Capítulo 12 - Suas princesas

124 9 0
                                    



Sofia



O Gael me levou pra casa, e por muita insistência entrou comigo. Encontrei a tia ,deitada no sofá quase dormindo. Notei que ela tinha jantado, e que por minha causa ainda não tinha ido se deitar na cama. Eu me culpava por não ter deixado um bilhete,ou mandado uma mensagem. Com certeza, no meu celular havia inúmeras ligações e mensagens vindo da parte dela.

— Mãe. — O Gael se abaixou,e a sacudiu levemente.— Quer ajuda pra ir pro quarto? — Dona Ivone abriu os olhos, e tentava reconhecer o rosto que a incomodava.

— Gael? — Esfregou os olhos.
— Filho,o que faz aqui? — Sentou-se no sofá, e quando olhou-me rapidamente assustou-se. — Sofi, o que aconteceu? — Eu me aproximei. — Você está bem, minha filha?

— Eu caí de moto, e quebrei o braço.
— Me sentei ao seu lado.

— Isso eu estou vendo. — Ela avaliou-me. — Por que não me avisou antes? Eu iria vir correndo pra te ver. Como cuidou-se sozinha neste estado? E como fez a comida?

— O Gael me ajudou, e uma amiga me ajudou com a comida. — Seu rosto tranquilizou-se. — Eu estou bem. Estou tomando os remédios na hora certa.
— Ela abraçou-me, do jeito que conseguia. E envolveu o Gael nos braços dela, da mesma forma protetora que sempre fazia.

— Eu não sei o que seria de mim, sem vocês. — Beijou o topo de nossas cabeças, como fazia quando éramos crianças. — A Juliana ligou? Ela tá bem?

— Está ótima. — A tranquilizei.

— Eles voltam amanhã a noite.
— Murmurou o Gael.

— Que bom. Já tô com saudades daquela monstrinha. — E bocejou. Ela estava exausta. — Eu vou dormir, só me acordem se for uma emergência. — Levantou-se.
— Eu amo vocês.

— Também amamos, a senhora.
— Dissemos nos dois. E ela desapareceu pelo corredor. O Gael se sentou ao meu lado.

— Quando vamos contar pra ela,que somos um casal? — Sussurrei, e ele virou-se para ter certeza de que era seguro falarmos disso com ela em casa.

— Quando for a hora certa.
— Murmurou. E me roubou um beijo.

— Vamos contar pra Ju? — Ele coçou a cabeça.

— Agora não. — Sussurrou. — Ela vai surtar.

—É, eu sei. — Constatei, e ele me roubou outro beijo. E eu o repreendi por isso.

— Mas eu vou contar pro meu pai.
— Eu o olhei. — Ele sempre soube que eu te amava. — Eu sorri.

— Ele é os meus pais sempre torceram por nós. — O Gael assentiu. — E agora metade da cidade sabe de nós, menos a sua mãe e a sua irmã.

— Por enquanto. — Enfatizou.
— E noventa por cento daquelas pessoas no teatro não nos conhecem. E se conhecerem, mentimos. Estávamos num teatro.

— Então foi tudo encenação?
— O olhei de soslaio. E ele me fez cócegas.

— Só o começo, porque no final era cem por cento eu. — Dessa vez eu o beijei.


Sempre Foi Você ✅Onde histórias criam vida. Descubra agora