Capítulo 35

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Jeyson

   Quando cheguei a tarde em casa percebi que Nely não estava. Mas falei claramente para o Gustavo não deixar ela sair. Droga! E se algo acontecer a ela? Eu mato o Gustavo!

   Esperei e nada deles chegarem, liguei para ele, entretanto parece que o celular está descarregado, que erro da parte dele, não deixar o celular carregado.

   Escutei o som de carro chegando e já era nove horas da noite. Quando eles desceram do carro fui pra cima do Gustavo, a raiva que estava dele de não ter me obdecido estava grande e comecei a bater nele. Nely tentou impedir, mas eu não deixei,  até que ela entrou na minha frente e vi uma lágrima perdida em seu olhar pedindo para que eu parasse, então parei por ela e entrei para casa, senão, eu era capaz de perder a cabeça!

   Escutei o que eles conversaram lá fora. Nely é mesmo muito generosa. Quando ela entra fecho a porta a assustando um pouco. Depois dela ter falado que foi no orfanato, não fiquei surpreso com isso, mas fiquei feliz por ela ter ido parabenizar as crianças mesmo que eu não consiga demonstrar. Porém ordens dada por mim, devem ser compridas. Com Raiva segurei seu braço e disse que iria destruir o orfanato com ela vendo tudo. Se ela realmente tentar sair vou fazer isso sem pensar! Deixei a na sala e fui para meu quarto.

   Enquanto pego minhas roupas no guarda-roupa, fico pensando em como algo dentro de mim esta mudando duma forma que não sei dizer. Quando senti o cheiro dela naquela noite, não me contive, agi no automático indo em sua direção. Não sei porquê. Tem horas que não tem como sentir seu cheiro. Do nada some do meu olfato o que é muito estranho isso.

   Quase a beijei aquele dia, porém ela correu. Medo seria? Confusão por tão derrepente eu querer a beijá-la? Isso também é provável.

   Depois mais tarde fui dormir. Quando acordei fui fazer a ronda. Resolvi problemas da alcateia dentre outros assuntos. Quando cheguei em casa estava tudo silêncioso, então fui checar se tinha alguém e procurarei na casa toda e nada.

— será que Nely fugiu de novo? — sussurro a mim mesmo. Aqui em casa ela não está. Ânia está saindo muito de casa, mas os rapazes me disseram que ela ultimamente vai na casa da Daniela e Nely só fica em casa.

   O cheiro da Nely está muito fraco quase que não sinto. Sai de casa e fui procurar ela, corri muito e nada de achá-la ao redor da casa. Um sentimento de desespero me tomou repentinamente isso não é de acontecer comigo. Depois do rio um pouco mais a frente onde tem um grande campo com muita grama e algumas árvores avisto Nely sentada de baixo de uma árvore, lendo um livro muito concentrada e mais a frente Gustavo fazendo a segurança dela. Ele me avistou e fez sinal com a cabeça. Como se tivesse dito está tudo ok. Fiquei tranquilo em ver que ela está bem.

   Deixei Gustavo fazer o trabalho dele e voltei aos meus afazeres. E assim o dia se seguia.

   Falei com Ânia que amanhã iria ter a nossa pequena competição onde os rapazes passasam por provas de obstáculos difíceis, isso serve também como treinamento, fora que há um prémio para quem ganhar. Estão todos animados com a competição e querem ganhar de qualquer jeito.

— Jeyson todos estão empolgados com a competição e além do mais com o prémio que eles vão ganhar estão determinados! — Hugo fala entrando no meu escritório também animado.

— espero que eles não achem que isso será tão fácil, esse ano será bem difícil — digo dando um sorriso duvidoso se alguém vai conseguir mesmo.

— ah cara, mas as regras são as mesmas?

— sim. Terá as provas com obstáculos. Esse ano esta bem mais difícil, quero ver quem conseguirá vencer no menor tempo possível. — digo duvidoso de alguém conseguir isso.

— ok então, até mais — se despede e sai do escritório.

— até.

