Essa é minha guria!

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Não sei por quanto tempo fiquei ali, pensar em minha prima fez com que eu perdesse a noção das horas. Voltei e fui até o quarto dela, abri a porta vagarosamente para não assustá-la, mas ela já estava acordada.

– O pessoal está indo à praia, vamos?

– Não quero.

Sentei ao seu lado na cama e pedi desculpas pelas coisas que disse, tinha agido como idiota.

– Você estava nervoso, Felipe. Eu entendo.

– Isso não justifica minha atitude. Clari, eu queria te fazer calar a boca com um beijo... mas... sempre acho que tu pensa no Kiko e isso me machuca.

Ela sentou e ficamos de frente um para o outro. Confessou que isso nunca tinha acontecido, quando me beijava se entregava a mim e disse ainda:

– Tem alguns momentos que eu sinto algo estranho quando te vejo... sinto um frio seguido de calor subindo pelo meu corpo...

Ela sentia tesão por mim e isso era ótimo! Encostei meus lábios e senti sua pele arrepiar, eu beijava seu pescoço e apertava sua cintura, ela tirou minha camiseta e passou as mãos em meus braços, seu toque era tão suave... levantei a blusa dela e beijei a barriga... Mas o que é que eu estava fazendo? Deus, Clarice ainda era uma criança! Rapidamente levantei envergonhado e arrependido.

– Eu não posso. Tu ainda é muito nova e eu não quero que seja assim. Quando estiver pronta para irmos à praia, estarei esperando na sala.

Não tive coragem de olhar em seus olhos, disse aquilo e saí inconformado com o que eu tinha feito.

Pouco depois ela foi para sala dizendo que precisava que alguém passasse protetor nas costas dela.

– Eu passo, Clari.

Claro que ele passaria, Kiko não iria perder a oportunidade de passar a mão em minha prima, mas ela foi inteligente:

– Você não.

Ela me entregou o protetor e pediu desculpas para ele. Comemorei internamente!

– Tudo bem! Você deve estar na TPM! É normal.

Como o Kiko conseguia ser tão babaca? Não se fala isso para uma guria, mesmo que ela estivesse de TPM, isso não se diz!

– Pronto, Gata, já está protegida! – afirmei entregando o protetor a ela.

Acho que ela gostou de ser chamada assim! Esse seria meu apelido carinhoso para ela! A praia estava cheia, demoramos um pouco para encontrar o pessoal e quando encontramos, Clarice foi até Aline e eu fui mergulhar, quando resolvi voltar para a areia, vi Clarice chupando um picolé, observei a cena, ela conseguia ser sexy naturalmente, quando viu que eu a olhava, começou a me provocar até se engasgar! Eu quase rolei no chão de tanto rir e ela também! No final da tarde, ao voltarmos para casa, não poderia perder a chance de 'zuar' minha prima! Cheguei perto dela, apoiei meu braço em seu ombro e perguntei baixinho:

– Estava bom o picolé?

Nós dois gargalhamos! A gargalhada dela era tão contagiante!

Chegamos em casa e todos sentaram no chão formando uma roda, eu fiquei sentado no sofá, levantei para pegar uma cerveja e perguntei se alguém queria, voltei e entreguei uma cerveja para Thiago, Clarice estava ao seu lado, sentei atrás dela, a abracei e apoiei minhas costas no sofá. Não me importava com o que os outros pensariam, eu queria que 'o babaca' percebesse que minha prima não estava mais na dele. Depois de um tempo ali conosco, Clarice virou o rosto, me deu um beijinho e foi fazer a janta. Tínhamos combinado de fazermos um luau, mas começou a chover, então ficamos em casa. Clarice e eu ficamos na mesma posição de antes, ela usava um shorts jeans curto, levantou para ir ao banheiro, quando voltou Kiko pediu para ela buscar cerveja para ele e ficou olhando para a bunda dela, quando vi comecei a encará-lo com raiva. Clarice voltou, sentou, eu coloquei as mãos em suas coxas e disse irritado:

– Tu tem belas pernas, Clarice. Não acha Kiko?

Claro que o 'mané' ficou sem jeito e não disse nada. Clarice me contou que queria tomar seu primeiro porre e ficou bêbeda rapidamente, Kiko propôs que jogássemos o jogo da verdade. Ela rodou uma caneta e Kiko começaria.

– Eu escolho a Clarice. Verdade ou desafio?

– Verdade!

– Você transaria comigo?

Ela riu e eu me irritei, faltava pouco para eu mostrar o peso da minha mão na cara dele.

– Ei. Qual é Kiko? - minha prima me segurou e respondeu:

– Prefiro morrer virgem! Sua vez de jogar!


Dos 18 Aos 66Onde histórias criam vida. Descubra agora