Às vésperas de minha mudança para Curitiba eu estava ansioso e com saudade daquela guria que cheirava a cereja! Mudei-me para a casa deles alguns dias antes da viagem do meu primo à Florida. Há mais de três meses não os via, Clarice começava a ter corpo de mulher, seus seios e bumbum estavam maiores. Passei a dormir no quarto dela e como ela queria aproveitar o tempo que ainda tinha com o irmão, dormia com ele.
No dia da viagem, acordei e ouvi os dois rindo no quarto, bati na porta, entrei e ficamos conversando por algumas horas. Passava das onze da manhã quando meu pai chegou, nos arrumamos e saímos para almoçar, ele também viajaria naquele dia e quando fomos levá-los ao aeroporto Clarice teve crise de choro. Aceitável, seu irmão estava viajando e só voltaria em dois anos e meio! Tentei consolá-la, me irritava ver qualquer pessoa chorando. Encontramos os amigos de Davi atrasados para a despedida. Minha prima ainda chorava um pouco – para meu alívio – e o tal guri que ela gostava, se aproximou e a abraçou, passou a mão no rosto dela e perguntou se ela estava bem. Claro que ela respondeu que sim e deveria estar adorando aquilo!
– Você sabe que quero te ver sempre bem, não sabe? – disse Kiko.
Que atrevido! Quem ele pensava que era para tocá-la daquele jeito? Não deixei 'barato', abracei minha prima e disse para ele não se preocupar que ela ficaria bem.
No dia seguinte, Clarice preferiu ficar em casa enquanto eu ensaiava na casa de Kiko , ela estava no banho quando voltei, fui para o quarto de Davi - que agora era meu - e logo ela apareceu avisando que daria uma volta e não demorava. O dia ainda estava claro, não vi problema em deixá-la sair sozinha, talvez precisasse pensar, sei lá.
Se soubesse que ela faria aquilo, não tinha deixado.
VOCÊ ESTÁ LENDO
Dos 18 Aos 66
De TodoEsta é a versão de Felipe, do livro Dos 12 aos 60. Para melhor entendimento dessa história, oriento a ler o livro anterior até o capítulo quatro para dai ler os dois simultaneamente :) Boa leitura!