Capítulo 22

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Acordei com o balançar do barco e das ondas batendo em seu casco. Estava na cama de Apolo, e ele dormia profundamente ao meu lado, não ousei me levantar.

Comecei a vasculhar na mente o que realmente havia acontecido pois ela sabia que havia feito mas carregava aquela sensação de como uma lembrança, ou um sentimento.

Então lembrei, o jantar, Apolo, o porquê estava na sua cama, a longa noite que no íntimo, esperava ter desde que embarcaram. E o cinto.
Me levantei rapidamente e procurei junto ao vestido no chão mas não estava lá. Havia desaparecido do mesmo jeito que apareceu.

- Apolo, acorda! - falei me enrolando em um lençol e me sentando a Beira da cama.

- o quee ?! - falou ele se sentando rapidamente.

- onde pôs meu cinto?

- cinto ? Que cinto ?

- o que eu usava ontem quando nós....

- não lembro de cinto nenhum - ele disse coçando a cabeça e então fez uma cara de pânico - o deuses ! O cinto ! Onde você o arranjou?

- estava no armário de manhã e a tarde apareceu na minha cama - falei achando esquisita a expressão dele .

- o presente da sua padroeira.
Então, no momento eu fiz cara de espanto.

- aquele era o cinto de Afrodite? O meu deus! Ela fez a gente se atrair, ela me emprestou o sei cinto. O meu deus que horas são?

Apolo olhou um relógio digital e me olhou espantando.

- Em, são 11:30 .
- deveríamos ter chegado?
- sim mas paramos, perdemos um dia .
- estamos a um dia no quarto! - exclamei surpresa.

Então reparei que além de roupas havia comida e papéis pelo quarto todo.

Olhei para ele e falei:
- Afrodite fez isso conosco?
- não, ela só deu o empurrão inicial, ela sabe que nos amamos e que estou muito" mortal" e se aproveitou.
- então não significou nada ? - falei tentando parecer que não estava magoada.

- ei, Em. Não, significou sim. Foi difícil te ter por perto e não poder estar perto. Mas foi um erro, por que causou o desvio indesejado pela minha família.

- não se pode fugir da profecia.
Ele concordou com a cabeça e me chamou, me deitei em seu peito e ficamos ali pelo o que pareceu horas.

Quando nos levantamos, Apolo foi ver nossas coordenadas e o quanto faltava para chegar, resolvi tomar um banho e preparar algo para comer.

Resolvemos comer a luz do sol e subimos para o teto do iate.

- chegaremos amanhã cedinho, e teremos só um dia Para nos preparar - ele falou, estava sentando e eu estava deitada sobre ele aproveitando o sol e as rosquinhas que comiamos.

- o que será que esse nosso " desvio" nos causará? - perguntei

- não sei, mas não me arrependerei nunca, nem nessa era nem em outra, amo você, minha mortal. - falou ele me fazendo ficar muito sentimental e me dando um beijo na testa.

Quando estava anoitecendo, resolvemos descer e nos preparar para a batalha. Separei as armas novas que havia pego e minha nova armadura, Apolo consegui um arco e uma aljava com flechas infinitas.

- onde arrumou essa armadura? - ele permitiu indo ao meu quarto.
- no armário - falei -Por que ?
- é uma réplica feminina da minha armadura divina, é igual a da Ártemis só que dourada.
- posso usar, certo? - perguntei
- creio que esse seja o motivo de estar ai - falou ele sorrindo.

Após organizar tudo, voltamos para o grande quarto para desfrutarmos das últimas horas de paz que teríamos e provavelmente as últimas horas junto. Doía saber que Apolo não ficaria comigo por uma vida mas tentei afastar tais pensamentos da mente e aproveita - lo

Em algum momento passamos da água salgada para a doce e o iate deslizava devagar era 2:30 da manhã, faltavam 2:30 para atracarmos .
(03:00) am
- Em?
- sim .
- temos que nos levantar.
- vamos deixar o iate em 2 horas.
- e se não deixar mos ?
- como assim ?
- vamos voltar a auto mar, vamos continuar a navegar. Vamos nos amar mais e continuar nesse escuro, nesse quarto eu ... eu não quero te deixar, Apolo.
- ei ...

Estávamos no grande quarto, deitados juntos e quando essa conversa chegou ao fim, chorava debruçada nele.
Alguém em algum lugar uma vez, havia falado que o lado bom de saber que há deuses por ai, é que podemos culpa los . E eu culpava Afrodite, pelo amor que ela havia me dado, tão grande mas impossível de se manter.
( 03:45 am )

havia me levantando, ido ao me quarto e colocado minha armadura.
Havia feito uma trança nos cabelo ondulados e por baixo da malha e de toda a armadura, estava com um jeans, blusa regata e meu velho all star limpo. Ou
- Em ? - Apolo perguntou - pode me ajudar?
Apolo estava vestindo sua armadura dourada que caia muito bem com o castanho do seu cabelo. Eu ajudei o prender os arreios e ele se virou para mim, seus olhos castanhos escuros brilhosos estavam triste. Ele me abraçava levemente com o queixo apoiado em minha cabeça.

( 04:15 am )
O céu estava amanhecendo, e o rio ficava mais estreito. Estávamos na frente do barco, aguardando.
De armadura e armas prontas, tinha uma batalha em breve, tinha que salvar os amigos, sabia disso. Mas estava de coração partido com o seu fim com Apolo.
Ele segurou minha mão com força.
- Em, olhe ! Vamos desembarcar no bosque dos deuses.
- sim, está na hora - falei olhando para o bosque que se aproxima.

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