Yewá ou Ewá, Orixá do rio Yewa, que fica na antiga tribo Egbado (atual cidade de Yewa) no estado de Ogun na Nigéria. Orixá identificada no jogo do merindilogun pelo odu obeogunda.
Verger conta que na Nigéria, Abimbola publicou um itan Ifá (história de ifa), falando "que de certa feita estando Iyewa à beiro do rio, com um igba (gamela) cheio de roupa para lavar, avistou de longe um homem que vinha correndo em sua direção. Era Ifá que vinha esbaforido fugindo de Iku (a morte).
Pedindo seu auxílio, Iyewá despejou toda roupa no chão, que se encontrava no igba, emborcou-o em cima de Ifa e sentou-se. Daí a pouco chega a morte perguntando se não viu passar por ali um homem e dava a descrição. Iyewá respondeu que viu, mas que ele havia descido rio abaixo e a morte seguiu no seu encalço. Ao desaparecer, Ifá saiu debaixo do igba e levou Iyewá para casa, a fim de torná-la sua mulher.
Ewá, Euá, Iyewá, Orixá feminino, é a divindade do rio e da lagoa Iyewá na Nigéria. Uma das iabás, considerada ora irmã de Iansã, ora irmã de Oxumarê. Seu nome significa mãezinha do caráter.
Verger em suas pesquisas diz: "Na Bahia é cultuada em casa de fundamentos, casas antigas, devido à complexidade de seu ritual. As gerações mais novas captaram conhecimentos necessários para a realização do seu ritual, através do culto de Ifá e seus tratados. Em 1981, houve uma saída de Iyewá no Ilê Axé Opô Afonjá, após mais de 30 anos da iniciação da anterior. Com a volta do culto de Ifá e dos babalawôs, muitos santos como Yewá, Okô e Olokê estão voltando a serem feitos. O que antes eram comum as casas dizerem que não tem folha ou se perderam com o tempo. Na Bahia antiga, muitas casas tinham o auxílio dos babalawôs, com o tempo eles foram sumindo e morrendo, até se perderem completamente os seus conhecimentos, mas uma nova janela se abre para o culto dos orixás nas mãos dos inciados em Ifá que dirigem as casas de santo, os awos, awofaka, oriates e olwôs estão trazendo de volta os cultos antes perdidos. As casas de santo se enchem do brilho dos orixás antes sumidos que agora estão de volta.
As cores dos seus colares (fio de contas) são o vermelho e azul (transparentes). Usa como insígnias a âncora e a espada, ofá que utiliza na guerra ou na caça, brajás de búzios, roupa enfeitada com iko (palha da costa) tingida. Gosta de pato, também de pombos, odeia galinhas. Há um vodun daomeano com o mesmo nome, cultuado em São Luís do Maranhão.
Saudação: "Riró!". Ewa/Yewá é o orixá da beleza, geralmente cultuada junto a seu irmão inseparável Oxumaré, juntos conduzem o arco-íris e o ciclo da água. Por ser orixá pouco cultuado é muitas vezes identificada como Oxumarê "fêmea", devido a também levar uma cobra só que pequena.
Não é raro encontrar uma filha de Yewá. Sendo que muitas casas por medo as iniciam para Oxum ou Oyá. Elas são valentes e guerreiras, muito belas e conquistadoras. Sabem o que querem e vão até o fim. São prestativas e se preservam quanto a moral e educação, ou a expor seus sentimentos.
Espero que tenham gostado desse mais novo conhecimento virtual. Continuem favoritando, lendo e comentando o que vocês acharam, pois isso me inspira a atualizar sempre para vocês!!! Boa leitura :)
VOCÊ ESTÁ LENDO
Candomblé e Umbanda
SpiritualitéAprendizado sobre a nossa cultura, nossos ancestrais, Orixás, nkisis e Voduns...