Relaxe.

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Chegou o dia do nosso 'casamento'. Pela manhã desci para Pontal com Davi e Anthony, Mariana e alguns amigos, meu pai ficou em Curitiba com Clarice para irem depois. Preparamos a sala que seria nossa 'igreja', Mariana sugeriu colocar um tapete vermelho da porta da sala até o 'altar', saí com ela para procurar e acabamos comprando um tecido aveludado. O ambiente estava lindo e eu comecei a ficar ansioso, mesmo sendo de mentira, seria um grande passo para mim, eu me sentiria mais à vontade para tirar a virgindade da guria, eu acho.

Almoçamos e eu comecei a me preparar. Tomei um banho relaxante, precisava, eu estava tenso demais, fiz a barba, pensei até em cortar o cabelo, mas a guria gostava dele comprido, então, ajeitei para trás e deixei solto, passei o perfume que ela tanto gostava e coloquei o terno com a ajuda do meu primo. Estava quase na hora do meu pai chegar com ela e quanto mais a hora se aproximava, mais nervoso eu ficava.

Mariana bateu na porta do quarto e avisou que eles já estavam a caminho. Meu coração acelerou, estava com saudade de Clarice e queria ver como ela estava. Meia hora depois eles chegaram e me preparei para a entrada dela. Meu pai pediu a um padre para abençoar nossa união, curti a ideia, achei legal da parte dele!

'Que demora para a guria entrar... por que estavam demorando tanto? Será que ela desistiu e foi embora?' Sorri com aquele pensamento, Clarice jamais me deixaria, estava muito apaixonada por mim! Finalmente meu pai abriu a porta da sala e a vi se posicionar ao lado dele. Linda, perfeita e minha! Ela estava com uma saia comprida e uma blusa que deixava os ombros à mostra, - ela sabia que esse tipo de blusa me deixava doido – e uma coroa de flores na cabeça. Nesse momento percebi que eu também estava apaixonado por ela! Calmamente eles caminharam até mim, a guria estava se segurando para não chorar e confesso que eu engoli muitas vezes o choro, também estava emocionado ao vê-la tão linda daquele jeito para mim.

Nos ajoelhamos e o padre começou a falar, não prestei atenção, só conseguia rever a cena de Clarice parada na porta da sala, bela como sempre! Trocamos alianças, o padre fez o sinal da cruz e disse:

– Sejam felizes, meus filhos!

Nos olhamos, dei um beijinho na testa dela e outro na boca, me contive para não agarrá-la ali mesmo! Saímos escondidos e na estrada ela perguntou onde estávamos indo.

– Surpresa! Tu não queria ficar sozinha comigo? Só preciso passar em casa antes.

O sorriso dela foi de orelha à orelha! Estava feliz! Também sorri e passei a mão no rosto dela.

Quase chegando em casa parei num posto de gasolina, desci do carro e liguei para Dona Lecí e confirmei se estava tudo pronto. Fomos direto para casa, mas a alguns quarteirões antes de chegarmos pedi a ela que fechasse os olhos. Abri a porta do carro e a guiei pela mão, abri a porta da sala e a fiz entrar.

– Felipe, esse cheiro... é morango?

– Acertou! Abra os olhos!

Paguei uma mulher que trabalhava na limpeza da escola para preparar a casa para nós. Comprei velas aromáticas e pétalas de cravos brancos e a instruí a prepará-la como eu queria. A sala estava iluminada pelas velas e Clarice ficava ainda mais sexy com aquela iluminação fraca. Não consegui me conter, ela virou para mim com um sorriso tão lindo e a beijei com vontade, estava doido de tesão, queria transar com ela ali mesmo, entre aquelas velas, mas eu ainda tinha outra surpresa e outros planos. Percebi que a guria estava excitava e se eu não a detivesse nos amaríamos ali mesmo.

– Gata, preciso tomar um banho...

– Tudo bem!

Estávamos ofegantes de tanto desejo, percebi que ela ficou decepcionada com a minha interrupção, mas eu sabia que logo passaria!

Tomei um banho rápido, não queria que ela entrasse comigo. Enrolei a toalha na cintura e a vi parada na porta do seu quarto, boquiaberta olhando para a cama com as pétalas formando 'eu te amo'. Nunca havíamos dito isso um para o outro, então achei que seria a hora perfeita para ela ficar sabendo que eu a amava. Envolvi sua cintura fina.

– Gostou?

– Felipe... não mereço tanto...

– Se eu pudesse te daria o mundo!

Ela se virou de frente para mim e disse:

– Você é o meu mundo, Felipe. Não preciso de mais nada além de você ao meu lado.

Wow! Suas palavras desequilibrou meu coração, puxei-a pela nuca e a beijei delicadamente, faminto por ela. Clarice arrancou a toalha da minha cintura, curti a atitude dela e sorri a deitando na cama sobre as pétalas. Tive a máxima atenção para me concentrar e não deixar a razão tomar conta de mim, queria ser delicado com ela e dessa forma tirei a saia e a blusa daquele corpo que eu desejava tanto! Ela estava ofegante, excitada, beijei toda a coxa dela, a virilha e me deliciei entre suas pernas, deixe-a ainda mais preparada para mim e com cuidado introduzi meu dedo.

– Felipe, estou quase gozando...

Por mais delicioso que pudesse ser vê-la gozando com minha língua, não queria que fizesse. Levantei, coloquei o preservativo e perguntei se poderia penetrar, não sei porquê, sabia que ela queria, mas mesmo assim precisava do consentimento dela. Deitei entre suas pernas e me apoiei nos braços com uma das mãos encostando no topo da sua cabeça. Senti o cheiro de cereja dos cabelos dela e me excitei mais. Penetrei um pouco, a guria estava tensa.

– Relaxe as pernas, Gata.

– Estão relaxadas.

Tentei ser o mais cuidadoso possível, mas Clarice pediu que eu a penetrasse com força.

– Não, Clarice, se fizer isso posso te machucar...

Seus olhos azuis me pediam: 'por favor, faça', beijei-a antes que pudesse dizer mais alguma coisa. Apoiei o peso do meu corpo num braço e a acariciei com o outro e forcei um pouco meu membro para dentro dela.

– Está sentindo, Gata? – perguntei sorrindo.

– Sim. Você penetrou tudo?

– Só precisava que tu relaxasse as pernas! Eu te amo guria, tu não imagina o quanto!

– Também te amo. Muito!

Nos abraçamos e nos emocionamos juntos. Fiquei feliz comigo mesmo por ter conseguido me controlar para não machucá-la e por a ver feliz comigo!

– Promete que nunca vai me deixar?

– Eu nunca te deixarei, Clarice!


Dos 18 Aos 66Onde histórias criam vida. Descubra agora