Capítulo 23

241 25 0
                                    

Na faculdade demorei um pouco, era tanta gente assim como eu que estava fazendo a sua matricula, todos com o mesmo propósito "VENCER", assim que acabei dei uma volta no campus como se fosse um reconhecimento de área, é muito bom aquele ambiente universitário me fez refletir em minhas decisões, será que eu estava mesmo fazendo o certo?

Quando cheguei em casa até parei na porta da Jake para ver como ela esta, mas tudo estava em silencio então ela deve ter saído. Nós dias em que seguiram eu não fui no primeiro dia de aula por que tinha certeza que seria o dia do trote, fiz alguns novos amigos todos muito legais enfim minha vida estava indo bem sem o meu querido irmão ate que um dia eu sonhei com ele...

"Lembro que eu estava na porta da minha casa lá em São Paulo, havia uma movimentação estranha na casa com muitos carros na rua e do lado da porta de casa havia um painel luminoso escrito LUTO EM FAMILIA, não entendi o que era aquilo então entrei em casa e minha mãe veio na minha direção chorando e com um ódio que nunca vi em seus olhos, pegou no meu braço e me arrastou no meio da multidão ate chegar na sala onde tinha um caixão e quando me aproximei eu pude ver o Digo deitado nele, com uma aparência horrível que na hora eu dei um grito e acordei molhado de suor e o que parecia um pouco de febre graças a uma gripe que tinha pego há alguns dias...''

K:DIGOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOO

Meu coração estava a mil por hora só de lembrar de ver ele naquele caixão eu cai em um choro descontrolado eu precisava urgentemente saber como ele estava, se ele estava bem e foi quando em um ato de desespero peguei o telefone as 2:17 da manhã de quinta feira liguei no celular dele, que por incrível que pareça começou a tocar...

Tocou uma...duas...três vezes e na quinta vez ...

D:Alô...

Ouvi a voz dele com um tom de quem obviamente estava dormindo e também muito zangado por telo acordado (ele odeia que o acorde de madrugada).

Do outro lado da linha estava eu tentando abafar o som do meu choro e soluços e quando ouvi a voz dele fiquei tão aliviado e veio a tona uma saudade tão grande que não consegui falar nada só chorar.

D:ALOOOO PORRRA ME LIGA A ESSA HORA PRA FICAR MUDO E...

Foi quando ele interrompeu o que dizia quando ouviu um som de choro do outro lado...

D:Kadu?

K:

D:É você?

Ambos ficamos em silencio, eu não sabia o que dizer e se eu devia dizer alguma coisa, como disse antes foi um ato impensado então entre dizer ou não preferi desligar, fora apenas um pesadelo ele estava bem com o seu filho e sua esposa...todos felizes. Naquela noite não consegui dormir mais pensando no pesadelo, parece que aquela quinta feira seria só o princípio de tempos difíceis e tempestades que estavam por vir.

Eu estava na faculdade e era por volta de dez da noite quando eu e uns amigos fomos a uma barzinho, eu quase não bebi nessa noite e depois desse barzinho um dos meus amigos chamou agente para ir em um lugar bacana, todos concordaram mesmo sem saber onde seria esse lugar, depois de rodar muito entramos e pelo que parecia ser uma boate, mas depois que já estávamos lá dentro percebemos que se tratava de um bar de stripper cheio de garotas de programa, bom ai eu fiquei desnorteado por que não era assumido e eu não ficaria com nenhuma garota só para eles verem isso nunca, quando eu já havia bolando uma desculpa para ir embora eu pensei em ter visto uma coisa que a princípio achei que fosse alucinação minha devido a aquelas luzes fortes ou colocaram algo na minha bebida, eu vi uma garota que se parecia muito com a Jake e essa garota estava sentada no colo de um senhor de idade.

Foi então que caminhei mais perto do casal e minhas suspeitas se confirmaram, era mesmo a Jake que estava vestida de um jeito que nunca vi antes que não vou descrever aqui, mas acreditem tampava muito pouca coisa.

O PrimogênitoOnde histórias criam vida. Descubra agora