente seu coração apertar esse sentimento dói demais dentro dela que quase a deixa sem folego.

- Senhora – Sor. Bruce fala tirando ela do transe – está tudo liberado.

Evangelin acena com a cabeça e adentra o templo tentando ser o mais rápida que pode, o lugar era como um labirinto para ela com muitas portas e corredores, só depois de alguns minutos de procura que ela consegue achar a sala onde estava a Pedra de Fogo.

O lugar era todo fechado e continha grandes cortinas de cetim ao redor da pedra que iluminava praticamente todo o recinto com a sua luz. O calor transbordava no lugar que não continha nem uma janela para sair todo aquele ar quente, Evangelin fica um pouco sem folego e seu corpo inteiro começa a soar com descontrole à medida que ela vai se aproximando do grande pedestal de ouro onde estava a pedra.

Assim que ela toca na pedra sua mão esquenta um pouco, mas logo se acostuma e ela consegue envolver a pedra em um tecido escuro que carregava como detalhe do velho vestido. Seu coração acelera e Evangelin sabe que precisa de se apressar, quando ela encontra Sor. Bruce com os olhos atentos a qualquer sonido feito na região, seus batimentos cardíacos desaceleram-se um pouco.

- Aqui esta – ela fala e entrega o tecido enrolado na pedra para Sor. Bruce que a guarda em uma mochila e uma alça que ele carregava no ombro esquerdo.

- Temos que ir – Sor. Bruce termina de guardar a pedra e olha em volta para ter certeza de que ninguém estava os observando, mas o lugar fedia tanto que era impossível alguém ir parar ali.

Os dois seguem calmamente até o encontro de Sir. Antony que estava despreocupado em relação aos guardas que conversavam com algumas meretrizes que passavam pela região.

- Já podemos ir – Sor. Bruce olha Sir. Antony que já começava a trajar em seu rosto o cansaço que sua longa vida já havia vivido.

- Pegaram? – Sir. Antony desencosta da árvore e olha para Evangelin e Bruce.

- Sim – Evangelin responde e os três começam a andar indo pelo caminho onde não teriam que passar no local onde estaria acontecendo à sentença de Harllan.

- A senhora não vem? – Sir. Antony olha para a mulher que estava com o rosto voltado para o caminho que dava para o centro da Grávia.

- Encontro vocês na estalagem – ela fala sem olhar para os homens atrás dela.

- Sabe que não precisa fazer isso milady – Sor. Bruce fala com a voz calma.

- Preciso despedir do meu filho Sor. E não se preocupe, não irei demorar – ela fala e começa a caminhar em direção ao centro.

À medida que ela vai se aproximando ela escuta a gritaria do povo, o lugar estava lotado e passar entre aquelas pessoas era quase impossível, mas Evangelin só conseguia ver a família do imperador reunida no tablado juntamente com Marrid e alguns conselheiros do imperador conhecidos como "A Justiça do Império".

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As Reliquias De Gelo E Fogo - Trono De GeloOnde histórias criam vida. Descubra agora