Capítulo 8

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Boa Noite Meninas! 

Prometi e cumpri. Aqui está mais um capítulo de Agora & Sempre. Tenham paciência com esses dois, eles estão aprendendo ainda como viverem no mundo aqui fora, e principalmente como viverem um com o outro. Mas está bem perto das coisas ficarem mais alegres entre os dois! 

Um grande Beijo, espero que tenham curtido muito esse feriado. E até domingo! 


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Melina


 Naquela noite, eu bebi muito, demais até para ir para casa, por isso, Fábio me levou para a sua.

Era uma casa muito mais simples do que eu estava acostumada. O bairro em que era situada, não havia ruas pavimentadas, e as casas ao redor da dele, igualmente simples, evidenciavam o baixo poder aquisitivo daqueles moradores.

O cubículo era um pouco maior que o quarto que eu dormia na casa do Noah e bem menor que o quarto que tinha na casa dos meus pais. O quarto dele cabia apenas uma cama de solteiro e um guarda roupas pequeno. Havia apenas um banheiro para todos na casa. A Sala de estar, continha apenas um sofá de três lugares e um raque de madeira amarela, que aparava uma TV muito pequena e antiga. Apesar de toda a simplicidade do lugar, tenho que dizer que era bem bonitinho, assim como muito limpo e arrumado. A cozinha minúscula, ficava no mesmo cômodo da sala, o que separava os dois ambientes, era apenas uma bancada de mármore.

Mas quando acordei, no dia seguinte, deitada na cama dele, enquanto ele não havia dormido no quarto, eu percebi que mesmo como toda aquela simplicidade, ele havia sido bem educado. Depois de me levantar e verificar como estava pelo pequeno espelho de seu guarda-roupas, eu saí do quarto, esperando chegar ao banheiro. Mas me detive ao ver toda a família reunida na cozinha. De canto de olho, eu vi que era muito cedo e eles provavelmente, estavam se preparando para o trabalho.

Na mesa, se encontrava o Fábio, uma mulher de cabelos curtos amarrados no alto da cabeça, que imagino ser sua mãe, um homem de cabelos grisalhos, e vestido com uma roupa surrada - pelos seus trajes imagino que deva ser pedreiro – e uma garotinha que não devia ter nem cinco anos, de cabelos castanhos, vestida com um uniforme escolar.

-— Bom dia! — Ouvi a mulher dizer. Levantou-se da cadeira onde estava e veio até mim, cumprimentando-me com um abraço. — Você deve ser Melina, amiga do Fábio. Meu nome é Margarida, sou a mãe do Fabinho.

Sorri, meio sem graça, com medo que eles interpretassem o "amiga" de maneira errada. E tentei retribuir a simpatia, por mais que simpatia não seja uma das minhas maiores qualidades.

— Sou sim, é um prazer conhecê-la dona Margarida, espero não estar atrapalhando.

— Imagina minha flor, senta aqui, a casa é simples, mas o coração é grande.

Assenti e agradeci, sentando-me ao lado do Fábio. Confesso que estava com fome, nem me lembro a última vez que meu estomago havia visto algo consistente.

Uma xícara de café foi servida para mim, e leite também foi oferecido, mas eu neguei. Havia um bolo de fubá que estava com uma cara ótima, e que me lembrou como era os cafés da manhã em família quando era criança.

Me servi com uma fatia do bolo e ao prová-lo tive que fechar os olhos. Não sei se era pela fome – o que eu desconfio que não seja – mas o gosto daquele bolo estava divino. Senti como se tivesse ido ao céu e voltado. Não consegui controlar meu gemido de prazer.

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