Capítulo 22

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Boa Noite minhas flores (Ou bom dia, sei lá)!!! Que tal vocês atrasarem o relógio de vocês uns 40 minutos e fingirem que ainda é domingo? Perdão ter passado alguns minutos do horário, fiz o máximo que pude. 

Reta final chegando galera, preparem os lencinhos para os próximos capítulos. Por enquanto ainda teremos fofura. 

Obrigada pelo carinho de sempre, até a próxima quinta, e um beijo gigante! 

Ótima semana!!! 


<3


Noah



Ainda não consigo acreditar que isso realmente aconteceu.

Ela está aqui do meu lado, dormindo tranquilamente, com apenas o cobertor que compartilhamos, cobrindo o seu corpo. Eu sempre amei vê-la dormir. Às vezes, quando eu ainda trabalhava no reformatório e dava plantão duas vezes por semana, eu costumava ir até o a sua sala, quando todas estavam dormindo.

Gostava de olhar o seu rosto, ver a tranquilidade e a juventude que não costumava estar presente quando ela estava acordada. Geralmente ela tinha uma expressão de dor, raiva e medo que costumava ser extremamente exclusiva. E eu odiava aquela expressão, principalmente, porque eu odiava o fato dela ter passado por tudo isso. Então, quando eu via essa expressão em seu rosto, quase angelical, eu tinha esperança. Esperança que um dia, aquela expressão estivesse presente também, quando seus olhos estivessem abertos.

Então, de repente, ela começou a acordar. Seus olhos começaram a piscar, umas três vezes pelo menos, até que seus olhos focarem em mim. Seu rosto corou, quando ela olhou para a forma como estávamos deitados, e desnudos. Achei bonitinho, a cor avermelhada em sua pele branquinha, a deixava com um ar infantil, eu gostava disso.

Só que aí, depois de um segundo envergonhada, aconteceu uma coisa simples, que eu achei a coisa mais incrível do mundo. Ela sorriu.

Eu sei, eu sei, essa deve ter sido a coisa mais brega que você já leu. Mas é verdade. Eu sei que você deve estar pensando: Ué, mas ela já não sorriu milhares de vezes desde que vocês se conheceram? E a resposta é sim. O que deve ter feito tudo se tornar mais confuso ainda.

Mas acredite ou não, esse sorriso era diferente. Pode até não ter sido para ela, mas foi diferente pra mim.

Havia um brilho em seus olhos, que me fez lembrar daquelas noites de plantão no reformatório. Minha esperança naqueles dias, era que um dia eu veria exatamente essa expressão em seu rosto.

Não foi apenas o sorriso nos lábios, mas a ausência de medo nos olhos que eu achei a coisa mais incrível do mundo.

– O que você está pensando? – Ela perguntou, o sorriso ainda presente.

Balancei a cabeça, sabendo que não teria como explicar o que exatamente eu estava pensando, provavelmente ela não entenderia, afinal, ela não tem a mesma lembrança de si mesma que eu tenho, tampouco consegue notar em toda a amplitude a transformação que sofreu, menos ainda, se dá o devido crédito por isso.

– A mesma coisa de sempre, estava pensando em você.

Ela revirou os olhos e a nuvem de fofura que nos rodeava a alguns instantes, se dispersou. Estranhamente – ou não tão estranhamente assim – eu não senti falta dela.

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