Tu é Incrível, guria.

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O quarto de Clarice estava todo revirado e a janela arrombada, verifiquei os outros quartos e vi que roubaram minha guitarra e violão e o estéreo de aminha prima. Fizemos um B.O.

Eu precisava muito de um chimarrão! Coloquei água para ferver e fui tomar um banho; quando voltei vi Thiago e Clarice abraçados, ele não oferecia risco, nosso amigo era declaradamente gay!

– Pode largar que a prenda é minha!

– Quando eu começar a dar em cima de você, Felipe, daí comece a se preocupar! – brincou Thiago.

Clarice me abraçou e também brincou:

– Tira o olho que esse gato já tem coleira!

– Que isso, perua, divide o bófe! Não seja egoísta!

Thiago e eu consertávamos a janela quando vi Clarice observando da porta.

– Bom dia, Gata!

– Ótimo dia, Fel!

– Queria te dar um beijo, mas estou todo suado.

Ela adorava quando eu estava suado, era visível o tesão que sentia por mim!

O celular de Thiago tocou e para deixa-lo à vontade fui ver o que Clarice estava fazendo parada de frente para o meu guarda-roupa e a abracei por trás. Ela olhava uma foto nossa.

– Lembra desse dia, Gata?

– Claro eu sim!

– Foi nesse dia que percebi que estava apaixonado por ti, guria! Por isso guardei essa foto aí dentro!

Ela se virou e eu disse que o amor que eu sentia era tão grande e ela completou:

– Que mal cabe dentro do peito!

E era verdade, eu amava demais aquela guria!

Quando saí do banho a vi rindo com Thiago e fui ver o que estava acontecendo. Eles conversavam sobre idades e eu fiz a cagada de falar:

– Nem fale, guria. Farei 21 anos e já tenho cabelos brancos!

Me zoaram pelo resto do dia! Não me importei, Clarice era assim e eu adorava seu jeito divertido!

Durante o jantar, ela comentou sua ideia de fazer uma festa em Pontal para a chegada de Davi.

– Com churrasco!

– Gaúcho não tem jeito!

– Tu tem sangue gaúcho, guria. Não te esqueça!

Depois da janta, como todos os dias, preparava meu chimarrão e minha prima esperava sentada no tampo da pia. Conversamos sobre nosso relacionamento, morávamos sozinhos na mesma casa, estávamos namorando, parecíamos casados! Fui até meu quarto e peguei a caixinha azul aveludada.

– Abra, veja se tu gosta.

– Felipe...

– Tu quer casar comigo?

Tu deve estar pensando: 'o que um guri de vinte anos tem na cabeça para pensar em casar'. Se tu se pergunta isso é porque nunca se apaixonou de verdade. Clarice tinha se tornado a razão pela qual eu tentava ser uma pessoa mais compreensiva e mais tolerante, ela me ensinou o que é amar e eu queria a guria comigo, para o resto da vida!

Levei-a no colo até a sala, a deitei no sofá e quando percebi que o meu tesão estava tomando conta de mim, pedi desculpas e a chamei para ir ao quarto comigo.

***

Na manhã seguinte, Clarice chegou da escola me dando bronca por eu lavar o carro sem camisa, disse que a vizinha ficava me vigiando.

­­­­– Não seja tão ciumenta, Clarice!

– Ok. Lavarei a calçada com aquele meu shortinho e um top. Vamos ver o que você e o marido dela acharão!

­­­­­­ Me deu medo só de pensar num outro cara admirando minha guria... Ao voltar do trabalho pedi desculpas e admiti que a vizinha não parou de me olhar.

Clarice havia feito os cartazes para a chegada do irmão, mas não sabia como preparar a festa, ela curtiu a ideia do churrasco, mas não sabia quem prepararia e organizaria. Sugeri que ela fizesse, meu pai poderia busca-los no aeroporto e nós dois iríamos à Pontal um dia antes para preparar tudo. Naquela noite planejamos a chegada de Davi, o aniversário dela de 15 anos e nosso 'noivado'.

Saí do banho e quando vi aquela guria linda deitada de bruços na cama, não acreditei que era minha, ela era bela demais para existir! Sentei ao seu lado e perguntei se poderia fazer uma coisa. Massageei suas costas e logo em seguida ela tirou a camisola, me excitei no mesmo minuto em que a vi apenas de calcinha. Ela sentou de frente para mim e passou a mão em meu rosto... Céus, aquilo era muito bom! Vê-la seminua em minha cama, me querendo, tocando em mim... tirando minha camiseta... fiquei entre as pernas dela e acariciei suas coxas macias. Clarice puxou delicadamente meus cabelos e a fiz deitar da mesma forma, mas quando ela tirou minha bermuda fiquei com medo de machuca-la e deitei ao seu lado. A guria era doida! Subiu em mim e voltou a me beijar. Eu gemia e sussurrava seu nome, mas ela não respondia.

– Pare, por favor.

– Por quê? Fiz algo errado?

Capaz que aquela guria conseguia fazer algo errado! Eu estava quase explodindo de tanto tesão que sentia, ela pediu para eu relaxar e voltou a me beijar, seremos francos, ela fazia sexo oral em mim e como sabia fazer bem! Nenhuma guria com quem eu transei fazia como ela, acho que não conheciam o truque da banana! Clarice sabia como segurar e onde passar a língua, resisti até não aguentar mais e gozei. Ela se levantou com um sorriso satisfatório e saiu. Passei a mão em mim e na cama, estranhei e fui atrás dela na cozinha.

– A cama não está molhada, guria.

– E por que estaria?

Não, ela não fez o que eu pensei! Seria maravilhoso se tivesse feito!

– Tu engoliu?


Dos 18 Aos 66Onde histórias criam vida. Descubra agora