   Depois de umas horas no meu escritório resolvi ir para meu quarto e no caminho escuto a voz de Ânia no quarto de Nely. Paro em frente a porta que estava meio aberta e acabei escutando a conversa delas.

— Como assim Nely, você tem medo de beijar? — fala Ânia alto.

— Shiii! Ânia! Não precisa gritar para o mundo todo! — ouço Nely falando envergonhada.

— desculpa, mas como assim você tem medo?

Nely suspira — é que... bem tenho medo de beijar alguém e fazer algo de errado e pagar algum mico, sei que parece bobagem, mas é isso... — percebi o tom de sem jeito dela em confessar.

   Então isso explica muita coisa, por isso ela fugiu de mim, naquele dia na cozinha. Ela estava com medo e agora vejo seu lado insegura.

   O que? Estou me preucupando com ela, mas tenho que concordar que algo em mim está mudando e acho que para melhor, mas quem sabe?

   Volto para meu quarto, me arrumo para dormir logo.

   Antes de pegar no sono, lembro da confissão da Nely, Tenho medo de Beijar. Ri sem humor, estou entendendo ela cada dia que passa. E sei que algo está mudando em mim, por mais que difícil que pareça.

No outro dia...

   Estávamos tomando café da manhã, estava muito bom, quem fez foi a Ânia dessa vez.

— meio dia começa as competições vejo vocês lá — digo indo para fora da cozinha.

— ahh, eu não vou — escuto Nely falar baixo.

   Me viro e olho para seu rosto. Parece desanimada, mas por que? Bem, ela vai de qualquer jeito, não a deixarei aqui. Vai saber se alguém não inventa de atacar a minha Alcateia e machucam ela? Isso séria péssimo!

— não tem que querer, todos estaram lá e você não vai ficar sozinha nessa casa. — digo ríspido.

— mas... — a interrompo.

— Já falei. Se não aparecer lá, eu venho aqui e te levo a força daqui, não deixarei você só aqui — falei sério a ela e saio de casa.

   Terminei a ronda e fui direto para a competição que providenciei junto com Hugo e outros rapazes. Era meio dia e meia e nada de Ânia e Nely chegarem e o campeonato já tinha começado.

— Jeyson as meninas chegaram — avisa Hugo e aceno com com cebeça.

   Eu estava no lugar mais alto para verificar as competições. Estava indo muito bem, passaram pelas provas de sobrevivência dos obstáculos que aparecem do nada. Começava pelos troncos de árvores que balançavam de um lado para o outro, flechas, passar por arame farpado, um equipamento que gira rápido que contém pontas afiadas e por último uma piscina muito funda mesmo e tem que passar por ela com uma corda, ou seja acima da piscina tem uma corda e eles tem que ir com um braço de cada vez tentando atravessar sem cair na picina, senão começa de novo na piscina perdendo logicamente mais tempo para cumprir a prova.

   E assim foi. Eu ficava na sala de controle cuidando dos níveis dos obstáculos e tudo mais. Passou horas e já estava ficando tarde e eu entediado, estava no último participante que estava indo muito bem nas provas. Quando ele terminou, Hugo e eu, nos juntamos e decidimos o vencedor. Vimos o melhor tempo e finalmente estavamos com o resultado nas mãos e fomos onde eles estavam lá fora anunciar quem venceu.

   Tinha algumas pessoas na plateia que torceram muito mesmo. Chamamos a atenção de todos e anunciamos o vencedor.

— vimos o melhor tempo e como muitos já devem saber que verificamos se tudo estava como os conformes e com tudo muito bem analisado o campeão desse ano foi... — pausa curta — Pedro Fernandes. — anúncio e todos batem palmas. Lhe dou a medanha de campeão e falo o prémio que ele ganhou. — uma semana numa chácara com áreas de lazer. — só ouvia as comemorações de todos.

   Acabei ouvindo algo estranho o campo de obstáculos foi ligada, mas as competições já se encerraram devo ter me enganado. Cinco minutos depois escuto meu nome ser pronunciado.

