Capítulo 38

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   Quando deu o horário me arrumei. Vesti um vestido lilás claro de mangas no ombro, meu cabelo numa trança meio soltinha, brincos discretos e uma maquiagem super suave num tom de nude e um batom lindo marrom um pouco forte.

   Já estando na sala esperei Ânia e Jeyson descerem, depois de uns minutos eles vieram. Jeyson não para de olhar para mim, ele parecia surpreso comigo, fiquei sem jeito, sem saber como agir. Estou me irritando com esse meu jeito de ficar completamente sem jeito quando ele me olha.

— Nely! Está linda, simples, mas linda. – disse alegremente Ânia.

   Ela estava com um vestido salmão e uma jaqueta jeans por cima para melhorar seu look, cabelo num coque e uma sandália discreta linda.

— você também está linda Ânia. — a elogio sorrindo.

— chega de enrolação e vamos de uma vez. — fala Jeyson indo na nossa frente.

   E assim fomos, entramos no carro e seguimos para algum lugar desconhecido e outro carro nos seguindo, provavelmente os seguranças.

   Uns minutos se passam e percebi que Jeyson e o motorista do carro estavam tensos no banco da frente, olhavam direto para a estrada pareciam preocupados com algo.

— mudança de planos vamos voltar — Jeyson avisa para nos duas que estávamos nos banco de passageiros 

— mas como assim? Ah não Jeyson! — Ânia fala chateada.

— vamos voltar e ponto. – respondeu ele se irritando.

   Quando fizemos a curva para retornarmos nosso caminho, em segundos o carro foi atingindo por algo que fez o capotar para fora da estrada. Eu fechei meus olhos por medo. Essa sensação é horrível. Abri meus olhos e todos estavam desacordados, eu estava tonta com alguns arranhões. Soltei meu cinto de segurança. E sai com muito esforço do carro que por sinal ficou na posição normal e não de cabeça para baixo.

   Tirei alguns fios de cabelo do meu rosto. Andei com dificuldades a outra porta onde Ânia estava. Ela se  encontrava com um corte pequeno na testa e também com arranhões pelo corpo. Tirei seu sinto de segurança e a tirei do carro em seguida a arrastei para longe do carro. Voltei e tentei tirar o Jeyson que também estava desacordado. Alguns vidros estavam por todo lado.

— ai, como é pesado — falo o levando para longe do carro.

   Voltei e tirei o motorista e o levei para perto do Jeyson. Depois de arrastar os três, tomei folego e olhei ao redor, mas o que ouve aqui e cadê o outro carro que vinha atrás de nós?

— Jeyson. — começo a chamá-lo, mas ele não acorda. Seus ferimentos estão se curando rápido é sinal que ele esta bem. Penso aliviada, mas um dos braços do Jeyson está machucado.

— Jeyson, por favor, acorda — digo balançando seu ombro. Nada, tentei acordar Ânia, mas nada também, comecei a me desesperar. — Jeyson fala comigo, diz qualquer coisa, vamos acorda, você está me assustando. — digo nervosa segurando um choro.

   Estava ao seu lado de joelhos, eu acariciei seu rosto e por incrível que pareça ele virou o rosto onde eu estava com a mão. Fiquei feliz era sinal que ele estava acordando.

— Jeyson? – pergunte,  ele se mexe, parecia fazer esforço para acordar, em meio a esses pensamentos uma mão se coloca na minha boca e a outra na minha cintura me puxando para longe do Jeyson.

   Comecei a gritar e me debater com quem me segurava, mas não adiantou, pois meus gritos eram abafados pela mão de quem me segurava.

— xiiii gracinha, enfim pegamos você — diz uma voz masculina.

   Eu lhe dou uma cotovelada forte na barriga fazendo me soltar. Olhei para ele que tentava recuperar o ar e percebi que estava armado e também tinha algo que parecia uma faca em sua cintura. Corri, mas quem disse que deu certo? Ele me pegou de novo, que raiva.

— não é por ai que nos vamos — diz me segurando. Outro cara aparece e olha onde Jeyson e os outros estão.

— olha mas esse não é o alfa? — diz o cara com um sorriso maléfico.

— não vou perder essa oportunidade de mata-lo — diz e meu coração acelerou, ele pega uma faça.

— NÃO FAZ ISSO! — digo chorando — JEYSON ACORDA, LEVANTA DAÍ! — grito me debatendo no cara que me segurava firme.

— não adianta menina ele tá desacordado — diz o cara que estava próximo ao Jeyson — hora de nunca mais acordar Alfa — diz com nojo e levanta a faca na mão para dar impulso.

