O Temido Alfa - Livro 1 (Concluído!)

capítulo 6

Nely

  Iria fazer uma entrega, mas achei estranha a demora para chegar ao local, o endereço só podia estar errado, então decidi pegar o retorno mais próximo e depois iria ver o endereço correto para realizar a entrega. Meu celular toca. Atendo e uma voz familiar fala assustadoramente, no mesmo segundo que volto minha atenção para a estrada há um bloqueio, tentei frear, mas não dá... Tudo branco...

— ahh — salto de leve e muito ofegante.

— calma, está tudo bem — diz uma garota de aparência de quinze anos de idade, cabelos meio lisos negros, olhos castanhos escuros, morena. Vestia uma camiseta branca com um desenho de óculos, sua calça era jeans.

— que lugar é esse? Ou melhor, o que faço aqui? — pergunto tudo de uma vez, me recuperando de uma lembrança horrível.

— bem, você sofreu um acidente de carro e meu irmão junto com seu amigo te salvaram, e você está na nossa casa. — disse simpática.

— ou, bem, obrigada por me ajudarem — agradeço sem jeito, mas sinto dor na testa, levo a mão ao local e percebo que está enfaixado. Olho para meu corpo e algumas partes do meu braço está com curativos.

— meu nome é Ânia e o seu? — me pergunta pegando algum remédio no armário presente num canto do quarto.

— sou Nely. — digo acompanhado seus passos.

— bem, Nely, você precisa tomar esse remédio e mais tarde trago algo para comer. — disse me dando o remédio.

— há quanto tempo estou aqui? — lhe pergunto.

— há três dias — me informa e no mesmo instante me assusto com quanto tempo estou aqui.

— três dias? — questiono impressionada.

— sim, depois que meu irmão te trouxe, cuidei para que ficasse bem, seus machucados estavam piores, hoje aparenta estar melhor. Você delirou um pouco ontem por causa da febre, mas depois do remédio ficou estável — diz com um sorriso no rosto.

— nossa devo ter dado muito trabalho para vocês, me desculpem. — falo de cabeça baixa e sinto minhas bochechas ficarem quentes.

— não tem o que se preocupar, fique tranquila, bebe esse remédio são vitaminas fortes, você ainda está muito pálida. — me informa, e tomo as vitaminas que ela me deu — essas vitaminas dão muito sono então descanse. — ela me diz e logo sai do quarto.

  Deito-me novamente na cama e percebo que as paredes são de cor creme forte, a janela de um azul escuro, tem um armário na frente com primeiros socorros e outros remédios. Também tem mais duas camas ao meu lado esquerdo, sinto o sono chegar ao poucos, mas escuto do lado de fora uma voz abafada masculina.

— ela acordou? — pergunta a voz que estou reconhecendo aos poucos.

— sim acordou, mas tive que dar vitaminas a ela, pois ainda estava com aparência de fraca ainda e as vitaminas são fortes ajudará ela a ficar bem, mas dará sono a ela. — escuto Ânia responder.

— tudo bem então, se vemos mais tarde tenho assuntos para resolver. — escuto o som da voz masculina.

Agora o sono chegou com tudo e acabei dormindo bem.