São exatamente cinco horas da tarde e Nely ainda não acordou. Nesse tempo pensei o que minha irmã falou. Talvez ela tenha razão.
Estou no meu escritório resolvendo uns problemas urgentes. Escuto um som vindo da enfermaria e vou ver o que é.
Assim que cheguei na porta Nely esta acordada fora da cama se apoiando na mesma para não cair.
— ei, onde pensa que vai? — indago indo em sua direção e pego ela pelo braço para colocar de volta a cama.
— me solta! — fala brava me empurrando.
— onde vai? — pergunto mantendo a calma.
— saindo do seu caminho, não quero te atrapalhar mais do que já atrapalhei. — fala num tom de tristeza e sai andando de perto de mim. Ela nem consegue ficar em pé direito quando vi que ela iria cair eu a segurei. — saí Jeyson não preciso de sua ajuda! — fala irritada.
— claro que não precisa — digo irónico. Mas ela insiste em sair daqui e suspiro. — se pensa que vou te deixar sair daqui está enganada, nem congue ficar em pé — digo pegando-a pelo braço.
Ela me encara — já disse que não quero sua ajuda — e ela fica tentando se soltar de mim, o que não deu certo, pois a segurei com mais força. — ta machucando, me solta! — ela esbraveja me batendo com raiva em meu peito.
Suspiro irritado e a pego colocando ela de volta na cama. — você não vai sair daqui, olha só seu estado!
— foi você que me deixou assim me mandando para aquele lugar frio. — retruca me desafiando.
— desculpa se não é um lugar aconchegante, mas aquilo é uma prisão — digo irónico me afastando da cama. Ela me olha com raiva.
— cansei disso! — diz saindo da cama de novo.
— fique ai! — ordeno.
— não mesmo! — diz determinada, mas quando esta fora da cama ela cai de novo.
— te falei para não sair, mas teimosia dá nisso. — falo virando os olhos e a ajudo novamente.
Ela está com os olhos fechados quando a coloco de novo na cama.
— por que continua me ajudando? — ela pergunta de olhos fechados.
— digamos que não é do seu interesse o que faço ou deixo de fazer. — falo seco e ela abre os olhos.
— você é inacreditável — fala pouco surpresa.
— sei, minha irmã fala a mesma coisa, mas não ligo para isso. — Ela fica em silencio. — agora me diz por quê se meteu com alguém como o Afonso? — ela pareceu surpresa com minha pergunta. Depois de instantes de silêncio ela fala.
— minha mãe estava doente e não tinha médico no hospital público e não tinha dinheiro para pagar um médico particular. Foi ai que Afonso me viu sabendo que eu precisava de algo, me ofereceu o dinheiro que eu precisava. Mas depois eu teria que pagá-lo, eu não queria aceitar, mas minha mãe precisava. Então aceitei e depois corri contra o tempo para pagá-lo — da uma pausa e seus olhos já estava marejados — ele depois apareceu um mês antes do combinado querendo o dinheiro, entretanto eu não tinha o suficiente e dei o que tinha, ele aceitou o que estranhei e depois não o vi mais. — fala triste.
— e ai o que houve depois? — pergunto já imaginando sua resposta.
— eu pensei que tudo iria se ajeitar e depois de uns dias se não me engano aconteceu o acidente de carro e estou aqui. — diz limpando as lágrimas dos olhos.
Então foi o que pensei. — você sabe quem fez isso com você? — pergunto.
— o que? o acidente? — pergunta.
— sim.
Ela fica pensativa e faz uma cara suspresa. — não me diga que.. — interrompo-a
— sim, o Afonso, ele deve ter fingido ter aceitado o dinheiro que você tinha e fez isso. — completo e ela fica surpresa.
Silêncio se instala.
— eu queria saber uma coisa Jeyson.. — fala sem jeito.
— o que? — pergunto.
— como você me achou naquele acidente? — não esperei essa pergunta dela, a olhei nos olhos e depois desviei olhando para a porta. Coloquei as mãos nos bolsos da minha calça.
— tive flashes de seu acidente e fui onde você estava. — falo sem enrolação.
— mas como? — pergunta surpresa e sem entender.
— já te disse que temos laços Nely, com isso pude saber o que aconteceu com você. — falo sem interesse.
— não acredito nesse tal laço, isso só pode ser engano com nós dois, até hoje não nos damos bem. — diz confusa.
— acredite no que quer — digo frio.
— quando eu melhorar eu saio da.. — interrompo.
— e vai para onde? Para o orfanato? Que ordenei para não lhe aceitar mais lá. Para sua antiga casa com a possibilidade do Afonso aparecer de novo? — questiono e ela fica sem fala. — não vai me responder Nely?
Silêncio da parte dela.
— Você ficará aqui e ponto e vai ajudar Ânia na alcateia para que não recleme que não tem nada para fazer. Agora preciso ir e seus seguranças vão ficar de olho em você me informando tudo. — digo irritado e cansado da conversa.— você não pode fazer isso! — fala brava.
— eu faço o que eu quiser! — falo por fim e saio da enfermaria sem ligar para ela.
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O Temido Alfa - Livro 1 (Concluído!)
WerewolfLobos e vampiros uma luta constante caso se encontrassem. Por que? Simples a conquista de terras é o que todos desejam e para isso até a morte vale! Jeyson sendo Alfa com apenas dezessete anos, mostrou e ainda mostra a todos a força da alcatei...