O Temido Alfa - Livro 1 (Concluído!)

Capítulo 37

Nely

— AAAHH — grito de susto me sentando na cama.

    Ponho a mão no coração e percebo que estou molhada de suor, tremendo e ofegante. Lágrimas percorriam o meu rosto. No mesmo instante Jeyson abre a porta do quarto numa força fazendo um som muito alto.

— o que foi Nely? — pergunta se aproximando da cama, mas escuto sua voz como se ele estivesse distante de mim. Não consigo prestar atenção nele, pois não consigo esquecer que quase morri afogada, devo estar em choque ainda?

— Nely? — pergunta novamente.

— oi — digo baixo sem o olhar no rosto — não foi nada. —

   Olhei ao redor e percebi que esse quarto era diferente do que eu estava acostumada a ver— onde estamos? – o olhei agora sem entender.

— ah sim, estamos na minha chácara. — dise tranquilo.

— quem me empurrou na piscina? — pergunto de cabeça baixa, me lembro daquela sensação toda da água ao meu redor e eu tentando voltar a superfície para respirar, até que não consegui mais respirar e a fraqueza invadir meu corpo inteiro com a dor.

Ele demora a responder, mas as seguintes palavras foram ditas, de qualquer forma eu teria que saber.
— Afonso. — me assusto ao ouvir seu nome — felizmente Hugo e os rapazes o prenderam e ele vai pagar por todos os crimes que ele fez — diz firme olhando para mim.

— que bom — digo aliviada e suspirei. Consegui relaxar um pouco. Ele foi preso. Que noticia boa.

— vou pedir para trazerem algo leve para você comer — diz se levantando e coloca as mãos nos bolsos da sua calça jeans preta.

— obrigada de novo por me salvar — tentei olhar para ele o que não deu muito certo. Não consegui.

— Faria de tudo para te salvar – sua voz soou determinado e fiquei no mesmo segundo mega envergonhada com o que ele acabou de falar.
   Faria tudo para me salvar... porquê?
   Não notei quando ele saiu. Depois de uns minutos uma garota de uniforme preto com branco entra no quarto com uma bandeja.

— O Alfa pediu para que lhe trouxesse uma sopa, espero que goste senhorita. – disse a garota simpatia. Com cuidado colocou a bandeja em cima do criado-mudo.

— obrigada, mas qual seu nome? — pergunto.

— ah sim, sou Maria senhorita — disse simpática passando a mão nos cabelos.

— prazer, pode me chamar de Nely — sugiro no final.

   Ela sorri, logo sai me dando um tchau que eu também retribui. Após comer e se passando uns minutos resolvi tomar um banho, o que foi dolorido demais, porque, estava toda arranhada. Minhas costas, braços e pernas. Fora meu ombro que estava enfaixado por causa da fecha que fui acertada.

   Sem querer soltei um grito de dor. Tudo estava ardendo. Para passar o sabonete então?  Nossa! Era nisso que ardia e quando a água passava para tirar o sabão a dor vinha com tudo. Não sei o que doía mais, quando eu passava o sabonete ou quando vinha a água? Acho que os dois.

   Enrolada já na toalha, com todo o cuidado. Puxei a água do banheiro devagar e logo termino. No espelho do banheiro, vejo minha situação apesar de estar limpa, estou acabada ao mesmo tempo. Meus olhos estão levemente inchados por causa das lágrimas soltas por mim, enquanto tomava o banho que doeu muito por culpa dos meus ferimentos. Suspiro cansada e saio do banheiro.

   Tentei me vestir, o que não deu tão certo assim. O short, eu consegui vestir. Faltava minha blusa. Quando tentei vesti-la, meu ombro doeu muito.

— Droga! — me irritei.

   Com mais uma tentativa, mesmo que doesse coloquei a bendita da blusa. Afinal, não podia ficar sem ela. Resolvi sair do quarto para arejar meus pensamentos, tentar aliviar tudo o que me aconteceu.

   Andei pela casa de cor creme nas paredes, tinha alguns enfeites no corredor, cortinas marrons nas janelas, achei muito bonito. Cores mais neutras e clássicas. Nada colorido, algo me diz que é a cara do Jeyson essas tonalidades da casa.

   Desci as escadas e fui logo para fora de casa, não estava afim de conhecer o resto dessa casa. O jardim era simplesmente lindo, tinha margaridas, tulipas, rosas, uma mais linda que a outra. Andei mais ainda para trás da casa, pois estava encantada com a beleza desse lugar. É tão lindo aqui. Gramas verdinhas por todo lado, plantas, arbustos, tudo mais tudo mesmo é tão cuidado.

   Enquanto estava encantada com o lugar escuto um latido e olho ao redor até que avisto um cachorro um Rottweiler. Ele não me parece agressivo, parece mais alegre com minha presença.