XXV.

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O quarto em frente ao de Cecília estava vazio há três dias.

Ela se lembrava muito bem do último abraço que tinha dado em Rute no dia que a garota entrou naquele carro preto e blindado, junto de diversos seguranças. A areia branca deixada para trás foi o ponto final da história da princesa francesa no castelo.

─ Você tem certeza de que está bem? ─ ela escutou a voz ingênua de Amber perguntar, parando ao lado dela na janela da sala de estar. Cecília não se lembrava de quanto tempo estava olhando para o jardim lá fora, perdida em seus pensamentos. ─ Está parada aí há um bom tempo.

A sueca mostrou um sorriso tímido para a irmã mais nova de Shawn, torcendo para que aquilo mostrasse que ela estava bem.

─ Só estava pensando... ─ Cecília respondeu, dizendo a verdade.

─ Ultimamente, todos estão pensando... ─ Amber respondeu, parecendo não ter vontade de parar de conversar com a garota. ─ Olhe para o meu irmão. ─ a garota pediu, apontando para a figura de Shawn que caminhava pelo jardim. ─ A última vez que ele deu tantas voltas pelo jardim foi quando descobriram Suzana e os outros. Ele estava tentando se decidir o que fazer quanto a eles, acabou que meu pai não deu nenhuma opção e Shawn teve de aceitar... Agora, o vendo dessa maneira, tenho medo do quê ele esteja planejando fazer.

─ Seu irmão está com um certo peso na consciência, como todos nós... ─ Amber ficou atenta a tudo que era dito por Cecília. ─ É difícil pensar em algo que não seja a nossa realidade. Nós somos os maiores culpados por tudo o que está acontecendo. Toda a destruição pelo mundo todo, tudo... Eles querem nos matar, e estão a nossa procura.

─ Mas nós também somos amados. ─ Amber corrigiu a garota, vendo um sorriso decepcionado crescer no rosto de Cecília.

─ Do que adianta sermos amados se a potencialidade do ódio é estupidamente maior? ─ a herdeira perguntou, encarando a garota com os olhos verdes intensos.


─ Você acha que poderia ser Sebastian? ─ Suzana perguntou, escutando a história de Jordan, pela décima vez nos três dias. Era estranho demais em pensar no fato de dois intrusos terem lutado entre si, e que um deles, depois de dar uma surra em Jordan, ter ajudado o garoto.

─ O que usava um lenço? ─ Jordan perguntou, olhando algo nos computadores, ao lado de Victor. ─ Acho que não... Não acho que McGorry teria a criatividade de usar lentes para se disfarçar... Além do mais, além dos olhos, todo o resto não era parecido com Sebastian... O cabelo era mais escuro, e mais bagunçado também... As sobrancelhas eram mais... ─ Jordan pareceu pensativo. ─ Não sei explicar. Mas de uma coisa eu tenho certeza: quem me ajudou não era Sebastian.

─ Suzana não está falando dele. ─ Victor comentou com o amigo, olhando rapidamente para Jordan antes de voltar sua atenção para o computador.

─ Victor tem razão. ─ a garota respondeu, apoiando os braços sob a mesa do centro de comandos. ─ Estou falando daquele que te desmaiou.

─ Era uma garota, Sue! ─ Jordan falou. Ele tinha dito a frase várias e várias vezes. ─ E não, Sebastian não conseguiria se disfarçar daquela maneira. Será que podemos nos focar no fato de que estamos há três dias tentando descobrir como aquelas duas pessoas entraram e saíram desse castelo, sem vermos?

A sala ficou em silêncio, enquanto Suzana via os dois amigos verificarem as câmeras de segurança várias e várias vezes. Ela olhava tudo atentamente pelos monitores, seus olhos já tinham cansado de estarem sempre na tela pequena do computador.

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