Capítulo 4

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Três meses depois…

— Mãe o que ouve? — pergunto depois de ouvir um copo se quebrando vindo da cozinha. — você está pálida. — falo espantada, às pressas peguei um copo e acrescentei água e açúcar, entrego a ela o copo.

Ela bebe e diz — recebi uma carta do Afonso, ele disse que o prazo termina daqui a cinco dias e se não pagarmos ele fará algo conosco. — seu tom de voz é de medo.

— Mas o que? O prazo termina daqui um mês e não em cinco dias. — falo com raiva.

— eu sei, mas com essa gente as coisas mudam rapidamente. — fala preocupada.

— calma conseguiremos esse dinheiro, fica tranquila. — tento acalmá-a.

  Minha mãe, Monique e eu trabalhamos muito nesses quatro dias tentando juntar o dinheiro necessário até tentei um empréstimo no banco, mas nos negaram.
No quinto dia não tínhamos todo o dinheiro para entregar ao Afonso. Mas do mesmo jeito tive que encontrar com ele na floresta à tarde, não iria deixar minha mãe vir.

— Está de brincadeira comigo garota? — disse irritado e com ele há mais três homens.

— Claro que não estou, eu tentei te falar que não tínhamos todo esse dinheiro, não temos como conseguir mais. — lhe informo com o coração a mil.

— então trate de conseguir mais até amanhã senão já sabe. — nisso ele foi embora. Acho que estou branca de tanto pavor que estou sentindo. Chegando em casa contei a Monique e a minha mãe o que ouve.

— não temos como pagar o que ele pede — disse Monique desesperada.

— sabemos, mas tenhamos calma que conseguiremos — mãe falou tentando nos tranquilizar. E mais tarde fomos dormir.

  Quando acordamos o clima estava tenso e mesmo assim fomos trabalhar, pedi folga no trabalho para vender doces na cidade. Quando terminei fui para casa e juntei o que consegui das vendas e fui ao encontro do Afonso no mesmo lugar e hora.

— f.. foi somente isso que consegui. — gaguejo um pouco e lhe entrego o dinheiro.

— já que foi isso que conseguiu então pode ir embora. — fala aparentemente calmo e isso me deixou surpresa juntamente sem reação e continuou ele — eu já disse pode ir, vocês não conseguem mais que isso mesmo — fala com desdém. Eu não penso duas vezes e vou embora rapidamente.
Quando cheguei em casa falo o ocorrido.

— como assim ele deixou você ir? — disse Monique surpresa.

— mas foi, eu também fiquei surpresa e quando ele disse pela segunda vez não perdi tempo e vim para casa. — falei a ela.

— Graças a Deus você está bem e ele nos deixou em paz — nossa mãe estava aliviada, mas eu acho que isso foi fácil de mais.

Dois dias depois.

— alô? — atendo meu celular.

— Nely, tem uma encomenda para entregar no lado leste da cidade. Você pode entregar? — era o Marcos, meu chefe.

— posso sim, só vou terminar o almoço aqui em casa e já vou. — informei a ele.

— ok, obrigado. — ele disse e logo encerra a ligação.

  Almocei junto com minha família, me despedi delas, após o término da nossa refeição e fui ao trabalho pegar a encomenda e o endereço, logo mais entrei no carro coloquei o endereço no GPS.

— Nossa que lugar longe, já faz quatro horas que estou dirigindo. — falo para mim mesma surpresa. — esse GPS deve estar com problemas, esta me levando para o lugar errado ou Marcos me entregou o endereço errado, é melhor eu voltar.

  Avistei uma placa informando que há uma descida logo à frente, logo meu celular toca, desviei da estrada dois segundos para pegar o celular no banco ao lado e atendo.

— alô — digo.

— devia prestar mais atenção na estrada. — uma voz familiar fala de um jeito assustador do outro lado da linha.

  Largo o celular no banco muito rápido e assustada, logo volto minha atenção ao volante e tento frear o carro com tudo, pois há um bloqueio no caminho, mas o freio não está funcionando para o meu desespero.

— AIII NÃO... — Grito.

  Em segundos o carro bate com força num tronco enorme de uma árvore no meio da estrada, fazendo o mesmo cair penhasco abaixo. Só sinto ser sacudida para frente e para trás, e o som dos vidros do carro sendo quebrados e a lataria do mesmo se contorcendo. Mais uma batida forte é sentida, logo tudo se escurece.

  Escuto vozes desconhecidas e tento com muita força abrir os olhos.

— Temos que andar rápido isso vai explodir a qualquer momento. — vejo com dificuldades um rapaz falando e ao seu lado vejo outro que o responde grosseiramente.

— eu sei.

  Fecho os olhos, pois estou tonta e com muita dor pelo corpo, sinto minha pele arder. Escuto no mesmo instante algo sendo quebrado e em seguida sinto ser carregada por alguém. Novamente tento abrir os olhos para ver o rosto de quem me levava, mas não consegui ver bem, fecho os olhos com força de tanta dor que sinto.

— Descanse, logo ficará bem — uma voz rouca e agradável fala. — Cuide disso para mim, que vou levando ela — escuto ele dizer e apago novamente sem força alguma.


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O Temido Alfa - Livro 1 (Concluído!)Onde histórias criam vida. Descubra agora