VIII. Surpresas

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"A sua mão esquerda esteja debaixo da minha cabeça, e a sua mão direita me abrace. (Cântares de Salomão 2:6)

* * *

SASUKE

Quando acordei no dia seguinte, não me surpreendi ao perceber que estava abraçado a Sakura. Meu braço esquerdo estava dormente por ela tê-lo usado como travesseiro e o direito estava envolvendo a cintura dela. Eu a observei sentido a mesma paz e tranquilidade que sentira no dia anterior.

– Ohayo – ela disse ao abrir os olhos e bocejar.

– Ohayo.

Fitei aquelas esmeraldas e senti o desejo me invadir novamente. Ontem havia mandado que ela buscasse água depois que eu voltei porque eu não queria correr o risco de vê-la nua de novo. Uma vez já era o bastante para deixar meus nervos à flor da pele. Por mais que eu tentasse não conseguia esquecer aquela imagem.

– Dormiu bem? – ela perguntou depositando uma mão em meu peito, sem perceber o efeito que causava em mim.

– Hai.

Na verdade, fazia séculos que não dormia tão bem. Não tinha tido nenhum pesadelo e nem insônia que eram comuns a mim. Poderíamos ter sido atacados que eu não teria percebido. Quando esse pensamento cruzou minha mente, fiquei chocado e me afastei de Sakura.

– O que foi?

– Poderíamos ter sido atacados que eu não teria percebido.

Furioso, dei um soco na minha mão. O que estava acontecendo comigo? Como podia deixar minhas prioridades em segundo plano? Sakura aproximou-se de mim por trás e me abraçou.

– Ei, Sasuke. Relaxe. Está tudo bem. Não fomos atacados. Tenho certeza que você teria percebido se isso acontecesse.

Eu não respondi. Sabia que seu dissesse qualquer coisa eu iria magoá-la e ela só queria me consolar como sempre.

– Vamos partir. – disse por fim.

– Hai. Vou buscar água no rio.

Eu a olhei e tive vontade de dizer para ela se cuidar, mas eu não me importava com ela. Certo? Ela riu.

– Pode deixar. Vou me cuidar.

Eu apertei os dentes enquanto ela saía. Como...? Balancei a cabeça. Irritante. Ela sempre sabia o que eu queria. Suspirei irritado. Eu não tinha tempo para isso. Eu precisava planejar minha vingança. Precisava destruir Konoha. Precisava vingar a morte do meu irmão e da minha família.

Pensar nisso me fez entrar em foco. Comecei a elaborar planos. Não deixaria nada ficar no meu caminho. Nem Sakura com seu sorriso cativante, seus olhos deslumbrantes, seus beijos deliciosos e esse corpo tentador. Eu sou um Vingador e nada mais.

* * *

SAKURA

Acordei feliz. Era tão bom dormir ao lado de Sasuke. Sentir os braços dele ao meu redor e os ver os olhos dele se escurecerem com desejo ao me fitar. Mas ele não era uma pessoa simples e logo uma pergunta inocente sobre como ele passou a noite foi suficiente para que ele se sentisse culpado e se preocupasse com o que poderia ter acontecido.

Saí para buscar água cantarolando. O dia estava lindo. Quando estava chegando à margem do córrego, ouvi o som de um galho se quebrar atrás de mim e sorri achando que Sasuke tinha me seguido.

E Se Fosse Verdade...?Onde histórias criam vida. Descubra agora