XIX.

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A última vez que Sarah tinha presenciado um jantar tão movimentado tinha sido algumas semanas antes de ir para aquele lugar. O motivo era ela, Samuel e uma guerra que poderia acontecer a qualquer momento, graças a dois adolescentes.

Os pais não tinham ficado nada satisfeitos com isso.

E agora. O motivo era Sebastian e Suzana.

A cena entre os dois tinha até mesmo abafado o assunto de Samuel estar voltando para casa, contra a vontade dos pais, por vontade própria. Ficar na sala de estar depois do jantar não tinha sido a mesma coisa já que o motivo era se despedir e ela não sabia como fazer isso.

A princesa se via na obrigação. Mesmo que os dois não tivesse mínimas chances de darem certo, eles pelo menos teriam paz entre a Itália e a Holanda.

Nerissa se despediu com um rápido abraço e beijinhos. Ela seria a próxima e então todos teriam feito sua parte, desejando sorte na situação atual do país do garoto.

─ Se precisar de alguma coisa, só me avisar. ─ Sarah falou, olhando diretamente para os olhos escuros de Samuel. Os quais ela ficaria um tempo sem ver.

Ela viu quando ele coçou a própria nuca, nervoso.

─ Obrigado. ─ ele respondeu, tentando mostrar um sorriso simpático sem demonstrar o desconforto.

─ Espero que dê tudo certo para você. ─ ela comentou, estendendo a mão para o garoto, que a olhou, surpreso. ─ Tenho certeza de que você será um ótimo rei um dia.

Samuel pegou a mão da garota delicadamente.

─ Você sabe que eu não te odeio, não é?

─ Eu também não te odeio, Sammy. ─ ela respondeu, piscando freneticamente, como se quisesse não chorar. ─ Mas nós somos parecidos demais para darmos certo. Lei de Coulomb, lembra?

Ele sorriu, se lembrando do dia que tinha, finalmente, conseguido ensinar Lei de Coulomb para a garota, depois de tanto tentar.

─ Não queria que acabasse assim. Nosso pais se detestando, todos achando que somos adolescentes irresponsáveis e que não somos capazes de cuidarmos de nosso país...

─ Eu sei, eu sei... Também não queria que as coisas acabassem assim.

─ Você sabe que pode contar comigo para o que precisar, não é? ─ ele perguntou, ainda segurando a mão da princesa, arqueou uma das sobrancelhas. ─ Sabe que eu vou te ajudar no que puder...

─ Eu também vou te ajudar no que puder, Sammy. No limite do possível, ou até um pouco mais. Você merece.

O garoto deixou um beijo delicado sobre a mão da garota, fazendo com que ela sorrisse envergonhada. Aquele era o primeiro contato que eles tinham tido em toda a vida. A maneira como se conheceram dois anos atrás. Agora eles estavam ali, usando como uma despedida.

─ Vê se não morre. ─ ela falou, afastando a mão do toque do garoto, fazendo com que ele sorrisse depois de revirar as íris escuras.

─ Morrer não é o plano.


Victor escutou quando a garota abafou um grito de raiva. Ele apressou os passos até entrar no quarto de Suzana e interromper a passagem de Cameron que também parecia ter vontade de entrar.

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