XXXIX.

189 16 104
                                    

(Esse gif acaba com as minhas estruturas, assim como esse capitulo)

Libere todos os empregados quando eles forem para a África. ─ Martin tentava ter atenção enquanto escutava as regras de Skylar. ─ Não vou gastar com a segurança de vocês, saberão se virar.

Martin desligou o telefone e se sentou sobre a cama, vendo a maneira como Suzana entrou desesperada pelo próprio quarto. A garota passava a mão pelo cabelo, freneticamente.

─ O que houve? ─ Martin pareceu preocupado. Ele realmente estava.

─ Onde estão as caixas que trouxeram do Canadá? As caixas com as nossas coisas?

─ Nós já pegamos nossas coisas há muito tempo, Sue. Tudo o que deveria ser dividido já foi. Não tem mais nada guardado.

Suzana saiu do quarto da mesma maneira que entrou, e se Martin não estivesse numa situação parecida com a dela, tentaria, pelo menos, seguir a garota. Mas no momento, ele precisava de alguém que o seguisse.


A garota tropeçou em seus próprios pés enquanto voltava para o quarto. Aquilo realmente não poderia estar acontecendo. Ela realmente precisava daqueles diários, por mais velhos que eles fossem. Ela precisava descobrir o porquê daqueles quatro nomes ficarem girando em sua cabeça, como uma lembrança mal guardada. Ela precisava saber se realmente era verdade.

Dois dias se passaram. Jordan iria viajar para a África naquela noite. O casamento já tinha sido marcado, as comemorações começariam em três dias. Cinco dias de festa nem era sinônimo de luxo, qualquer um comemorava um casamento daquela maneira no país de Maria Cristina. E naqueles dois dias, os nomes Becky, Drake, Cassy e Bash ficaram martelando na cabeça da garota. Ela tinha sonhado duas vezes com crianças que ela não conhecia, mas alguma coisa lhe dizia que na verdade, ela não se lembrava. Já tinha procurado nos seus diários mais novos e quando resolveu procurar nos mais antigos, não encontrou nada. Nem respostas, nem o próprio diário.

Suzana olhava para o armário na esperança de que todos eles aparecessem num passo de mágica ali dentro. Mas não aconteceu nada. O desespero bateu no coração da garota. Da mesma maneira que alguém bateu em sua porta. Ela gritou, indicando que a pessoa poderia entrar.

─ Eu preciso de sua ajuda... ─ Jordan comentou, parando no meio do quarto ao ver a garota ajoelhada. ─ Alguma coisa de errado?

Depois de piscar os olhos diversas vezes e esconder as lágrimas, ela se levantou, fechando o armário e guardando seu desespero lá dentro. Ela endireitou a coluna e encarou Jordan. Vendo a maneira como ele parecia mais desesperado do que ela.

─ Nada. ─ Suzana comentou, não adiantava mais pedir a ajuda de Jordan. Ele não tinha mais o que fazer. Não precisava mais se preocupar com aquelas coisas. Estava se livrando de um peso para carregar outro. ─ Mas o que houve com você?

─ Não posso me casar.

Suzana mostrou um sorriso irônico com a declaração.

─ Você percebe isso agora? Acho que você esperou tempo demais, Jordan.

─ Eu não posso fazer isso, não posso simplesmente ignorar o que sinto por Nerissa. Nós conversamos sobre isso ontem! Vocês sabe como estou me sentindo. Tem que me ajudar, Sue. Me dê uma luz, pelo menos.

─ Nerissa? Eu pensei que você tinha bebido demais. ─ Suzana comentou. ─ Então é verdade?

Jordan balançou a cabeça, concordando.

─ Eu não posso simplesmente me casar com Maria Cristina e esquecer ela.


School Of Heirs Where stories live. Discover now