Capítulo 32

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   Chegamos em casa, Ânia e eu arrumamos algumas coisas, mas logo Ânia quis ir na casa da Daniela, eu preferi ficar em casa. Não estava com vontade de sair.

   Aquela agonia estava aumentando em meu peito e fiquei preocupada. A porta da frente é aberta com força e Jeyson passa com dificuldades. Percebi que está ferido no braço vou correndo em sua direção para ajudá-lo.

— Jeyson o que aconteceu? — ele me encara e passa reto por mim.

— não foi nada — fala grosso como sempre. Que jeito chato é esse!

— não é nada? — falo irónica — você não parece bem, deixe-me te ajudar — me aproximo dele, mas o mesmo me impede de chegar perto.

— não! — rispidez sai de seus lábios.

— deixa de ser idiota! Eu vou te ajudar e ponto — falo firme a ele que me ignora.

   Ajudo-o mesmo contra sua vontade. Coloquei sua mão esquerda em volta do meu ombro e caminhamos ruma a enfermaria. Ouço Jeyson bufar. Ele me parece irritado por estar o ajudando. Por que estou fazendo isso? Bem, não sei ao certo, ele precisa de ajuda e não sou de negar ajuda a quem precisa. Fora que ele já me ajudou muitas vezes, o que é o ajudar agora?

   Chegamos na enfermaria. Ele se senta na cama. Pego algodão, soro fisiológico, e curativos.

— você realmente vai me ajudar? — diz não acreditando. Seu tom de indiferença é tão claro para mim. Tento não me importar com isso.

— vou! por quê? — questiono o olhando por cima dos ombros, enquanto pegava no pequeno armário o soro fisiológico que estava faltando.

— você parece não saber de nada sobre cuidados médicos, Nely — fala tirando com minha cara e eu só o fuzilo com os olhos.

— posso não saber com complexidade, mas sei os primeiros socorros e além do mais você consegue se recuperar rápido, então, não a o que se preocupar, não é? — digo a ele que rir com um pouco de sarcasmo. Isso séria ele concordando comigo?

— é tem razão — admitiu rindo sem me olhar. Sorri de leve para ele, que bom que concordou.

   Molho o algodão com o soro Fisiológico. Fico na frente do Jeyson que está olhando para seu ferimento. Limpo seu braço direito que está sangrando, depois pego outro algodão e molho com o soro fisiológico de novo, passo devagar no mesmo braço, percebo que ele fez careta assim que toquei o local machucado.

   Quando iria enfaixar seu braço depois de limpo. Percebi no mesmo segundo a ferida em seu braço começando a se curar aos poucos. Fiquei um curto tempo olhando isso acontecer. Isso me pareceu fascinante, mas então me dei conta que Jeyson me olhava.

— sorte que não foi algo extremamente sério — falo dando um sorriso amarelo a ele. Fui até o balcão e guardei o que usei. Se eu estiver corada quero que suma logo essa cor! O jeito que ele me olhou começou a me deixar sem graça, ainda bem que falei algo antes, devo tá mais corada ainda que tédio. Quando me virei com a intenção de andar para sair da enfermaria, pois Jeyson já estava bom, levo um susto por o ver na minha frente. Seus olhos me encarando com cuidado.

— que foi? — pergunto sem graça a ele. Meu coração por causa do susto acelerou.

— por que me ajudou? — diz curioso perto de mim.

O Temido Alfa - Livro 1 (Concluído!)Onde histórias criam vida. Descubra agora