   Quando ele fez o movimento para acertá-lo eu gritei!
— NÃO!
   Rapidamente Jeyson segura sua mão impedindo que o acertasse, ele estava com dificuldades em segurá-lo com as duas mãos, pois seu outro braço percebi que ainda estava ferido.

   Eu me desesperei, pois o outro rapaz estava quase o acertando com a faca e com uma adrenalina incrível me debati com o cara que estava me segurando e me soltei dele e o empurrei feio. Peguei a faca que estava na sua cintura e lancei rapidamente na direção do outro cara que estava tentando matar o Jeyson. Tudo isso aconteceu rápido demais até para eu acompanhar.

   A faca acertou em cheio a barriga do cara e o sangue começou a escorrer, mas o cara tira a faca e a joga para longe. Ele parecia determinado a lutar até o fim. Então Jeyson rapidamente se levantou e lhe deu um soco, enquanto eles aviam começado uma luta o cara atrás de mim se aproximou me surpreendendo e me pegando de novo.

— não deve baixar a guarda menina. Agora vamos sair daqui. — diz me puxando, tento me soltar dele dando cotoveladas fortes, mas ele aperta forte demais meu braço — te aconselho a parar com isso menina se não vai piorar mais — fala irritado ainda apertando meu braço, uma lágrima fugiu do meu controle.

   Ele continuou a corre comigo. Paramos mais a frente, ele me empurra para perto da árvore com brutalidade, me fazendo bater as costas na pobre árvore e caio sentada, muito rápido ele pega umas cordas vindo na minha direção e amarra minhas mãos com força e depois os meus pés. Ele pega uma fita do bolso de sua calça.

— agora vamos prevenir que você não grite — diz aproximando a fita de mim.

— não, por favor — tento argumentar com umas lágrimas ainda caindo dos meus olhos. Mas não adiantou, ele colocou a fita na minha boca. O desespero me tomou de conta. Como pedir ajuda nesse estado?! Meu coração acelera batendo muito forte.

— agora podemos ir — diz e fareja o ar e olha para mim diferente me assustando.

   Ele me põe em seu ombro e sai correndo. Eu não podia fazer nada, me senti uma inútil e só sentia o vento em meus cabelos e as lágrimas caindo do meu rosto. Estava torcendo para que Jeyson me encontrasse logo.

   Paramos numa casa velha, o cara me coloca no chão e parece pensar um pouco, ele se vira para mim.

   Ele me amarra para não fugir enquanto ele dá a volta na casa. Tentei me soltar dessas cordas, mas só me desanimei, não consegui.
   Um carro sai de trás da casa e para próximo de mim. O cara saí do veículo, vem até onde estou para tirar a corda que me prendia a um ferro posto na parede para sustentar algo. Ele me olha intensamente e sente o ar enquanto de propósito percebi que ele tirava a corda do meu braço devagar.

Suspira — sinto muito — diz baixo me assustando. Ele se aproxima de propósito olhando para mim e coloca os dois braços na parede me deixando com raiva de não poder fazer nada. Ele pega um frasco e um pano, despeja o líquido no pano. — espero que durma bem — diz ele colocando o pano em minha boca e nariz. Tentei revidar, mas ele me impedia com a outra mão.

   Enquanto minhas pálpebras começavam a pesar ouvi um barulho e o cara já não estava a minha frente e nem o pano o que é um alívio.

   Escorreguei pela parede sem forças para me sustentar, tentei ver o que estava acontecendo e fiquei feliz, era o Jeyson lutando bravamente contra aquele idiota. Era socos, chutes da parte do Jeyson ele atacava sem dó alguma e logo venceu a luta. Quis soltar um sorriso, mas não deu certo com essa porcaria de fita.

   Jeyson vem na minha direção. Ele desamarra meus braços e pés. — talvez doa um pouco — se refere a fita em minha boca, e tira devagar, finalmente livre dessa coisa.

Passo a mão na boca — obrigada.

— que nada, agora vamos, os idiotas foram derrotados, está a salva comigo. — ele diz e sorrio em agradecimento. O mesmo me ajuda a levantar, mas me desequilibro um pouco e ele me segura preocupado.

— sonífero — respondo imaginando sua pergunta, minhas pálpebras estão pesando muito mesmo.

— não se preocupe, eu te levo. — diz me segurando no seu colo. Me aconchego em seus braços me sentindo segura.

— é tão aconchegante... — falo baixo, mas acho que ele escutou, não era para eu ter dito isso, mas estou com tanto sono que nem tive tempo de sentir vergonha e acabei dormindo nos braços do Jeyson.


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