XXIII. Verdades

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SAKURA

– Sasuke...

Eu ainda estava impactada com todas as lembranças que ele me mostrara.

Ele tirou a mão do meu rosto e apertou os punhos.

– É verdade. Eu abandonei você! Eu preferi minha vingança. E você estava certa. Isso não trouxe felicidade nem para mim nem para você... Quanto ao meu amor... Não sei se eu amo você. Não sei o que sinto por você, Sakura. Mas sei que eu não quero amar você – disse sério. – Agora vamos. Orochimaru odeia esperar.

As lágrimas escorreram pelo meu rosto enquanto Sasuke virava as costas e se afastava. Senti meu coração despedaçar ao perceber que tudo o que vivi desde que acordei naquele esconderijo era mentira.

– Anda logo, Sakura – Sasuke disse sem nem mesmo virar para trás.

Comecei a caminhar pelas ruas de Konoha seguindo-o até o local onde Orochimaru e o Time Taka nos aguardavam enquanto as lembranças invadiam minha mente. Era como se ao acordar confusa ao lado de Sasuke eu tivesse bloqueado inconscientemente a verdade e, só agora, com as palavras de Sasuke esse bloqueio tinha sido rompido definitivamente.

Eu lembrava de cada momento que vivi ao lado dele, de cada sonho que alimentei, de cada suspiro que exalei, de cada lágrima que derramei... Também lembrava-me de meus pais, de Naruto, Hinata, Ino e os demais, de Kakashi-sensei e Tsunade-sama, da minha lealdade à vila. Nenhuma lembrança ficou escondida.

– Finalmente! – Suigetsu exclamou quando enfim aparecemos.

Observei ao meu redor e só então percebi que estávamos no local onde antes era o Templo Uchiha. Limpei meu rosto e vi Sasuke fazendo um jutsu. Então a enorme pedra quadrada que havia no chão moveu-se revelando uma passagem. Curiosa aproximei-me e vi que havia escadas que levavam ao subsolo.

– Então você precisa de um jutsu para abrir essa porta de pedra... – Suigestu comentou surpreso.

– Não sobrou nada do Templo Nakano dos Uchihas... – Orochimaru suspirou.

– Só na superfície – Sasuke explicou. – O que é importante está lá embaixo. Vamos.

Nós entramos e Sasuke usou katon para acender algumas tochas e iluminar o local.

– Irei começar então... Afastem-se... – Orochimaru mandou antes de colocar a máscara.

Apesar da tristeza que me envolvia, não pude deixar de observar o ritual que ele fazia. Orochimaru permitiu que o Shinigami do Selo do Deus da Morte possuísse seu corpo para fazê-lo vir à tona e então fez o Shinigami cortar sua barriga, sacrificando-se em troca. Imediatamente seus braços apareceram.

– Eles voltaram! – Orochimaru vibrou ao sentir seus braços – Juugo, Sasuke, Suigetsu, preparem-se!!!

– Hai – disse Juugo ativando o Selo Amaldiçoado.

– Juugo dê ao Sasuke o poder Sennin do Selo Amaldiçoado... Fazer isso vai forçar os espiões de Tobi, os clones de Zetsu... a deixar o corpo de Sasuke.

Juugo fez o que Orochimaru mandou e, de repente, seis seres brancos saíram do corpo de Sasuke. Apesar das características humanas faciais, eram seres nojentos. Por isso, não pude me conter e exclamei enojada enquanto Sasuke, Juugo e Suigetsu os dominavam:

– Essas coisas estavam em você o tempo todo? – Então lembrei do que fizemos e senti meu rosto ficar rubro, enquanto gaguejava: – Até quando você estava...? Quando nós estávamos...? Eeeeco. Que nojo! Que nojo! Que nojo!

E Se Fosse Verdade...?Onde histórias criam vida. Descubra agora