XXXVI.

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─ O quê? ─ Maria Cristina perguntou, mostrando um sorriso sarcástico. ─ Está fazendo alguma pegadinha comigo?

Shawn viu a maneira como a garota se apoiou sobre a maçaneta da porta, encarando-o com as sobrancelhas tortas e um sorriso debochado nos lábios. Não, Shawn não estava brincando.

─ Fiquei sabendo de seus problemas e não vejo problema nenhum em me casar com você. ─ ele respondeu, mostrando um sorriso torto.

O garoto voltou a ficar sério quando a garota gargalhou, alto e estranhamente. A risada de Maria Cristina era um tanto quanto rara.

─ Você está se oferecendo como meu salvador, é isso?

Shawn balançou a cabeça, concordando.

─ Fico feliz pela preocupação, Shawn, mas você não está raciocinando direito. Todos nós estamos nervosos e exaustos, então, não saia pedindo qualquer uma em casamento. Escute o que lhe digo. Vá dormir, todos nós só queremos algumas horas de descanso.

Maria Cristina fechou a porta do próprio quarto e começou a caminhar em direção a Ala A, tendo em mente de passar a última noite de Sarah naquele castelo ao lado da italiana. Shawn ainda estava parado no meio do corredor, supresso com a resposta da garota. Quem recusaria se casar com o herdeiro do Canadá?

─ Isso é um não? ─ ele perguntou, surpreso, a garota se virou pra ele, mostrando um sorriso torto.

─ Eu não sou a mulher da sua vida, Shawn.


Deitada em sua cama, Suzana via a imagem de Nate desaparecer enquanto entrava na escuridão do bosque. Algo como aquilo teria deixado Suzana atormentada e amedrontada, não tendo a coragem de enfrentar a escuridão das árvores sozinha. Ela continuou parada no centro da clareira, e quando escutou o som de uma moto, esperou que o barulho se afastasse e Nate tivesse realmente ido embora.

Aquilo era loucura. Todas as pessoas que ela pensava que estavam mortas, tinham resolvido aparecer no momento mais caótico de sua vida. Primeiro Jasmine, a qual ela não sabia se a ruiva era realmente uma amiga ou somente uma impostora. Depois era Nate, o qual afirmava que os irmãos dela também estavam vivos!

Quando Nate falou sobre Jasmine, Suzana percebeu que ele ficou levemente mais pálido com tudo aquilo. Talvez fosse o susto ou o medo. Mesmo ele não tendo mudado a aparência, alguma coisa dizia que o psicológico do garoto estava muito mais afetado com tudo aquilo. E depois de dizer que a ruiva não era confiável, ele avisou que teria de ir embora, ou se não Drake viria como uma fera atrás dele. Nate realmente parecia não gostar do tal Drake, sempre falando que o garoto era antipático e não aceitava a presença do primo de Shawn e dos irmãos da garota.

Suzana só teve tempo de dar um abraço no amigo, antes que ele entrasse na escuridão, prometendo que eles ainda se veriam de novo.

A porta do quarto da garota se abriu e ela viu a figura de Martin. Uma leve dor passou pelo corpo da garota, parando em seu coração e ficando por lá. Martin e Nate eram melhores amigos, juntamente com Luke. Eles formavam um trio e tanto. A garota se sentiu muito insensível guardando aquele segredo do amigo. Martin poderia ficar muito mais forte ao saber que o amigo estava vivo. Mas ela não podia contar, então quando ele se aproximou da cama, ela estendeu o bilhete para ele.

Era uma espécie de corretivo. Somente um pedaço de papel para se colocar no lugar da verdade e disfarçar algo que Martin não poderia saber.

─ Só isso? ─ ele perguntou.

Suzana teve dificuldade para responder, mas ela conseguiu balançar a cabeça, positivamente.

─ Você tem certeza de que pode confiar nesse cara? ─ Martin parecia levemente aborrecido. Ela também estaria caso o bilhete fosse verdadeiro.

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