O Primogênito

Capítulo 38

No dia seguinte acordei por volta das sete e meia de uma manhã bem gelada e olhei para o lado e o Adriano já havia acordado, então fiz minha higiene pessoal e encontrei o pessoal na cozinha tomando o café e minha mãe me contou que estava tendo uma grande disputa no curral para ver quer conseguia tirar leite da vaca então eu fui lá conferir essa tal disputa.

Quando cheguei lá estava o Adriano, o Digo o Deivison, o Bruno, o Pedro e o meu padrasto e por fim um funcionário da minha avó que era encarregado de ordenhar as vacas todo dia e pelo que eu vi ele estava ensinando o Deivison como que pegava no peito da vaca.

Deiv:Eu já sei... Sou expert em pegar em peitos.

P:É mais esses ai são diferentes.

Quando cheguei falei bom dia para todos e todos me cumprimentaram e fiquei do lado do Adriano vendo o Deivison tentar tirar leite e a princípio não saia nada, mas depois ele conseguiu tirar um pouco, eu e o Digo já sabíamos como fazer graças a varias visitas naquela fazenda desde criança.

Como dizia o Deivison conseguiu tirar um pouco, mas depois ele derramou tudo depois de se atrapalhar na hora de levantar com o balde de leite porque ele amarrou o banquinho na bunda assim como o pessoal da fazenda faz para sentar na hora de tirar o leite.

Mas uma coisa meio que estava me incomodando, era esse novo jeito do Digo eu tentava disfarçar, mas de vez em quando me pegava olhando pra ele e ele sempre alegre e agitado me tratando tão bem não sei explicar eu não conseguia acreditar nele...é difícil explicar aqui eu olhava pra ele quando ele contava alguma piada ou quando ele conversava comigo e tentava ver se ele usava alguma mascara, mas não consegui encontrar nada, mas mesmo assim é como se eu tivesse criado um muro em volta de mim para manter ele longe e era esse muro que me impedia de acreditar que ele mudou.

L:Quer por favor disfarçar um pouco kadu.

K:Que foi?

L:Eu que te pergunto o que é que esta havendo com você? Se você não parar de ficar olhando para o seu irmão daqui a pouco o Adriano vai perceber o que esta havendo.

K:Mas eu não estou fazendo nada.

L:Ta não kadu é eu que não paro de olhar para ele.

K:Eu custo acreditar que ele mudou.

L:Eu sei eu também achei que era só encenação, mas acho que não ele parece mesmo estar diferente.

Depois dessa conversa voltamos para a sede da fazenda onde o pessoal preparava tudo por que a folia seria a noite, mas antes disso aconteceu um fato um pouco constrangedor , bom foi assim estávamos eu o Adriano o Pedro o Digo e o Bruno arrumando as mesas do lado de fora até que quando terminamos todos nós fomo para a cozinha onde minha avó tinha pedido para após ajudarmos a levar umas panelas enormes para uma outra cozinha que improvisada que ficava do lado de fora, era por volta de meio dia e tinha um pessoal já almoçando e ai quando eu entrei na cozinha eu escutei uma coisa que jamais imaginava ouvir aquilo da Daniela e juro que fiquei assustado de ver ela agindo assim.

D:Não tem coca?

C:Dona Geralda(avó) disse que não era para mexer nos refrigerantes do freezer e o que o pessoal trouxe já acabou, mas tem suco de laranja e maracujá.

D:Eu não almoço sem coca, prefiro ficar sem comer essa merda...

E vi a Daniela jogando um prato cheio de comida em cima da mesa derramando e fazendo uma bagunça de comida espalhada e ai foi um pandemônio muito rápido e logo vi a Luana em cima da Daniela e as duas rolavam no chão e gritando e porrada e supapo para todo lado e juntou minha mãe e mais duas mulheres lá e não deram conta de separar as duas por que uma grudou no cabelo da outra e ai minha mãe pegou uma jarra de água e jogou nelas para ver se elas separavam e ai não adiantou e só vi o Digo segurando Daniela por trás e depois o Bruno puxava a Luana tentando afastar uma da outra e nisso foi aquela gritaria de tantos palavrões que não precisa ser citado aqui.