Ewo é uma palavra yorubá que significa literalmente tabus. Também chamada popularmente de kizila pela maioria do povo da cultura afro brasileira, denominado de candomblé.
São regras de conduta exigidos pelos orixas na feitura de santo do que um elegun não pode comer ou fazer, durante um curto ou longo periodo da sua vida. As interdições são proclamadas pelo babalorixá ou iyalorixá, depois de fazer a leitura no merindilogun logo após os rituais de apanan e urupim. Transgredir o Ewo é interpretado como afronta por toda comunidade, até mesmo aos Orixás e passível de punição que pode variar desde uma pequena oferenda de comida ritual a uma oferenda de uma animal de quatro patas.
São kizilas comum a todos os terreiros de candomblé: Não comer caranguejo, peixe-de-pele, cajá, jaca, beringela, alguns tipos de marisco, raia-pintada.
Ewo comportamentais: Deve-se receber qualquer objeto ou alimento com as duas mãos, alimentar-se com a cabeça descoberta, não passar por baixo de arame farpado, não andar nas ruas ou sair da casa de candomblé nos horários de meio-dia, meia noite ou as 18 horas.
Kizilas de Yawô:
Não tomar banho de mar.
Não entrar em cemitério.
Não dormir com os pés para porta da rua.
Não tomar bebida alcoólica.
Não usar roupas pretas, roxas e vermelhas.
Não comer restos de outro.
Não deixar passar a mão na cabeça.
Não deixar os sapatos emborcados.
Não dormir de barriga pra cima.
Não usar roupas rasgadas ou remendadas.
Não terminar o que o outro começou.
Não atravessar encruzilhadas.
Não ficar de costas para o fogo.
Não sentar em entrada de casa
não ficar de costas para porta ou janela.
Um dos piores Ewo e abominável por todos do candomblé é a quebra do Kàrô (juramento feito diante do obi).
VOCÊ ESTÁ LENDO
Candomblé e Umbanda
SpiritualAprendizado sobre a nossa cultura, nossos ancestrais, Orixás, nkisis e Voduns...