Capítulo 17

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Nely

   Nesses três dias que estou aqui ajudei Jéssica a cuidar das crianças e também damos um jeito nos pequenos problemas do orfanato. Agora estou fazendo o almoço e se escuta o som da panela de pressão no fogão e o forte cheiro de feijão se sentia na cozinha, enquanto eu estava fazendo salada de tomate.

— Tia Nely está fazendo o que? — Pergunta Heloísa entrando na cozinha.

— Estou fazendo a salada.

— Posso te ajudar? — Pergunta animada.

— Claro, você pode fazer o suco de limão, pegue tudo o que precisa e me trás os limões que eu corto.

— Tá bom — E assim ela faz, depois cortei os limões e ela fez o suco. — Vê se ficou bom. — Me pede.

Experimento o suco. — Uhh, está muito bom — ela sorri. — Bem, vamos arrumar a mesa e colocamos a comida. — Após arrumamos tudo, coloquei as panelas na mesa. — Heloísa, chama os outros para virem comer, por favor.

— Tá bom — Assim que ela foi chamar todos.

   Comemos o almoço e só recebi elogios vindo das crianças.

— Ainh, gente obrigada. — agradeço a todos.

Depois do almoço resolvo sair, me arrumei e encontro Jéssica na sala.

— Tem certeza que vai sair? — Pergunta incerta.

— Vou sim, preciso arranjar um jeito de avisar minha mãe e irmã, mas para isso tenho que ver como posso entrar no território dos Riche, ou seja vou estudar e encontrar uma forma de falar com elas e não vou desistir. — Falo determinada.

— Ah, minha querida se eu pudesse eu mesma iria na cidade e chamaria ela, mas se eu sair vão desconfiar, porque, não posso deixar o orfanato sem alguém na direção sabendo que tem um profissional cuidando das crianças. — Se explica.

— Não se preocupe, sei que se eu ficasse e você fosse, era capaz até do Jeyson descobrir que teria algo errado, pois não temos mais funcionários para cuidar e não se pode deixar qualquer um. — Reafirmo sua conclusão.

— Bem, se cuide e não demore para a janta, andar a noite é perigoso. — Me avisa.

— Ok, vou ter, até mais tarde. — Me despeço e saio.

Enquanto caminho, levanto o meu lindo colar que Heloísa fez para mim, no segundo dia que estava no orfanato — Heloísa fez com tanto carinho para mim, é tão bonitinho o colar, gostei muito. — Falo a mim mesma, enquanto caminho.  

 Quando cheguei na divisa fiquei observando aos arredores escondida atrás dos arbustos

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 Quando cheguei na divisa fiquei observando aos arredores escondida atrás dos arbustos. Pensei como poderia entrar na cidade dos Riche sem chamar atenção. Avistei uma garota que parecia ter dezessete anos do outro lado da divisa, ela olhou para os lados e também se escondeu, achei estranho. E de tanto observar percebi onde poderia ter armadilhas, como estava ficando tarde voltei para o orfanato. 



No outro dia encontrei aquela menina de novo, mas voltei logo para o orfanato, tinha que ajudar Jéssica numas coisas.

— Unh já estão comendo — Digo entrando na cozinha.

— É sim tia, quer comer tambem? — Pergunta Clarisse.

— Daqui a pouco amor. — lhe respondo com carinho.

Aliás tenho carinho por todos aqui, são crianças ótimas, conheço um pouquinho de cada uma. Clarisse é uma fofura com seu cachinhos lindos e volumosos e sua pele linda negra. Ela é uma das amigas de Heloísa.

— Nely, me acompanha, por favor? — Jéssica me chamou.

— Claro! — fomos até a sala e então lhe pergunto. — o que foi?

— A Beatriz não quer comer desde ontem a noite, eu tentei convencê—la, mas ela não quer. — Diz preocupada.

— Ela é a menina que chegou a pouco tempo aqui não foi? — Pergunto.

