IV. O Beijo

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MADARA*

– Onde está Sasuke? Por que ele não veio para cá? – perguntei para Zetsu branco.

– Ele está em um dos esconderijos do Orochimaru.

Isso me surpreendeu.

– Por quê?

– Ele desobedeceu você. – Zetsu deve ter percebido minha confusão porque continuou: – Ele não matou a ruiva.

A raiva me inundou. O que Sasuke queria com aquela inútil? Eu tinha observado os dois juntos e sabia que ele não estava apaixonado por ela. Manter essa idiota era perda de tempo. Ela tinha se deixado ser feita de refém. Como Sasuke pode poupar a vida dela?

– Isso não é tudo. Sasuke está com Sakura Haruno.

Minha raiva de transformou em fúria. Sabia que a pupila de Tsunade e o jinchuriki da Kyuubi queriam resgatar Sasuke da "escuridão" e que estavam constantemente atrás do Uchiha. Inclusive os impedi algumas vezes de se reencontrarem. Eu não podia permitir isso. Precisava do ódio de Sasuke.

– Como isso aconteceu? – perguntei furioso.

– Ela apareceu na ponte enquanto Sasuke lutava contra Danzo, mas foi ferida no momento que chegou por isso vocês não perceberam a presença dela. Eu não me preocupei porque o chakra dela estava baixo demais. Achei que ninguém notaria, mas a ruiva quis mostrar que ainda era útil e avisou Sasuke sobre a garota.

Eu praguejei. Era só o que me faltava!

– Porém nem tudo está perdido. Ela perdeu a memória e se ofereceu para ajudá-lo a destruir Konoha.

Era uma boa notícia, mas eu tinha minhas dúvidas.

– Ela pode estar mentindo.

– A animação na voz dela parecia muito verdadeira, mas vou ficar de olho. Quando você me chamou, Sasuke e ela estavam treinando. Mesmo sem usar jutsu ela é boa. Se ela realmente estiver sem memória será fácil manipulá-la e trazê-la para o nosso lado. Sabe que será uma boa aquisição pra gente.

Sim. Seria ótimo se ela passasse para o nosso lado. Mas eu tinha minhas dúvidas. Preferia deixá-la longe de Sasuke. Temia que ela pudesse fazer ele passar para o lado dela.

* * *

SAKURA

Sasuke e eu estávamos lutando e eu deixei meus instintos me dominarem. De alguma forma eu sabia que meu inconsciente saberia o que fazer e estava certa.

Foi realmente empolgante lutar com ele. Eu via a surpresa dele e imaginei que ele não esperava que eu conseguisse atacar e defender sem minhas lembranças. Mas acho que a falta de memória me ajudou, pois se eu lembrasse talvez eu deixaria outros sentimentos interferirem nos meus golpes.

Já estávamos suados e cansados. Eu precisava encerrar a luta. Então fingi que daria um soco distraindo-o quando na verdade minha intenção era lhe dar uma rasteira.

Ele caiu no meu truque, eu o prendi no chão e ri.

– Ganhei.

Para minha surpresa, ele inverteu nossas posições.

– Eu ganhei – ele disse e me beijou.

Ah, o beijo dele era perfeito. Eu não me importaria de perder mil vezes se em todas eu recebesse esse prêmio, pensei enquanto me deliciava com o sabor da sua boca.

E Se Fosse Verdade...?Onde histórias criam vida. Descubra agora