VI.

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─ Você não desceu para o jantar. ─ Suzana falou, assim que a garota abriu a porta, mostrando uma expressão não muito satisfeita em ver a outra em sua frente. ─ Vim ver se estava se sentindo bem. Não compareceu a nenhuma de suas aulas.

Sarah sorriu debochada, largando a porta aberta, voltando para dentro do quarto, cruzando os braços esperando que a garota entrasse, olhando para os lados, parecendo curiosa e um pouco assustada com a situação.

A princesa italiana reparou nas roupas de Suzana, o vestido verde escuro tinha detalhes em dourado, flores bordadas nas mangas e na saia lisa, sem muitos babados. O cabelo da garota estava mais uma vez solto, caindo sobre seus ombros.

─ Como você acha que eu estou? ─ ela perguntou, levantando as mãos, jogando-as para o alto, como se estivesse se rendendo. ─ Depois que você me humilhou hoje pela manhã não vi outra solução. Eu também me envergonho. Não sou nenhum robô sem sentimentos!

─ Que ótimo que você pensa assim...

─ Não seja hipócrita.

─ Porque eu também tenho sentimentos. ─ Suzana completou. ─ Acho engraçado como a única desculpa pelos erros de vocês é o fato de terem sentimentos. Isso só me mostra cada vez mais que vocês realmente não os tem. São egocêntricos demais para assumirem a culpa e a colocam em algo que nem ao menos existem.

Sarah encarou a garota, bufando logo depois.

─ O que você quer?

─ Te ajudar.

─ Ah, por favor. Vamos concordar que a última pessoa que poderia me ajudar é você.

Suzana revirou os olhos.

─ Eu sei de tudo o que você e Samuel passaram, qualquer um tem poder para isso. Sabia que o Canadá já interrompeu o começo de uma guerra entre os países de vocês por causa dos dois? Os únicos que não estão se ajudando são vocês mesmos!

─ Não pedi por isso.

─ No momento que ficou perdidamente apaixonada por Samuel, sim, você pediu por isso e muito mais.

Sarah se sentou em sua cama, depois de perceber que por partes, Suzana estava correta, mais uma vez.

─ Se fiz o que fiz, foi para te ajudar. O mundo está num momento crítico, assim como o psicológico de qualquer um aqui dentro. Não quero tolerar brigas de casais enquanto a maior prioridade é proteger vocês. Se for para ser assim, eu preciso pelo menos do apoio de vocês.

A garota que estava de pé observou os olhos de Sarah, brilhantes, talvez buscando por esperança. Elas não eram amigas, nunca tinham se visto, nem ao menos sabiam o verdadeiro sobrenome uma das outras. Só era um fato de que Sarah sabia que Suzana tinha vivido muito mais do que ela.

─ O que quer que eu faça? Que saia por aí, procurando por pessoas que ninguém tem conhecimento de quem realmente são? ─ Sarah perguntou, parecendo cansada.

Talvez Suzana tivesse uma leve impressão de como era cansativo o peso de uma coroa.

─ Vamos começar procurando pela pessoa que você é. ─ ela respondeu, fazendo com que ela levantasse seu olhar, confusa. ─ Esqueça, Samuel. O castelo é enorme, vocês não precisam conviver juntos caso não queiram. Você é boa demais para ele, Sarah.

─ Agora você vai sair daqui e falar o mesmo com ele? ─ Sarah perguntou.

─ Samuel nunca será bom demais para você. Pelo contrário, ele é o pior que você um dia pode querer.

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