15- Esclarecendo As Coisas

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- como chegamos aqui?
- já deve ter percebido que temos uma habilidade de estar em um canto e derrepente não está mais - ele diz
- sim... - digo hesitante pois ainda não entendia isso.
- acontece que apesar de podermos nos teletransportar, há lugares enfeitiçados ou como nós chamamos selados para não ser fácil qualquer fuga nas instalações, mas há portas que dão a saída ou seja não são selados, e como eu conheço tudo lá, só procurei a porta certa - ele dar um sorriso satisfeito.
- e então depois de tudo que você teve que escutar e que ainda vai escutar, achei que seria bom ser em lugar que você goste.
- e como você sabe que eu gosto daqui?
- sou seu anjo da guarda, lembra? - ele brinca.
Lhe dou um soquinho no braço e digo:
- belo anjo da guarda você é... Deixou eles me sequestrarem. - falo brincando mas ele não parece entender assim, pois o sorriso no rosto é substituído por um sombrio olhar.
- você tem razão, não sou o anjo da guarda de ninguém, eu não conseguir nem ao menos cumprir minha promessa... - ele diz baixinho.
- ei, eu estou aqui, em segurança, seja o que for que você prometeu, ainda está fazendo um ótimo trabalho.
Tento anima-lo mas não sei se fiz um bom trabalho, pois ele permanece com o olhar sombrio. E então derrepente ele olha em meus olhos com uma nova determinação e diz:
- sente-se, você quer ou não saber sobre tudo?
E então ele me contou cada detalhe dentro de seu ponto de vista, sobre os coletores, seu trabalho, meu pai descobrindo a corrupção entre eles, os tais ceifadores, a missão, a promessa, e finalmente o sumisso de meu pai.
- quando descobri que tinham nos descoberto, fugi, pois sabia que seríamos castigados ou mortos, então fiquei trabalhando pelo lado de fora mas não tenho conseguido fazer muita coisa sozinho, tenho tentado localizar seu pai, pois sei que o puniram, mas não sei como e nem onde, mas minha única certeza é que ele não está nas instalações, a verdade é...
- o que? - digo esperançosa.
- certo... Acontece que eu desconfio de onde ele possa estar, mas lá ele seria inalcançável, ou quase isto...
- e onde isso seria?
- em outra realidade.

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