— Foi sim, ela não consegue dialogar com as outras crianças é isso não é bom. — continua sua preocupação.

— Onde ela está?

— No quarto das meninas.

— Então vou conversar com ela. — Digo e subo as escadas. — Licença — abro a porta e vejo ela encolhida no canto do quarto. Me aproximo dela e me sento ao seu lado.

— Oi, seu nome é Beatriz certo? — Pergunto e ela balança a cabeça em afirmação. — A dona Jéssica me falou que você não quer comer, por que você não quer? — Falo calma.a observando..

— Tô sem fome — Disse baixo e com tristeza na voz e com olhar distante.

— Mas sem fome desde ontem? É muito tempo para uma menina tão nova como você — falo num tom suave.

— É, mas não quero.

— Qual é o problema? — Ela fica pensativa — Pode contar, quem sabe eu não te ajudo? — Incentivo.

— É que eu e minha irmã mais velha fomos separadas, ela ficou e eu vim pra cá. — Conta triste.

— Mas, porquê? — Pergunto.

— Só somos eu e ela, e descobriram que quando eu crescer seria uma loba muito forte e não me encaixaria na alcateia dos Riche — Fala triste. — Mas eu não tenho culpa se eu crescer e ficar tão forte assim, isso é tão injusto. Eles têm uma forma estranha de dividir forças. — Fala mais para si do que para mim. — Posso ficar só? — Pergunta.

— Claro, mas depois eu volto. — ela acena que sim com a cabeça.

Encontro Jéssica no corredor — Então? — Pergunta ela.

— Ela falou uma coisa que não entendi. — digo muito pensativa.

— O que? .

— Disse que foi separada da irmã mais velha, porque, descobriram que ela seria uma loba forte e não se encaixava com os Riche. — Quando falei Jéssica fica com cara de preocupada. — O que isso tem a ver? — Pergunto confusa e olho para ela que está pensativa. — Jéssica me conta, você está com cara de que sabe de algo — Ela me encara. — Me conta, o que é? — tento saber, agora fiquei mais curiosa do que nunca e pelo visto não é coisa boa.

Ela suspira — Nely, a maioria das crianças daqui foram tiradas de suas famílias, porque, quando crescerem seus dons serão diferentes da alcateia que vieram. — Fico chocada com o que estou ouvindo. Separadas?

— O que ? Mas isso é cruel demais Jéssica. — Falo sem acreditar com tal absurdo.

  — Mas infelizmente é verdade, e quando são descobertas são mandadas para alcateia que tem a mesma habilidade que elas. — Diz triste. 
— Então o orfanato é só uma fachada ou um meio estranho das crianças ficarem aqui? — Questiono. 
— É por aí, isso é um meio das crianças serem cuidadas enquanto não atingem a idade adulta. Mas as crianças que são realmente órfãs é que são adotadas, então temos crianças com e sem dons no orfanato. — ela me conta.
Me sento no chão chocada — Eu não sabia que era assim que funcionava, pensei que fosse somente um orfanato e não isso tudo, imagina o sofrimento das crianças sendo tirados de suas famílias. — Continuo no mesmo estado emocional.
— Tudo isso para aumentar o poder das alcateias e imperiais. — Informa. 
— Então as crianças são separadas somente, porque, apresentam dons diferentes da alcateia, e esses dons aparecem pela genética que vem dos antepassados delas, ainda quando todos eram unidos é isso? — Pergunto tentando entender essa loucura.
— É isso mesmo. — Confirma. — Quando tinha a aliança foi decretado que as crianças com poderes diferentes da alcateia ficariam normalmente com suas famílias sem precisar ser mandadas para outro local, mas com a quebra da aliança isso foi desfeito e as crianças são separadas de suas famílias assim que descobrem suas habilidades diferentes da alcateia de origem e está assim até hoje. — disse bem chateada.


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