27. I'm chocked!

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Algo no passado dele está a assombra lo, há algo que não sei o que é, mas quero descobrir, e não custa tentar agora..

- Niall? - Chamei e ele olhou para mim.. - Fala me do teu passado, dos teus pais, de quando eras miúdo..

- Estás a tentar conhecer me melhor é? - Ele primeiro ficou confuso, mas depois entrou na brincadeira..

- Vá lá, fala me de ti - Eu disse e ele ficou logo sério e pensativo..

Deixei o estar um pouco assim.. a pensar, a reflectir sobre tudo..até que começou a falar..

POV Carol

Enquanto comíamos o nosso lanche, continuava tudo em silêncio.. ele abria a boca, mas depois cortava se a si mesmo, ficando calado..

Até que chegou mesmo o momento..

- Tive uma infância complicada.. muito complicada.. eu.. eu sou filho único.. mas nunca recebi o amor de mão..- Ele disse e acabou por suspirar..

- Calma Niall.. conta com calma..ou se quiseres, não contes..- Eu disse e ele olhou para mim..

- Não.. eu vou contar.. quero te dar este voto de confiança, apenas é complicado, mas eu quero te contar..- Ele disse e eu mandei lhe um sorriso.. - Então eu nunca soube o que era amor de mãe, porque para a minha mãe eu era um monstro.. um filho indesejável, um filho que não vali nada.. aliás, acho que nem era considerar um filho..

Ele disse e eu fiquei logo chocada com esta informação..

Como é que uma mãe não ama um filho.. um filho é das melhores coisas da vida, é o fruto do amor com alguém, é um bem precioso na nossa vida.. é o que faz as nossas vidas valerem a pena, o que nos mantém em pé quando estamos a ir ao fundo..

Eu digo isto porque já fui mãe.. ainda o sou, não sou como na realidade, ter a minha bebé de carne e osso aqui, mas sou mãe..

Os meus pensamentos foram interrompidos pela voz do Niall que continuou a falar..

- E desde que nasci, por minha causa, os meus pais afastaram se um pouco, discutiam várias vezes porque a minha mãe odiava me e o meu pai amava me, sempre me deu aquele amor que eu mais precisava, aquele amor de pai com um pouco de amor de mãe, e.. quando eu tinha os meus 5 anos, talvez, eu fiz uma asneira, uma pequena asneira, apenas parti uma coisa, acho que foi um copo, já não me lembro bem, e a minha mãe ficou chateada e começou a espancar me, e se o meu pai não chegasse, naquele momento eu morria, mas ele.. ele.. - Vi que ele começou a deitar algumas lágrimas ao relembrar o que se passou..

Para lhe transmitir mais calma, pousei a minha mão na dele e comecei a acariciar a mesma..

Ele olhou para mim, e fixou o seu olhar no meu... posso dizer que ele começava a aproximar se, mas retirei a minha mão, logo de cima da dela, e ele voltou a história

- e.. ele deu lhe facadas e ela morreu.. o meu pai não foi preso porque estava a proteger me, foi por legitima defesa, e ele agora é medico, trabalho no hospital, mas foi assim a minha infância.. a partir daí, o meu pai viveu com um peso enorme na consciência, mas eu comecei a ser mais feliz.. - Ele finalizou e agora sou eu que estou pensativa..

Estou com a sensação que já reconhecia esta história..

Parece que já a vi numa das minhas visões ou até mesmo num sonho não sei.. parece que foi apagado da minha memória assim de repente..

Mas isso não interessa agora.. o que interessa é que estou completamente chocada com a história do Niall.. ele já passou por tanto.. ele não merecia, ele é um rapaz tão querido...

- Eu não sei o que dizer, Niall.. tu foste tão corajoso.. tu.. nem sei.. obrigada por tudo..por tudo o que tens feito por mim.. por hoje.. pela confiança.. - Falei calmamente com ele, e vi um sorriso aparecer nos seus lábios..

- Gosto mais de ti quando és simpática - Ele disse a gargalhar e eu revirei os olhos, mas com um sorriso..

- Não quero abusar mais, eu vou para casa está bem? - Eu disse e ele assentiu..

- Manda me sms se alguma coisa acontecer.. chama me logo! - Ele disse e eu afirmei, deixando o mais descansado..'

Ele caminhou comigo até à porta, e despedimos nos um do outro com dois beijos na cara e saí até minha casa..

Antes de mais anda, fui até à cozinha, e comecei a fazer leite no biberão para a minha boneca..

- Quem é vivo sempre aparece - A Kelly comentou, talvez por já ser horas de jantar e só ter aparecido agora..

-Até parece que sentiste muito a minha falta - Disse revirando os olhos.

abandonei a cozinha com uma banana e uma maçã e fui para o meu quarto

Vi que a minha boneca estava sentada na cama, e fui até ela, deixando um beijo na sua testa

- Mamã, estás bem? o doi doi como está? - Ouvi a bebé a perguntar e sorri automaticamente com a sua preocupação

- Estou bem meu amor, agora tu é que tens de papar para não ficar com fominha - Eu disse entregando lhe o leite

- Mamã.. tu sabes que eu não preciso de comer, este boneco é só para tu abraçares e não sentires saudades.. e eu as vezes entro dentro dela para parecer mais real - Ela disse e eu acabei por concordar..

Mas não me consigo desfazer da boneca.. é bastante parecida com a Claire quando nasceu, parece bastante real e não consigo deitá la fora..

E assim é uma forma de manter tudo um pouco mais real possível..

-Mas bebe o leitinho que vou desenhar - Eu disse e peguei nos meus desenho..

Peguei no desenho do tal rapaz que tinha começado por desenhar mas ainda não terminei..

Desenhei mais uns traços, e isso, mas ainda não conseguia decifrar bem a cara dele..

Até que, fui interrompida..

O que será que a interrompeu?

Alguém? uma chamada? uma sms?

O que será?

Espero que estejam a gostar!!♥♥

Haunting secrets!Onde histórias criam vida. Descubra agora