O Temido Alfa - Livro 1 (Concluído!)

Capítulo 8

  Mas só correr não adianta, tenho que pensar em algo depressa. Fiz uma curva muito rápida e me escondi atrás de umas pedras que avistei. Consegui despistar o puma, andei de costas aliviada. No mesmo instante tropeço numa pedra o que me faz cair de uma descida mediana.

— aiiii... Mas eu só vivo caindo que saco! — falo irritada tentando levantar. Me apoio ao tronco de uma árvore e me levanto, mas como sou atrapalhada na hora em que cai machuquei meu pé, ou seja, estou mancando agora.

— o que é isso? — pergunto passando a mão em minha testa. — sangue! Ahh mais que beleza já não basta estar mancando, minha testa está sangrando agora, mas também ainda estou me recuperando do acidente. — falo a mim mesma.

  Estou mais longe agora, finalmente estou perto da estrada (pista) e o sol já está nascendo.

— o que uma garota está fazendo sozinha no meio dessa floresta tão imensa? — pergunta uma voz masculina desconhecida para mim. Avisto esse homem encostado a uma árvore numa distância pequena com um olhar assustador.

— estou indo em direção a estrada, me desculpe, mas estou com pressa. — falo depois de olhá-lo, continuo andando.

— mas mancando desse jeito vai demorar para chegar, não acha? — fala andando em minha direção.

— pode até ser, mas eu chego lá em algum momento. — falo com um sorriso amarelo.

— ah, mas eu acho que você não vai chegar aonde pretende ir. — fala de um jeito que me assustou muito. Repentinamente o mesmo aparece na minha frente e solto um grito de susto juntamente quando ele segura meus braços com força.

— shiu, calma garota não vou te machucar muito. — diz passando sua mão no meu cabelo e o colocando atrás do meu pescoço.

— me deixa ir — peço para ele com a voz trêmula.

— ah não e deixar uma presa tão fácil assim como você ir embora? Não dá mesmo e esse seu sangue está me deixando louco. — assim que ele disse isso, me soltei dele e corri.

— sabe que correr não adianta para vocês. — disse ele parado — vou contar até dez para te dar tempo, gostou assim? — fala mais alto para eu escutar, mesmo mancando eu estou correndo.

  Ele começa a contar e meu coração dispara, tentei pensar em algo. Como escapar de um vampiro? Quando ele chegou ao número sete, me escondi atrás de uma árvore e peguei um galho até que forte o suficiente.

  Sei que ele está escutando meu coração acelerado é isso me assusta mais ainda. Escondo o galho atrás das minhas costas.

— Buuuu — disse ele aparecendo na minha frente tão repentino.

— aaahh — grito de susto. Ele chega mais perto então pego o galho em minhas mãos e acerto ele rapidamente no seu ombro e saio dali.

— Aaaah sua... Vai me pagar por isso — diz irritado.

  Peguei mais um ganho grande no caminho. Assim que ele vinha na minha direção enfiei o galho no canto de sua barriga. Ele gritou de novo e arrancou o galho em seguida, me olhando com fúria. Partindo para cima de mim de novo, acabou que caímos no chão, me desesperei. Usei minhas mãos para impedir que ele chegasse perto de mim, rapidamente peguei uma pedra que estava do meu lado e acerte em seu rosto, o que me deu tempo para correr ainda mancando enquanto ele se gemia de dor no chão.

— agora peguei você. — disse ele tentando me segurar, porém só conseguiu me arranhar com suas unhas no meu braço o que ardeu muito. No mesmo instante ele conseguiu me segurar pelos braços e me vira para frente dele já que eu estava de costas, mas do nada Hugo aparece correndo e dá um pulo em cima do vampiro o tirando de perto de mim.

— aah — gritei quando os dois começaram a brigar feio diante de mim.

  Hugo não se transformou em lobo, pois deve ter percebido que o vampiro não estava tão forte. Hugo o socou no estomago e depois no rosto, o vampiro revidou com socos duplos e depois enfiou na perna de Hugo uma estaca. Segurei um grito, após ver isso. Hugo estava ferido e caiu no chão. O vampiro veio em minha direção e andei para trás encostando-me à árvore. Quando pensei que ele vinha me atacar Hugo deu uma paulada na cabeça do mesmo que caiu no mesmo instante.

— Nely você está bem? — Hugo pergunta ofegante.

— tô — respondo tremula e ainda com o coração na mão.

— é melhor nós voltarmos pra alcateia — diz ele se recuperando.

— não vou voltar para lá! — pauso — Você ainda está machucado na perna. — digo vendo sua perna que está sangrando.

— não se preocupe com isso, daqui a pouco cicatriza. — me informa educado. — espere um pouco Nely vou amarrar isso aqui para estancar o sangue, assim nós vamos embora daqui — diz tirando a camisa e amarrando em sua coxa. Olhei em outra direção, não me sinto confortável com isso. Logo mais seu ferimento em três minutos se curou. — vamos? — perguntou ele.

— não voltarei para lá Hugo, você já sabe para onde realmente quero ir e eu vou! — disse me levantando, pois estava sentada, mas me bateu uma tontura repentina e quase caí para frente, entretanto me segurei à árvore do meu lado a tempo.

— O que foi? — ele falou chegando perto  para me ajudar.

— nada demais, uma vertigem forte que apareceu, logo passará  — digo tentando tranquilizá-lo, ele olha para meu braço e diz muito surpreso.

— Nely onde você conseguiu esses arranhões? — eu olho para meu braço.

— foi quando o vampiro tentou me pegar, mas na hora ele acabou me arranhando. — digo ficando mais cansada e tonta.

— Droga Nely! — diz irritado, porém preocupado ao mesmo tempo — Temos que correr, você precisa de um antídoto — diz me pegando no colo.

— não quero voltar pra lá — minha voz saiu fraca e tento sair do colo do Hugo. Claro que ele não deixou.

— mais que nunca temos que voltar, você querendo ou não. — escutei ele falar apressado.

  Ele começou a correr muito rápido, não como os vampiros, mas rápido o suficiente para quem é lobo, pois os lobos só correm muito mais muito mesmo quando estão transformados.

  Passando uns minutos comecei a sentir frio e também o suor frio começou a percorrer sobre mim. Escuto ele falar preocupado.

— Droga! Você está suando frio e está ficando muito pálida.

— não se preocupe... Hugo eu tô... — não consegui terminar a frase, pois o cansaço tomou conta muito rápido de mim.

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