XV. Kabuto

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SASUKE

– Itachi... você mentiu para mim o tempo todo me dizendo para esperar a próxima ou até mais tarde, e então morreu. É por isso que dessa vez... eu vou fazer você cumprir sua promessa.

– Nós vamos – Sakura disse pegando na minha mão.

– Dizem que você leva sua personalidade para o caixão. Bom, eu já morri uma vez. Eu pretendo honrar isso. – Itachi prometeu e dessa vez senti que ele estava falando sério.

– Os irmãos se uniram por mim? Mas que divertido! – Kabuto pegou o capuz do manto que vestia e cobriu o rosto enquanto dizia. – Como sou tímido não gosto de ser encarado por outras pessoas...

– Para se proteger dos nossos genjutsus... – eu comentei.

Isso não era nada bom. Kabuto estava levando a sério essa luta. Enquanto eu exigia explicações de Itachi e Kabuto, eu havia me esquecido que Sakura estava sem memória e não podia se defender completamente. Mas agora que a batalha era iminente eu não podia deixá-la desprotegida.

– Cuidado com as cobras – Itachi aconselhou sem perceber meu dilema. – Elas parecem sentir claramente nossas presenças.

– Cobras podem sentir a temperatura com seu olfato “passando” o cheiro na boca – eu expliquei enquanto fazia alguns sinais de mãos. – Jutsu de Invocação!

Para a surpresa de todos, uma enorme cobra apareceu ao meu lado, mas eu ignorei a reação deles, incluindo a de Kabuto que exclamou:

– Trouxe Aoda para lutar contra as minhas cobras? Estou lisonjeado, Sasuke-kun. Mas parece que não percebeu que eu também tenho contrato com as cobras.

Tive vontade de revirar os olhos, mas me contive. Era óbvio que Kabuto tinha contrato com as cobras, mas, antes de eu assinar o meu contrato com elas, eu estudei todas as cláusulas e eu sabia que qualquer ordem que o invocador desse a um invocado só poderia ser desfeita com uma contra-ordem feita por ele mesmo, com sua morte ou com a morte da invocação. Aoda era minha invocação pessoal e estava certo que nenhuma dessas situações aconteceria, por isso ordenei sem preocupação:

– Leve Sakura para um lugar seguro e proteja-a com a própria vida.

– Hai, Sasuke-sama.

– Nani? – Sakura gritou, mas Aoda me obedeceu antes que pudéssemos dizer algo mais.

Quando Aoda desapareceu, Kabuto comentou:

– Parece que subestimei a importância de Sakura Haruno. Bom, quando eu acabar com você, eu poderei fazer o que quiser com ela.

A fúria me consumiu por completo.

– Ora, seu...

– Não perca o foco, Sasuke. Ele está brincando com sua presa, ou seja, você. Achei que você tivesse aprendido muito, Hebi-sensei.

Respirei fundo tentando me acalmar. Itachi tinha razão. Kabuto jamais nos venceria. Eu sabia tudo sobre cobras.

– Pesquisei muito para acabar com Orochimaru – expliquei.

– Mas você não pode me derrotar por ter se tornado o “Hebi-sensei”! Estamos no meu elemento. A natureza está do meu lado. – Kabuto disse fazendo um sinal de mão.

– As cobras aumentaram? – eu perguntei supreso.

– Vantagem do elemento? Pode ser uma armailha, Sasuke...

– Armadilha? Acho que não.

As cobras nos atacaram, mas estávamos preparados. Quando a poeira abaixou, Kabuto pode perceber que Itachi e eu estávamos protegidos por nossos Susanoo. Mais do que isso: o Susanoo de Itachi segurava as quatro cobras que tinha nos atacado.

E Se Fosse Verdade...?Onde histórias criam vida. Descubra agora