Capítulo 10 - Diga sim

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Gael





Meu coração quase pulou do peito quando eu a vi. Me segurei para não olha-la o tempo todo. Estava linda com os fios trançados. Notei que ela havia trago a mesma amiga que eu tinha visto com ela, quando passei pela nossa casa. Me concentrei ao máximo no que eu tinha que fazer. A Lola foi ótima, e na hora do beijo, eu sei que pra ela não foi técnico e sim, bastante pessoal. Por isso,fiz ao máximo para encurta-lo. Eu já tinha planejado tudo com o Hans. Assim que as cortinas se fecharam, ele apareceu no palco, e chamou a atenção de todos. Ele gravou o texto que escrevi, e acrescentou algumas palavras e deu um tom divertido que eu precisava. A Sofi foi levada pro centro do palco. Mostrei uma foto dela, e ele a reconheceu no meio da multidão, e a deixou sozinha sem saber o que fazer,até o momento que eu surgi no meio da platéia com um buquê em mãos, ainda vestido de príncipe. Todos olhares esperançosos pousaram sobre nós, e enquanto eu caminhava até o palco, a única que tinha a minha atenção era ela, que já segurava as lágrimas, e o sorriso.

- O que dizer do amor? - Esplanei enquanto me aproximava. - Que ele e fogo que arde sem se ver? Que é um fogo que consome nosso ser? Que é a combustão do ser humano pra viver? Sim. Ele é tudo isso. Sou apenas um pobre menino apaixonado. Não é de hoje que me vejo ao seu lado. Dividimos boa parte da vida, sobrou a outra parte e eu me indago. Será que vale a pena deixa-la de viver ao seu lado? Não. Não vale. Se eu não gritar, e dizer que é, ao seu lado que quero viver, do que vale a vida sem você? Um grande abismo, me impede de te amar,mas apenas uma palavra pode todo o significado mudar. - Subi as escadas. - Você me deixa te amar?
- Ela deixou uma lágrima escapar. Estava nervosa. Segurei sua mão, e de joelho fiquei. - Você me deixar gritar ao mundo,que é por você que meu coração clama? - Outra lágrima escapou de seus olhos. Não se ouvi nenhum murmúrio no local. - Se sua reposta for não, eu vou entender. Eu sei que o medo, as vezes nos deixa sem resposta dizer. Sou paciente, e tentarei outro dia, o meu amor explanar. Eu quero você, e não importa quanto tempo leve, é você que sempre vou amar. Sempre foi você, a menina dos meus sonhos, que tive medo de constatar. Agora admito que o medo, deixei de me acorrentar, e é por isso que reafirmo,é por você que vou sempre esperar.

- Diga sim. - Gritou uma voz feminina da platéia.

- Sim. - Gritou outras vozes.

- Se não quiser, eu quero.
- Gritou outra.






Sofia





Era a declaração mais bonita que eu já recebi na minha vida. E não era um sonho, era realidade tudo aquilo, e tinha mais de trezentas pessoas ouvindo. Ele ajoelhado, com uma das mãos segurando a minha, e na outra um buquê lindo de rosas. Sorriso largo,e os olhos segurando as lágrimas temendo por eu o rejeitar novamente. Ele era tudo o que eu sempre quis, e não tinha mais motivos para afasta-lo da minha vida. Eu lembrava da minha mãe me dizendo que nós dois éramos lindos juntos. Eu me envergonhava, mas o coração de mãe não se engana. Eu queria poder contar a ela,que ela tinha razão. Ou talvez,ela já soubesse e quem sabe temos a sorte de tê-la conosco aqui, neste palco. Não importa o quão distante estamos, juntos sempre estaremos. Nosso lema também serve pra ela. Ele esperava minha resposta. As pessoas a nossa volta aguardavam alguma reação minha.

- O amor? Sabe o que ele é pra mim?
- Olhei pra platéia rapidamente.
- É se apaixonar pela mesma pessoa, várias e várias vezes, e em todas elas, ter a certeza de que é ele mesmo, o amor da sua vida. O coração é quem escolhe. A gente luta pra deixar de amar,mas o coração é teimoso e ele sempre escolheu você. Sempre foi você. E pelo visto sempre será, independente do que aconteça conosco.- Ele já deixava as lágrimas dele escorrer pelos olhos.
- Eu te deixo me amar,porque eu já te amo. - O Gael levantou-se, e me beijou. Eu sonhava em tocar aqueles lábios outra vez, e eu não conseguia conter a felicidade que se expandia por dentro de mim. O gosto do seu beijo era tão bom. Aqueles lábios eram o encaixe perfeito do meu. Seu braço me envolveu, e os aplausos soaram mais alto, junto de assobios. A platéia estava em êxtase, e nós dois explodindo de felicidade.

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