- Bom saber que me respeita até hoje. - Puxei a chave do carro da mão dele e fui até o estacionamento, com ele me seguindo. - Pode parar me seguir?- Não, porque vamos embora juntos. Me dá essa chave.
- Nada disso, se você quiser vá a pé ou de táxi, qualquer coisa, eu não vou dirigir com você dentro do carro. - Falo e entro no banco do motorista.
Ligo o motor e suspiro. Olho pelo retrovisor e o vejo atrás do carro. Ah, se não sair por bem, vai sair por mal. Dou ré e ele acaba pulando fora, acelero e vou embora, o deixando plantado.
Vou direto pra casa e subo correndo, antes que ele chegue e pegue Lorenzo. Assim que entro, vejo meu pequeno dormindo no carrinho. Como tem poucos meses, não dá tanto trabalho e isso é bom. Subo as escadas correndo e quando encontro uma mala, sinto um braço me puxar.
- Monica, se acalma! - Ota fala me olhando e o empurro.
- Não me toca, seu desgraçado! Nunca mais me xingue, você não tem nenhum direito disso.
- Eu disse que aquele contrato era...
- Porra de contrato! Você vem discutir isso agora?! Olha o tempo que passou! Temos um filho, Otaviano! Não acha que a merda desse contrato já acabou? Não deveria esquecer?
- Eu sei que acabou.
- Não parece que sabe. - Rolo os olhos e vou ao closet pegar roupas, mas ele me segura. - Me larga, caralho!
- Não posso.
- Ah, não? Porque não?
Nossos olhares se encontram e vejo que ele está mais calmo, mas seu olhar expressa medo e tristesa.
- Me diz porque não, porra!
- Porque eu sou nada sem você, fica comigo. - Ota me puxa pela cintura e me encosta contra a parede. - Eu te amo.
- Parece que não.
- Monica...
O empurro e pego umas roupas e jogo sobre a cama.
- Pra onde você vai?
- Qualquer lugar, não te interessa. - Vejo que ele fecha a mão. - Qual é, vai me bater igual o Marcelo fez com a Dani? Vai! Me bate!
Me aproximo dele. Não era a primeira vez naquele dia.
- Me bate! - Ele recua. - Parece que tô vendo só agora o monstro que arranjei para meu filho.
- Eu não sou um monstro!
- Tudo bem, Otaviano! Não quero falar nada agora ok? Me deixa um pouco!
Deixo as malas ali e desço. Lorenzo continua dormindo, então vou até a cozinha e pego uma fruta na geladeira, mas antes de sair, ele chega.
- Precisamos conversar.
- Não precisamos nada. Pedi um tempo, me deixa um pouco sozinha? Porque não volta pra sua empresa?
- Como quiser.
Ota pega as chaves na mesa de jantar e sai.
- Idiota! Eu odeio ele! Ah, que saco! - Grito e Denise se assusta. - Desculpa, mas eu quero matá-lo.
- Tudo bem, não me meto na vida de vocês. - Ela sorri de lado.
- Agora eu sei exatamente pra onde ele vai. - Olho Denise e ela arquea as sobrancelhas. - Comer alguma puta.
VOCÊ ESTÁ LENDO
Amor E Suas Drogas
FanfictionMonica é uma estudante de Artes Cênicas, do Rio de Janeiro. Há pouco tempo, foi surpreendida por sua tia, Helena, com um novo casamento da tia. Ela não conhecia o cara, mas já sabia que não iria ser boa coisa, sua tia já estava se casando pela quart...