XVI.

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─ Senhorita Suzana, eu lhe avisei. ─ o homem falou, tirando a mão da testa da garota, sentindo que a temperatura dela estava normal. Cameron ainda estava de pé ao lado da cama, olhando preocupado para a garota. ─ Só não irei te levar de volta para a ala hospitalar por saber que será o pior para você. Mas espero que comece a me escutar e pare de aprontar. Você não está completamente bem, precisa de paciência até que seu organismo volte ao normal. Você foi envenenada, precisa de descanso.

Tris estava próxima da porta, percebendo como a garota tinha ficado relativamente culpada ao escutar a palavra do médico sentado em frente a ela na grande cama.

─ Você vai continuar tomando seus analgésicos como antes, nos mesmos horários. E a partir de agora, somente caminhadas matinais e curtas, acompanhadas de alguém que possa te socorrer se algo de errado acontecer. ─ ele comentava, colocando mais alguns remédios sobre o criado mudo da garota. ─ Você também tem que tomar esses logo após cada refeição. Aliás, a senhorita já tomou café da manhã?

Cameron tentou abafar um sorriso ao ver a garota balançar a cabeça, negativamente, para o médico que a olhou parecendo decepcionado. Suzana abaixou a cabeça, parecendo envergonhada.

─ Vou descer, pedir que eles preparem algo reforçado e com vitaminas para você. Quem sabe algo quente não faça o veneno sair mais rápido? ─ ele parecia conversar consigo mesmo, arrumando suas coisas dentro de uma pequena mala escura. ─ Não faça esforços.

A garota assentiu, se encostando na pilha de travesseiros que Cameron tinha feito atrás de suas costas enquanto o médico não aparecia acompanhado de Tris.

─ Altezas. ─ ele falou, fazendo uma rápida reverência, recebendo um sorriso simpático de Tris.

─ Obrigado, doutor. ─ Cameron falou, acompanhando-o até a porta.

Suzana deixou que sua cabeça caísse para um dos lados, cansada. Ela se sentia horrível ao se sentir dependente de todos. Se sentia horrível ao não ter condições de fazer as coisas que gostava.

Ela viu quando Tris se aproximou, sentando-se nos pés da cama, próxima ao corpo de Suzana. Ela parecia encarar a garota deitada, a procura de algo errado no rosto dela. Suzana estava mais pálida do que parecia.

─ Que história é essa de que você foi envenenada? ─ a princesa perguntou.

Suzana explicou sobre o mercúrio na fumaça e nas balas que estava quebrando as janelas e que também tinham atingido Kris. Enquanto Cameron se aproximava e cruzava os braços, no mesmo lugar onde estava antes, ela dizia como o elemento causava alucinações e algumas fraquezas no corpo. Como Jordan e Martin não tinham levado nenhum tiro, eles não tinham o veneno no sangue assim como ela, somente na via respiratória.

─ Tudo bem, grande história. ─ Tris comentou, sorrindo para a garota. ─ Mas agora tenho que ir, ver se consigo alcançar Cecília e fazer com que ela me espere para que possamos cavalgar no bosque. Venho te ver mais tarde.

─ Bosque? ─ Suzana perguntou, assustada, vendo a garota fechar a porta rapidamente, já fora do quarto. ─ Cavalgar? Elas estão loucas? Victor! Ele tem que impedir isso.

Suzana sentiu as mãos de Cameron não deixando que ela se levantasse. A garota encarou os olhos castanhos dele, confusa. Ele se sentou ao lado dela, pronto para impedir qualquer movimento brusco que ela fizesse novamente. Ela entendeu quando a cabeça começou a doer novamente.

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