Como Pode?

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No primeiro dia do ano seguinte fomos para Pontal. Encontrei Clarice sentada na rede da varanda da frente e me aproximei.

– Pensando em quê?

– Só observando.

Mais uma vez eu a testaria.

– Sabe o que acho? Que Kiko arrumou essa guria para te fazer ciúmes.

– Ele é 'babaca' e infantil, a Mariana é uma menina encantadora!

Clarice levantou e saiu. Deixei-a com seus pensamentos. Algumas horas depois fui ao meu quarto e senti o cheiro de cereja, ela estava na sacada, encostei-me à porta e fiquei observando, ela virou o rosto e sorriu. Sentei ao lado dela e perguntei:

– Olhando a dança?

– Isso me acalma.

– Está nervosa?

– Preciso acalmar meu coração.

– Por quê?

– Eu estou apaixonada por você Felipe e essa espera me deixa aflita. Consegue entender? Há muito tempo estou pronta e te esperando, mas...

Sem 'mas', calei a sua boca com a minha, senti que o gosto do beijo tinha voltado! A deitei no chão morno da sacada e beijei seu pescoço, enquanto uma das minhas mãos segurava sua nuca, a outra percorria sua pele macia e cheirosa. Levantei, estendi a mão e pedi que viesse comigo. A guiei para dentro do quarto e beijando fiz com que encostasse a frente de seu corpo no guarda-roupa. Ela se apoiou com as mãos, eu tirei a camiseta dela e passei a língua pelas suas costas, baixei o short jeans que minha prima usava, seu corpo suava e mal conseguia controlar a respiração. Afastei delicadamente suas pernas depois de tirar sua calcinha pequena. Eu a apertava com desejo, queria que aquele momento fosse inesquecível para ela! Se algum guri tivesse a tocado daquela forma, eu teria que fazer melhor! Não queria que me tocasse, não precisava, queria que ela soubesse o que era ser tocada por um homem. Tirei minha roupa, fiquei de cueca e encostei nela, aquela guria sabia me provocar! Virou o rosto, me olhou e sorriu, estava curtindo o que eu fazia! Parecia que Clarice estava preparada para aquele momento! Sua lingerie era de renda preta, eu adorava preto! Abaixei as alças do sutiã, mas não os tirei, com uma das mãos segurei as dela e com a outra apertei seus seios que, aos 14 anos já enchiam minha mão! Sua pele arrepiava a cada passada de minha língua por seu pescoço, escorreguei minha mão pela cintura fina e ela gemeu, fiquei mais excitado nesse momento. Toquei o vão entre suas pernas, Clarice estava tão molhada, tão excitada, tão quente... Ela se soltou, levemente se empurrou contra meu corpo e se mexia descontroladamente, rebolava encostada em mim, mantive sua cabeça erguida e seu corpo contra o meu. Nossos gemidos se tornaram contínuos, puxei uma gaveta do guarda-roupa e fiz com que ela apoiasse uma das pernas, meu dedo foi mais fundo e nesse momento, quase sem voz sussurrou meu nome. 'Pode gozar', eu queria que gozasse comigo, teria de ser inesquecível! Suas mãos vieram em minha nuca e enquanto seu corpo se contraía, Clarice soltou um gemido gostoso e eu gozei. Não houve penetração, eu estava de cueca, mas foi a melhor gozada que tive!

– Posso me virar? – perguntou ofegante.

Eu a soltei e meus olhos foram hipnotizados pelos dela, nos beijamos com tanta intensidade e intimidade...

– Clarice...

– Felipe...

Parecíamos bobos! Até entendia ela se sentir assim, mas por que eu? Já tinha gozado muitas vezes, com diversas gurias, mas aquela vez foi especial! Fiz questão de vesti-la carinhosamente e fui tomar um banho, depois a encontrei na varanda da frente, sentei ao seu lado na rede e beijei sua face. Ela me passou a cuia e a erva para eu preparar o chimarrão, essa atitude me eu ter certeza de que ela não era como as outras.

Dos 18 Aos 66Onde histórias criam vida. Descubra agora