18 - Ascendendo

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Ao amanhecer tudo o que conseguia pensar era em como salvariamos meu pai, perguntas rondavam em minha mente, estava disposta a vender minha alma? E assim me torna uma ceifadora.
Não, decidir... Haveria outra maneira, tinha de ter.
Viro meu corpo de lado e o que tenho é a linda visão de Ângelo, relaxado como em poucas vezes o vi.
- me secando Aurora? - ele pergunta com os olhos ainda fechados.
- como você sabe que eu estou o observando? - pergunto envergonhada.
- apenas sei - ele sorrir com os olhos fechados.
Ele se senta assim como eu e tiramos aquele momento para discutir o que seria de agora em diante.
- você acha que poderia conversar com ele durante o sonho?
- eu não tenho certeza, quando eu estava lá ontem, pela primeira vez sentir como se tivesse controle sobre mim que não era apenas um sonho.
- você está ascendendo Aurora... - ele diz pensativo.
- o que?
- está começando a ter controle com seus sonhos e aos poucos poderá molda-lo
essa noite, coloque a corrente e quando dormir se concentre em seu pai, tente acessa-lo e quando conseguir tente se comunicar com ele.
- mas acho que ele não pode falar... - digo pensando em seu rosto distorcido e assustador.
- há outras maneiras Aurora como você mesmo disse sempre há... E você vai conseguir - ele diz com um olhar encantador em seus olhos.
- Como pode confiar tanto em mim? - pergunto em um fio de voz
- você é especial Aurora, eu lhe disse...
Sorrio nitidamente e lhe dou um beijo delicado na bochecha e me supreendo ao vê-lo corar. - então é isso - ele diz envergonhado - eu vou sair, você gostaria de vir comigo?
- aonde você vai? - pergunto curiosa.
- você precisa de roupas, não pode ficar usando as minhas blusas, é uma visão um tanto tentadora - ele fala e me faz corar.
- e-e v-vamos então... - gaguejo com a forma que ele me olha.
Ele sorrir me envolve em seus braços e pisque.


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