O restante do dia foi muito estranho, eu não conseguia ficar a vontade com ele ali me olhando o tempo todo, por ele ser meu irmão ele pode ficar comigo ali o tempo que for necessário, mas eu queria muito que ele fosse embora, mas nem adiantava pedir por que ele disse que não sairia do meu lado.
Quando foi a noite chegou a hora de eu tomar um banho ai ele queria me dar banho, vê se pode.
K:Não precisa eu consigo fazer isso sozinho.
D:Eu te ajudo, deixa de manha.
K:Eu já falei que não.
D:A fala serio, não vai dizer que esta com vergonha de ficar pelado na minha frente.
Tinha hora que me dava uma vontade insana de dar umas porradas na cara dele, principalmente quando ele falava comigo debochando, e nessa hora foi um desses momentos pois ele ficava com um sorriso safado na cara que me deixava cada vez mais irritado.
D:Não tem nada ai que eu já não tenha visto.
Nessa hora eu não aguentei e cheguei perto dele e apontei um dedo da sua cara e disse cuspindo as palavras e ele viu que eu fiquei com muita raiva
K:Eu vou tomar banho sozinho e se você vier eu juro que chamo a enfermeira para colocar você pra fora desse hospital.
Ai quando eu menos esperava ele chupa o meu dedo, bom nem preciso dizer que eu travei na hora com a ousadia dele, foi tão inesperado que precisei de um tempo para meu cérebro funcionar.
D:Gostoso, e não estava falando do seu dedo sujo de chocolate rsrsrsrs.
Realmente eu tinha acabado de comer o ultimo bombom e aquele dedo em riste que ele chupou estava melecado de chocolate, e minha maior raiva ou sei lá o termo que se encaixa melhor é que ele sabia me desarmar com uma facilidade impressionante então vendo que eu não tinha ou não conseguia dizer nada diante daquele ato apenas fui em direção ao banheiro.
Nessa hora do banho a enfermeira já tinha tirado o soro então meu banho foi de boa e eu realmente já me sentia melhor e admito que fiquei além do necessário no banho, acho que estava tentando ficar longe dele o máximo possível e parece que funcionou, por que quando sai do banho já vestido eu não o vi no quarto, não sei dizer o por que, mas não fiquei felizão ver que ele não estava ali, ao contrario do que eu imaginava.
Logo após entra a enfermeira com o meu jantar e perguntei pra ele onde ele foi.
K:Você sabe me dizer se aquele rapaz que estava aqui foi embora?
E: Não sei não senhor
K:Tá obrigado.
A enfermeira deixou a bandeja na mesinha do lado e logo saiu, eu fiquei olhando aquela comida (Ruim, sem graça, parece lavagem, detesto comida de hospital, principalmente quando servem aquelas sopas ralas), mas não estava com fome, então peguei um livro que o Deivison tinha mandado e depois de alguns instantes ele entra com um sorriso na cara e com outra roupa e logo entendi que ele tinha ido pra casa para tomar um banho e trocar de roupa já que ele ficou a tarde toda comigo.
D:Oi... Sentiu minha falta.
K: ¬¬
D:Admita que la no fundinho do seu coração você sentiu a minha falta.
Eu nem respondi, continuei a ler meu livro e ele se sentou na poltrona e quando ele ia pegar o controle da tv ele viu a bandeja do meu jantar intocada e então se levantou e pegou ele e não importando com a minha cara feia pra ele sentou de frente pra mim na minha cama fazendo uma cara de bravo que a principio achei que fosse só graça dele, mas vi pelo olhar de ódio que naquela hora ele não estava para brincadeiras.
VOCÊ ESTÁ LENDO
O Primogênito
RomanceO amor é um sentimento tão forte, que muitas vezes mexe com a nossa cabeça e por não entendermos o que esta acontecendo faz com que nossa cabeça crie alternativas muitas vezes dolorosas para o que acreditamos ser certo e ao mesmo tempo nos machucamo...