XLI.

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─ Você não vai ficar aqui, Martin.

Suzana já tinha repetido aquela frase várias e várias vezes.

Luke estava quieto, encostado no canto, olhando para qualquer lugar que não fosse o irmão. O qual girava lentamente na cadeira de rodinhas, como se não estivesse escutando tudo o que Suzana tinha para dizer.

─ Já decidi, não vou sair desse castelo.

Suzana suspirou. Eram seis da tarde. Ela e Luke já estavam prontos. Mas infelizmente, Martin tinha colocado em sua cabeça que não iria sair daquele lugar, não tão cedo.

─ Você vai morrer. ─ foi a primeira coisa que Luke disse até então. Suzana concordou. Era mais arriscado ficar do que partir. Ninguém sabia do que Jasmine era capaz.

─ Não seja dramático, Luke... Já pensei no que fazer. Digo que estou acreditando em Victor, finjo estar ao lado dele, Jasmine me protege e acidentalmente, irei proteger vocês. Ela pode fazer tudo quando descobrir que vocês fugiram. Sabem disso. ─ Suzana negou, balançando a cabeça. Ela tinha deixado Jordan se arriscar, não poderia deixar Martin fazer a mesma coisa.

─ Martin, isso não é o certo. Você pode ser morto e...

─ Acho melhor você escutar seus amigos, Martin. Você realmente pode ser morto se continuar aqui.

Suzana se virou assustada ao escutar a voz que tinha lhe interrompido. Luke estava pálido, Martin levemente boquiaberto. Sebastian tinha surgido da garagem, a qual guardava carros que eles nunca tinham usado. Ele usava calça escura, botas de cano médio, semelhantes a de militares. Um casaco de couro estava por cima de uma blusa branca. Era a primeira vez que Suzana via o cabeço do garoto bagunçado daquela maneira.

Sebastian McGorry era quase que um lego humano. Alto e com ombros largos, graças aos músculos ele era levemente quadrado, o maxilar não ajudava. A barba estava diferente da última vez que eles tinham se visto. Poderia ser dito que ela não era feita há muito tempo. O homem abriu uma lata de refrigerante, dando um gole logo depois. Os olhos azuis continuavam no mesmo tom de antes.

─ Aliás, Elijah mandou um bilhete. Nem é muita novidade. Ele continua achando que bilhetes são mais recatados quando o motivo é manter contato com uma garota como você. ─ Sebastian suspirou sendo irônico, tirando um pedaço de papel do bolso e se aproximando para entregar a Suzana. Assim que a garota pegou o bilhete, ainda assustada, ele andou pela sala. ─ Lugar interessante. Tanto potencial e mesmo assim vocês não fazem nada de impactante.

Luke tinha várias perguntas e ele não era o único.

Suzana abriu o bilhete. A caligrafia era a mesma de antes. Paciente e desenhada. Aquela parecia a marca registrada de Elijah.

	─ Então, as malas estão prontas? O avião de vocês vai partir assim que chegarem em Oslo

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─ Então, as malas estão prontas? O avião de vocês vai partir assim que chegarem em Oslo. A viagem é longa, vocês vão ter a oportunidade de perguntarem tudo o que eu puder responder. ─ Sebastian tira um celular do bolso. Suzana encara Luke, afirmando com a cabeça, dizendo que é seguro confiar nele. Martin ainda está muito chocado para dizer alguma coisa. ─ Jasmine entrou no banho agora, é a nossa oportunidade.

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