Capítulo 18

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Boa Tarde! Pra variar eu trouxe o capítulo durante o dia e dentro do prazo! É para glorificar de pé leitoras!!! 

haha Obrigada pelo carinho de vocês, os comentários estão incríveis e eu estou muito feliz, por estar agrandando-as. Um enorme beijo, carregado de amor e carinho de uma autora completamente apaixonada por seus leitores. <3


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Melina

Mais tarde naquela noite, Noah estava no quarto com a atenção voltada para o computador jogando um jogo de nome estranho, que não sei pronunciar. Eu estava na sala deitada no sofá, assistindo um filme de animação enquanto Noemi tinha os olhos vidrados no celular, e seus dedos se mexiam sobre a tela com uma velocidade incrível. Quando eu acreditei que ela estava imersa em um mundo totalmente diferente do seu, ouvi sua voz chamando meu nome. 

— Melina, como conheceu meu irmão?

Me assustei com a pergunta inesperada e fiquei sem saber o que exatamente deveria responder. 

— No reformatório. — Respondi timidamente.

Ela assentiu, mas a maneira como continuou me olhando deu-me a impressão de que ainda esperava que eu completasse minha resposta. 

— Eu estava desequilibrada, ninguém me entendia e por mais que os psicólogos houvessem instruídos as pessoas a me tratar com cuidado, eles ainda não sabia o que fazer com o meu gene difícil. No dia que eu cheguei no reformatório, eu havia tido uma crise de raiva e bati em um monte de gente. Foi preciso dois homens para me segurar, e me levar até a solitária. Então o Noah apareceu lá...

Eu sentia raiva do mundo, e ali sentada naquele cubículo escuro, eu queria poder bater alguém até a morte. De repente um homem apareceu, ele era jovem e bonito, mas eu não reparei em nada disso, tudo que eu conseguia pensar era que era um homem, e não havia ninguém mais ali perto, era só eu e ele. O que era uma péssima combinação. 

Me afastei rapidamente, grudando na parede do fundo da sala, ansiosa por estar o mais longe possível dele, tentando estabelecer a distância mais longa que eu pudesse conseguir.

Mas ele não abriu a cela, ficou do lado de fora e sentou no chão. Aquilo não era o que eu esperava, definitivamente. Mas não baixei a guarda, continuava a olhar para ele como se pudesse arrancar a sua cabeça fora do corpo. 

 Não precisa ter medo de mim, Melina.

Torci o nariz. 

 Não tenho medo de você!

Ele sorriu, eu gostei daquele sorriso, não era como os sorrisos que eu constumava ver. Estava acostumada a ver sorrisos com pena, ou sorrisos cheios de julgamento, mas agora o seu sorriso era diferente. Me lembrava o sorriso dos meus pais. Era desafiador, era admirador e era cheio de carinho. Senti meu coração amolecer um pouco, mas não o deixei saber disso. 

O que você quer aqui?

 — Quero conversar. 

Bufei. O que essas pessoas tinham na cabeça que achavam que com uma conversa conseguiriam mudar tudo? Conversa nenhuma mudaria o que eu passei, conversa nenhuma mudaria quem eu sou.

 Não quero conversar. 

— Mas eu quero.

Aquilo me irritou. Também pudera, naquele momento da minha vida, poucas coisas teriam obtido um efeito diferente.  

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