Capítulo 26

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Depois que terminei de dar uns cascudos no cabeça de vento, me despedi da Jake e do Deivison e embarcamos para São Paulo, apesar de não demonstrar eu estava muito nervoso, não queria ver o Digo e quando minha mãe disse que estariam esperando agente no aeroporto eu já fiquei preocupado, mas ela logo disse que o Digo não sabia que ela tinha ido atrás de mim pedir ajuda como ela mesmo disse antes, ele não queria que ninguém me contasse, Isso só me leva a crer que eu não importava para ele, enfim durante a viagem que pra mim foi super rápido eu tentei não pensar nele para não demonstrar meu nervosismo e assim que sai pelo portão de desembarque já empurrando o carrinho com a nossa bagagem eu já vi a Luana e o meu primo e amigo Bruno junto com o Pedro e meu padrasto.

L:AI NÃO ACREDITO QUE ELE VEIO.

E pulou em mim me abraçando e me beijando feito uma louca, mas eu só ria dela pelo seu jeito estabanado de ser, ela me fazia muita falta e quando me soltou recebo um abraço do Bruno que também sentia saudades, pois fazia muito tempo que não o via e assim foi com o Pedro e com o meu padrasto, comprimentos a parte quando chegamos ao estacionamento eu iria no carro do Bruno, pois eu ficaria na casa dele por que tenho certeza que o Digo não iria me ver lá já que ele e o Bruno não de bicam então não corria o risco de nos encontrarmos, assim foi combinado por telefone quando falei com ele que ficou muito feliz.

A Luana veio com a gente e quando cheguei na casa do Bruno fui muito bem recebido pela minha tia que me fez uma avalanche de perguntas e depois do interrogatório o Bruno me mostrou o quarto que eu ia ficar e subiu comigo junto com a Luana.

L:Ai Kadu nem acredito que você esta aqui...

K:É por pouco tempo...e por falar nisso porque que nenhum de vocês me contou?

B:Minha mãe que me pediu para não contar...sabe que eu não to nem ai pra ele, mas ela insistiu muito... e ate fiz os exames, mas não sou compatível...

L:Nem eu...ele mesmo que me pediu para não contar...

K:Que seja...eu não quero encontrar com ele...ouviu Lu sem gracinhas...

L:Nem pensei nisso

K:Mas como é que ele está?

A Luana e o Bruno fizeram uma troca de olhares do tipo "eu não disse"e com um sorriso meio que disfarçado olhou pra mim e disse.

L:Ele já esteve melhor, meu pai disse que os rins dele só estão com vinte por cento de funcionamento e enquanto ele espera um doador ele faz diálise, fico morrendo de dó, deve ser horrível.

B:Semana passada ele desmaiou no meio da rua quando passeava com a Daniela, foi um susto enorme, sua mãe estava aqui em casa jantando com agente ai a Daniela liga chorando muito e desesperada por que o Rodrigo tinha desmaiado, ai levaram ele no hospital e depois ele saiu no outro dia.

L:Sua mãe tadinha ela vive chorando pelos cantos, seu irmão não dá o braço a torcer é nítido que ele ta sofrendo, mas ele tenta não demonstrar muito.

B:É mal de família...

K:Pode até ser...

No dia seguinte logo de manhã já havia combinado de ir ao hospital e conversar com o médico responsável pelo tratamento do Digo e se possível já fazer os exames, minha mãe iria me acompanhar junto com a Luana que seria minha guarda costas para o caso de o Digo estiver lá. Mesmo minha mãe dizendo que ele não estaria eu sentia o meu coração acelerar assim que entrei naquele hospital, era como se eu sentisse que ele estava lá também e eu não sei o que podia acontecer se o encontrasse ou o que eu faria só rezaria para que nossos caminhos não se cruzassem.

Apesar de já ter frequentado o hospital por mais vezes do que a media nacional, cada vez que eu entrava naquele lugar era como se fosse a primeira vez, não sei se já mencionei aqui, mas eu odeio hospitais e aquele cheiro pra mim é insuportável, e o pior é que eu sou fraco para sangue ou seja eu não posso ver muito que já logo mudo de cor de verde para amarelo e assim vai, eu diria que medicina não é uma opção para mim, mas como não tinha como evitar passei longas horas fazendo um monte de exames, mas o pior dele foi em um momento que o medico pediu para eu ficar na posição fetal para que depois ele enfiasse uma agulha enorme na minha espinha, ai eu pensei "o Digo não precisa de um rim, o que aquilo tinha haver", mas o medico disse que precisava de um uma amostra de um liquido de um nome estranho, mas vocês não tem ideia de como dói e ainda mais com duas pessoas me empurrando para ficar mais curvado do que eu podia, mas enfim quando o medico falou que eu tinha terminado, acredito eu que não sobrara muita coisa no meu corpo pois minha aparência era péssima e ainda me deram um lanche sem graça que "nem dá para tampar o buraquinho do dente" palavras do Deivison rsrsrsrs.

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