Daniela e Felipe foram embora. Ânia e eu fomos a cozinha jantar, comemos algo simples, arroz, feijão, carne de frango frito e um suco de laranja natural. Comemos em silêncio. Assim que terminamos de comer me pronuncio.
— Você está bem Ânia? — Pergunto.
— Estou sim, só foi um susto isso tudo. — Diz com sorriso amarelo.
— Eu decidi que vou colocar mais um segurança para você, e dois para Nely. — Digo decidido.
— O que? Mas isso não é justo Jeyson! — seu tom de surpresa e magoada foi bem evidente.
— Mas é isso, a partir de amanhã se acostume com mais um segurança. — Digo firme.
— Sabe que a Nely não vai gostar disso, você já deve ter percebido a personalidade forte que ela tem, ela irá contra você. — Diz firme e me encarando.
— Claro que percebi isso e muito mais, mas não irei perder vocês duas. — falo claramente determinado.
— Mas Jeyson, não precisa de tudo isso... — comeca, porém a corto.
— Já disse Ânia, não vou mudar de ideia, agora vá para seu quarto, já está ficando tarde. Não irei arriscar a segurança de vocês. — Ela se levanta irritada e sai com tudo.
Saí da cozinha minutos depois, apaguei a luz e fui para meu quarto. Tomei um banho quente para relaxar, depois de todos os acontecimentos de hoje, quero descansar, termino o banho, após me secar, visto algo confortável e vou dormir.
Escuto sons vindo lá de baixo, então ligo a lâmpada do abajur que fica do lado da minha cama. Vejo as horas, são três da manhã.
Visto uma blusa de frio preta, saio do quarto, desço a escada e os barulhos continuam. Será mais alguém invadindo? Mas não estou sentindo cheiro de nada desconhecido. Chego perto da cozinha e a luz estava acesa, quando olho quem está lá me surpreendo, é a Nely.
— Nely? — Chamo sua atenção. Ela estava sentada a mesa com o olhar distante. — O que faz acordada a essa hora? — Lhe pergunto curioso.
Ela me olha surpresa quando a chamei e limpa o que me parece ser uma lágrima de seu rosto. — Nada, e o que você faz acordado a essa hora? — Ela tenta desviar o assunto o que não deu certo.
— Escutei barulhos vindo daqui, pensei que fosse alguém tentando invadir a casa de novo. — ela não fala mais nada, se levanta e pega algo no micro— ondas e se senta novamente a mesa.
Ela está tomando chocolate quente, mas com o olhar distante, triste.
— Não sei como te agradecer por ter me salvado — Ela me surpreende falando isso, me olhando nos olhos, sua voz sai embargada e uma lágrima desce dos seus olhos, mas ela limpa rapidamente. Me incomodou ver ela assim.
— Não tem o que agradecer — Digo sem cerimónias. — Bem, vou voltar para o quarto. — Falo a ela.
— Ok, eu ainda vou ficar por aqui mesmo. – Disse desanimada.
Volto para meu quarto e acabo dormindo depois. Assim que amanheceu o que me pareceu que passou rápido demais. Ainda me sinto meio cansado, me arrumei e já ouvi barulhos na cozinha tão cedo, chegando a cozinha, avisto Nely fazendo provavelmente café.
— Nely? — Ela se assusta e se vira para mim.
— Ahh, é você Jeyson. — Diz colocando a mão no coração.
— Levantou cedo? — Questiono desconfiado.
— Ah sim, na verdade não dormi muito, então decidi levantar. Quer café? — Essa pergunta dela saiu com a voz fraca.
Algo a incómoda, da para ver em sua face, isso não me agradou em nada, de uma forma estranha, pois não sou muito de me importar com problemas de outras pessoas. Mas com ela eu acabo me importando o que até acho estranho da minha parte.
— Algum problema? — Pergunto me aproximando.
— Não.— Diz sem firmeza e desvia o olhar em seguida.
Me aproximo dela que está com a jarra de café nas mãos, mas sei que algo ainda a incomoda, mas ela não quer contar. Cheguei a sua frente, tirei a jarra de suas mãos e coloquei em cima da mesa, ela me acompanhou com os olhos. Voltei minha atenção a ela.
— Me conta. — Digo calmo, mas ela nega com a cabeça. – Nely, sei que está fazendo pose de forte, mas você não me engana, você não dormiu nada durante a noite, sei disso vendo seus olhos. – falo e fica surpresa.
— Aahh, você não tem que sair pra ronda? — Diz tentando mudar de assunto e saindo da minha frente.
— Não saio daqui até me contar qual o problema. — Digo a pegando pelos braços, fazendo com que me encare.
Eu sei o motivo dela, mas quero que ela me conte da sua própria boca, ela tá precisando se aliviar, contar a alguém, vejo que precisa desabafar, mas ela é durona. Ela me encara depois da afirmação que fiz e prende o choro.
— não é nada para se preocupar — diz sem me olhar, e com suas muletas tenta sair andando para a sala, porém não deixo ficando em sua frente.
— escutou no que eu disse? Não saio daqui até contar o que lhe incomoda, não me importo em demorar o dia todo aqui. — disse olhando firme em seus olhos. Seu olhar toma uma tristeza grande agora.
— Quer mesmo saber? Por que? Não adiantará nada! — disse rápida e ríspida ao mesmo tempo.
— se eu estou falando é porque adiantará sim, não sou de perder tempo com qualquer assunto. — falo no mesmo tom que ela.
— E..eu nunca tinha passado por algo daquele tipo, aquela situação, aquele nojento em cima de mim, tentei me livrar dele, mas quanto mais eu tentava mais ele me prendia... foi horrível.. senão tivesse chegado naquele momento... — Diz em lágrimas e mais lágrimas escorrendo pelo seu rosto.
Enfim ela desabafou, a puxo para um abraço forte — Isso não irá se repetir, pode ter certeza disso. — Digo com firmeza perto de seu ouvido. Ela assente nos meus braços e percebi como estava cansada. Mexi no bolso da minha calça e sem que ela percebesse repeti o que já fiz com ela antes, acho que umas duas vezes já fiz isso. Fiquei uns segundos abraçado com ela, enquanto a mesma parava de chorar.
E como esperado ela bocejou e caiu no sono logo em seguida. A segurei antes de cair e a peguei estilo noiva. Olhei por breves segundos ela dormindo no meu colo, agora ela poderá descansar. Sei que ela ainda vai tentar fugir de novo, quantas vezes forem presisas para sair da minha alcateia, porém não vou deixar ela sair daqui, a impedirei em todas as suas tentativas.
Enquanto pensava caminhei a levando ao seu quarto. Assim que a deitei, vi seu pé, ainda não está bom, aliás ontem ela se esforçando machucou mais. Antes de sair do quarto a cubro com o cobertor.
Vou fazer minhas rondas com os rapazes. O perigo aumenta cada vez mais por aqui. Todos querem meu território e não vou deixar que o peguem. Mato qualquer um que estiver no meu caminho.
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O Temido Alfa - Livro 1 (Concluído!)
WerewolfLobos e vampiros uma luta constante caso se encontrassem. Por que? Simples a conquista de terras é o que todos desejam e para isso até a morte vale! Jeyson sendo Alfa com apenas dezessete anos, mostrou e ainda mostra a todos a força da alcatei...