Capítulo 15

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Após passar pelo arco, Apolo e eu caímos no meio de uma rua movimentada. Era uma rua calçada com algumas igrejas em volta. Havia muitos tipos de pessoas e uma vista linda, parecia estarmos num morro de onde se via ladeiras, casas coloridas e alinhadas e o mar azul brilhante com vários navios na linha do horizonte.
Observei em volta e havia uma caixa dágua enorme e alta com turistas subindo e descendo e após uma grande igreja, havia um farol antigo.
- Onde estamos? - Apolo perguntou. Olhei para ele e ele estava horrível. Sujo de lama e lodo cabelos com folhas secas e o rosto com terra e algo que lembrava gosma de sapo. Eu deveria estar igual ou pior.
- estamos no alto da sé . Pernambuco.
- a vista é linda - falou ele observando em volta.
- a cidade é bonita - falei - Olinda.
- o que faremos agora ? - Apolo perguntou se virando para mim.
- precisamos de um banho e comida - falei. e para isso, precisamos de dinheiro.
Apolo olhou mais uma vez em volta e viu um senhor com um violão rústico que tocava para os que passavam que lhe jogava dinheiro.
- Vem comigo - ele pegou minha mão e me puxou para onde o senhor tocava.
- senhor.. posso? - ele perguntou gentilmente. O senhor lhe deu o violão. Ele começou a tocar, o som parecia mais alto e claro. Logo havia muitas pessoas em volta, cantando junto ou pedindo para tocar tal música. Após umas 3 horas ele conseguiu encher o chapéu do senhor com dinheiro. O velho queria que ele ficasse com os 400 reais mas pegamos 200, e ele devolveu o violão ao senhor que estava muito sorridente.
- puxa Apolo ! Você foi o máximo - falei fazendo ele sorrir - vem, vou lhe pagar um acarajé.
Após comprar algo para comer sentamos para apreciar a vista e a brisa marítima.
- para Onde agora? - ele perguntou
- sei de um local que podemos ficar - falei pensativa. - vem, vamos pegar um ônibus.
- após descermos o alto da sé, caminhamos bastante até um ponto de ônibus. Onde havia muitas pessoas e uns garotos de rua . Percebi que estávamos tão péssima quanto eles e eles nos encaravam achando que iríamos pedir dinheiro no ponto deles.
Após alguma espera apanhamos um ônibus e seguimos viagem. O sol estava quase se pondo e os últimos raios pareciam ser atraido para Apolo que descansava pensativo ao meu lado. 35 minutos depois descemos em um local calmo perto do mar.
Andamos por uma rua pouco movimentada e vimos o sol se pôr. Apolo fechava os olhos e parecia absorve a luz dos raios solares.
Paramos em um mercado e compramos comida e materiais de primeiro socorros. Continuei a andar com Apolo por mais alguns minutos ate que chegamos numa rua sem saída. No final, havia mato e uma placa avisando para nao ultrapassar.
Me meti no mar de Matos e urtigas e procurei a tranca da cerca quando conseguir entrar levei Apolo ao que parecia um terreno com bastante mato e entulho.
- hmm você vai me matar aqui ? - perguntou ele
- não seja bobo, venha, vamos ter que pular esse muro - mostrei a ele e pulei e pedi pra ele jogar as coisas. Em seguida ele pulou.
Estávamos na área de serviço de uma casa que parecia que a tempos não era usada.
- que lugar é esse? - Apolo perguntou.
- minha casa. - respondi pegando uma chave que estava pendurada no meu pescoço e destrancando a porta .
Entramos pela cozinha e estava tudo escuro e com poeira. Parecia que meus pais e minha irmã ainda estavam viajando...
Liguei a energia da casa e consegui fazer funcionar a água encanada. Ja eram mais de 6:40 e estava tudo escuro e o vento anunciava uma chuva forte .
- aqui chove sempre certo? - Apolo falou olhando o seu preocupado.
- sim chove bastante.
- ainda bem que temos um lugar para ficar, os espíritos violento dos ventos podem estar nos procurando nessa tempestade. - Apolo falou entrando.
Após fechar todas as portas. Peguei toalha que estavam guardadas e fui a primeira a tomar banho. E foi maravilhoso devo admitir. Apos toda lama sair deixei as roupas sujas em pilhas em um canto e fui preparar o jantar.
Apolo saiu do banheiro usando uma bermuda que lhe emprestei do meu pai, sentou na mesa da cozinha e me observou.
- o cheiro está ótimo - falou ele .
- macarrão quase instantâneo e empanadas. - todo adolescente tem que saber fazer para sobreviver.
- se eu fosse adolescente ia adorar viver so disso - Apolo falou
- mas você não é adolescente. É bem velho, tem muitas histórias, experiência e ja teve muitos amores... - falei me virando para despejar a comida nos pratos.
Quando me virei ele estava em pé na minha frente usando so as bermudas e parecia mais lindo que nunca.
- Você é mortal e não sabe a sorte que tem . - Apolo falou - ja vi meus amores todos morrerem, casar com outras pessoas e viver felizes. Eu sou eterno, porém vazio.
Não sabia como responder aquilo então so levei os pratos a mesa e Jantamos com suco de laranja artificial.
A chuva caia com força la fora e estávamos sentando após o jantar. Fui ate o quarto e peguei lençóis limpos porém com cheiro forte de guardado, travesseiros e resolvemos dormir na sala no chão .
Trovões e relâmpagos se ouviam a cada hora após observar tudo me deitei ao seu lado.
- amanhã temos que ir a bahia, de la pegar nossa carona - Apolo falou me olhando.
- ok - falei , admito que estava morgada pelo jeito que falou " mortal"
- está tudo bem? - perguntou ele
- sim .. so o que você falou.
- mas é a verdade. Somos deuses mas temos sentimos assim como os humanos e nos apaixonamos de verdade não só temos" casos " como nos retratam.
- mas e nos humanos ? Fadados a gostar de um deus que sabemos que não ficará por muito tempo...
Apolo me fitou por um momento com aqueles olhos castanhos e gentis.
- você está afirmando? Ou só registrando?
- afirmando - falei encarando ele de volta.
Ele se aproximou mais de mim e acariciou meu rosto e sussurrando :
- você é minha paixão desse século.
- você falou que eu poderia pedir o que quisesse se lhe ajuda se ...
- e o que você quer? - Apolo sussurrou estava tao Perto que senti seu hálito.
Tomei coragem com o coração batendo forte, sussurei :
- Você.
Apolo me beijou e senti o gosto do suco que havia tomando no jantar, meu coração batia tão forte e podia sentir o dele acelerado também.
La fora a chuva de litoral caia como nunca, derrubando árvores e fazendo enchentes os ventis estavam a nossa procura mas so o que importava era o calor do corpo dele sobre o meu.

La fora a chuva de litoral caia como nunca, derrubando árvores e fazendo enchentes os ventis estavam a nossa procura mas so o que importava era o calor do corpo dele sobre o meu

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Olinda - Alto da sé!!

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