Estava me preparando para dormir no quarto que Jéssica me arranjou no orfanato. Fui colocar uma roupa lavada e passada por mim, no guarda-roupa. Quando fechei a porta e me virei, acabei avistando o Afonso perto da janela, o susto foi grande, estava meio escuro no quarto, pois a lâmpada não estava na sua força total. Rapidamente ele fala.
— Não invente de gritar Nely, senão as crianças acordam — Diz num tom de ameaça.
— O que você quer? — Pergunto me recuperando do susto.
— Pensei que estivesse morta...— Fala duvidoso — Mas como está viva, continua me devendo. — Diz rapidamente sem perder tempo.
— Mas tanto dinheiro que já te dei, já pagou o que estávamos te devendo. — Informo.
— Mas quem faz as regras sou eu, há juros na dívida. Você sabia que teria juros para a quantia que vocês precisavam. — seu tom era de maldoso me querendo lembrar que aceitei isso.
— Não estou devendo nada a você, sai daqui!
— Ahhh minha querida Nely, não é assim que trata alguém que te ajudou com dinheiro para o médico de sua mãe. — me lembra.
— Eu já te paguei — saiu tremendo a voz, o que não queria que acontecesse.
— Pois te aviso que falta uma parte, é pequenininha, somente cinco mil. — Diz se aproximando de mim.
Cinco mil? Não pode ser!
— Eu não tenho como te pagar Afonso, não é o suficiente o que te dei? Por favor, me deixe em paz. — pesso.
— Nada disso, eu quero meu dinheiro, você tem um mês pra me pagar e como garantia para que não me passe a perna, aquela sua irmã Monique vai pagar bem caro se esse dinheiro não chegar até mim. Está avisada, até mais minha querida Nely. — E assim ele some que nem fumaça.
Escorrego pelo guarda-roupa, ele não pode machucar Monique, eu não tenho como pagar isso, ainda mais sem trabalho.
— Ele não vai machucar ela, do jeito que ele é achará onde Monique e minha mãe estão, antes mesmo que eu saiba em que lugar elas estão. — lágrimas começam a aparecer nos meus olhos.
Me lembro de quando fui buscar ajuda a uns cinco meses atrás. Estava tão difícil naquele tempo.
Minha mãe estava tão doente e não tinha como pagar um médico particular e no hospital público não tinha médico. Então Afonso apareceu, ele me viu saindo do hospital chorando falando que não tinha dinheiro para pagar um médico e pelo visto agiu rápido.
— Percebi que a mocinha precisa de algo? — Questiona. — Se for dinheiro eu posso ajudar, te dou agora 15 mil e depois você me paga em cinco meses com juros que tal? — Pergunta.
— Não sei se quero fazer esse negócio. — Falei sem ter certeza.
— Mas pelo visto sua mãe está muito doente, não é? — Pergunta.
— Como você sabe? — Questiono.
— Porque eu escutei sua conversa com a recepcionista do hospital. — Respondeu — Vamos aceite, terá cinco meses para me pagar.
Eu acabei aceitando pelo meu desespero de ajudar minha mãe. Ela melhorou com a ajuda do médico que paguei. E então comecei a trabalhar muito, e até arranjei outro emprego nos finais de semana para arranjar o dinheiro que devia, até fiz encomenda de doces para lucrar mais. Mas minha mãe se perguntou porque eu trabalhava tanto e tive que responder que era pra pagar a dívida que fiz, então ela e Monique me ajudaram a conseguir o dinheiro, até aquele dia que ele me surpreendeu com a carta dizendo que tínhamos uma semana pra pagar.
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O Temido Alfa - Livro 1 (Concluído!)
WerewolfLobos e vampiros uma luta constante caso se encontrassem. Por que? Simples a conquista de terras é o que todos desejam e para isso até a morte vale! Jeyson sendo Alfa com apenas dezessete anos, mostrou e ainda mostra a todos a força da alcatei...