— JEYSON! — Hugo grita meu nome chamando minha atenção automaticamente.

— o que foi? — pergunto.

— A Nely, não sei como ela foi parar na sala de obstáculo! — diz ofegante, pois tinha corrido.

   Fui depressa para a sala de controle e vi pelas cameras ela lá dentro batendo na porta para que alguem abrisse, mas o automatico do lugar faz com que o apoio onde deixa ela de pé, some, fazendo ela cair numa pequena altura dando de frente para os obstáculos que funcionava a todo vapor. Os troncos das árvores apareceram me assustando, pensei que iria acertar ela, por sorte ela se abaixou rapidamente e passou por de baixo dos troncos cuidadosamente.

   Enquanto isso tentei parar a arena com meus comandos, porém não dava certo. Os controles estavam todos danificados e os obstáculos estavam no último nivel.

— Droga! Não tem como ela sair sem cumprir as provas — digo irritado.

— mas tem que ter um jeito as flechas vem em seguida — diz Hugo aflito.

— não tem como Hugo, os controles foram detonados não tem o que fazer... — escutamos um grito pelo monitor e quando vi meu coração apertou muito. Nely foi acertada com uma flecha no ombro já no final da prova.

   Vejo Lágrimas em seu rosto e corro pra sair daqui e invadir lá dentro de alguma forma já que os controles não funcionam. Tentamos abrir a porta, mas estava trancado, não sei como.

— Oooh dia maravilhoso para dar tudo errado! — Hugo se estressa. — estamos lindamente trancados. — bufa.

— DROGA! não abre por nada! — falo irritado e preucupado com Nely, preucupado não. Desesperado!

   Olho o monitor e vejo ela tentando ser forte enquanto tirar a flecha de seu ombro e meu coração se apertava mais.

Tentei abrir a porta e nada. Droga!

   Quando olho de volta o monitor ela conseguiu passar pelos arames farpados, mas estava arranhada pelo corpo, não consegui ver isso. Corri com todas as minhas forças e derrubei a porta de ferro que estava trancada.

   Hugo e eu corremos para a arena e tentamos abrir a porta principal. Essa porcaria não quer abrir. Chamei mais dois rapazes para tentarem abrir a outra porta, mas nada.

— eu deveria ter feito uma porta de emergência — digo nervoso, essas portas foram muito bem feitas.

   Estamos demorando demais e minha preocupação aumentou.

— NELY? — a chamei alto.

— mais que #&%$ — me descontrolo.

— cansei dessa porcaria! — Hugo diz se afastando e se transforma em lobo rapidamente e faz um buraco na parede mais a frente.

   Corri na entrada que ele fez e vejo Nely com muito esforço tentando chegar perto da piscina. Fui na sua direção correndo. Quando ela me avistou um pequeno sorriso se formou em seus lábios. Mas então vejo Afonso atrás dela. Como raios ele entrou aqui?

   Ele da um sorriso vitorioso e empurra Nely com tudo na piscina, foi tudo muito rápido. Cheguei perto da piscina com a intenção de entrar, me sinto ser empurrado para longe da piscina.

— ahh não vai estragar meu plano — disse Afonso.

   Me levanto rapidamente e lhe dou um soco, de relance vejo Nely tentando voltar para a superfície, mas ela não consegue, sem que eu perceba sou imobilizado no chão pelo Alfonso.

— olhe bem alfa, sua Nely indo embora de você, sem ao menos que você demonstre algo por ela. — diz pra mim como se tivesse ganhado essa. — se é que sente algo por ela mesmo. — Rir.

   Nely tenta de novo, mas foi em vão, ela começou a afundar. Tentei me soltar dele, entretanto não consegui. Vejo Nely começar a fechar seus olhos e meu desespero aumentou.

— você não vai conseguir salvá-la, logo logo ela vai embora pra sempre, diga Adeus alfa, pois ela não vai conseguir — diz Afonso frio sem emoção alguma e depois rir.


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O Temido Alfa - Livro 1 (Concluído!)Onde histórias criam vida. Descubra agora