☆ Capa feita pela talentosissima @flordobrasil ☆
Fadas madrinhas estavam em extinção, sapatinhos de cristal tinham saído de moda há séculos atrás, as maçãs envenenadas saíram do mercado num piscar de olhos, não existia mais ninguém que conseguiria d...
Durante dois dias, ninguém dentro daquele castelo teve paz. Suzana sentia um vazio enorme graças a falta de Jordan. Ele sempre tinha sido tão presente, e agora, pela primeira vez, estava em outro hemisfério, se preparando para um casamento. Ela não fazia ideia de como ele estava se saindo ao fingir estar apaixonado por Maria Cristina. Eles tinham que parecer suficientemente apaixonados ou se não a palavra de Alec não iria valer absolutamente nada. Muito menos a de Ade e Zarina. Suzana tinha medo, também, de que alguma coisa errada acontecesse antes da cerimônia. Tudo era possível.
A primeira a ir foi Cecília. Ela realmente estava animada demais com o casamento e a ideia de ser uma das madrinhas. Dois dias atrás, ainda antes do sol nascer, ela tinha entrado no carro da embaixada do próprio país, e ido embora. A cada partida, era um suspiro da parte de Suzana.
Pela janela, ela viu quando Shawn e Amber também foram embora. Antes disso, ela tinha feito o possível para o garoto acreditar que tudo ficaria bem e que ele não precisava se preocupar. No mesmo instante que dizia isso, Jasmine passava pelo corredor. Talvez as coisas terminassem bem.
Minutos antes dos canadenses irem, foi a vez de Cameron. Por mais que o sol estivesse escondido atrás das nuvens, o inglês usava óculos escuros enquanto entregava uma bolsa de mão para um dos seguranças. Era a primeira vez que Suzana via o garoto vestido daquela maneira em público. Roupas confortáveis e típicas de jovens completamente normais. Ela continuou olhando a maneira como o garoto se arrumava para ir embora, conversando com alguma pessoa importante, parecendo não dar muita atenção para o que dizia. Antes de entrar no carro, ele olhou para cima, na direção do quarto de Suzana, como se soubesse que ela estava lá, e ela realmente estava. Cameron não sorriu, não acenou, não levantou o lábio em sinal de despedida. Ele simplesmente a encarou, causando arrepios no corpo da garota, e entrou no carro. Aquilo foi o motivo para o coração da garota se quebrar em mil pedaços, pela segunda vez em toda a sua vida.
Ver Shawn ir embora foi um basta. Os empregados já se retiravam do castelo para terem suas aclamadas semanas de folga. Suzana abriu a porta do quarto, disposta a fazer alguma coisa que lhe tirasse do fundo do posso, mas seus pés foram bloqueados por uma caixa colocada no chão.
Ela era grande e quando a garota a pegou, leve. Suzana olhou para aquilo temendo o que iria encontrar lá dentro. Ao abrir o laço de fita dourado e tirar a tampa da caixa preta, ela viu o que menos queria ver naquele momento. A garota esticou os braços para cima, esticando o tecido vermelho, um dos vestidos mais bonitos que ela já tinha visto. Um bilhete estava no fundo da caixa.
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─ Luke? ─ Martin gritou, tentando conseguir uma resposta do irmão que estava trancado dentro do próprio quarto desde a noite anterior. ─ Luke, chega de piadinhas. O que está acontecendo?
─ Serve esse Luke? ─ Martin se virou para trás, assustado. Apoiado em Jasmine, Luke tropeçava nos próprios pés, mostrando um sorriso bobo e despreocupado, cantarolando alguma coisa que Martin não reconhecia. Luke soluçou e o irmão conseguiu entender o porquê dele estar daquela maneira. ─ Uma das cozinheiras disse que ele bebeu umas seis garrafas de vinho, só essa manhã.
