Ato 2 : Correndo contra o tempo

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  Assim que entramos na escadaria  dois zumbis subindo e dois descendo, antes que eu ou alan pudéssemos reagir, duas flechas zuniram, dois zumbis caíram, cortei a cabeça de um dos zumbis e Alan a do outro.

— Caraca André que tiro!— Falei

— Eu falei que sabia usar arco e flecha.

— Vamos, não podemos perder tempo. — Ana falou.

— Peraí—Rafael correu até um zumbi caído e enfiou a faca na cabeça dele. — Zumbilandia... Golpe duplo.

  Todos fizemos o mesmo, retiramos as flechas e continuamos a descer as escadas, felizmente nenhum novo confronto até chegarmos no térreo, empurrei a porta devagar pra não fazer barulho, olhei pelo espaço entre a porta e a parede, contei os zumbis no caminho, cerca de 7 deles, fiz o sinal de 7 com as mãos.

— Vou abrir a porta no 3, corram, evitem confronto até chegarmos no carro, vou carregar Arthur nas costas, Alan e Rafael caso algum venha de frente pra agente derrubem o mais rápido possível.— Eles assentiram, botei Arthur nas costas. — Um...— coloquei a mão na porta.— Dois...Três! — Abri a porta e todos corremos em disparada.

   No caminho pro carro um zumbi tentou nos atacar pelo lado, Ana o acertou com uma das lanças improvisadas, outros 3 vieram pela frente, Alana acertou um com o arpão, Rafael e Alan cuidaram dos outros, Chegamos no carro, destranquei e todos entramos, subimos os vidros rápido pra nenhum zumbi acertar a gente. A ignição não tava indo e os zumbis estavam chegando.

— Tira a gente daqui Negro! — Ana gritava.

— A porra do carro não quer ir!
  Dei um soco no volante, tentei mais uma vez, o carro ligou, saímos em disparada.

— Caralho João cê quase matou a gente! — Alan deu um murro no meu ombro.

— Não tenho culpa se essa merda não queria ligar... O carro é modelo 2012!

— Velho pra caralho...— Rafael comentou.

   O caminho até o shopping foi tranquilo, todos calados, estávamos assustados demais pra ficar conversando.

  Encostei o carro na entrada do shopping.

— Ta muito estranho... — Alan falou.

— Por que? — Ana olhava com um olhar ainda assustado pra Alan.

— Não tem nenhum zumbi aqui fora.

— Me dê algo que eu possa jogar. — Estiquei a mão. André me deu a capa do celular dele.

  Joguei a capa com força, ao bater no vidro do shopping vários zumbis saíram de todos os cantos na direção da porta, eu ia pisar no acelerador quando Rafael puxou o freio de mão.

— Fiquem... Todos... Quietos.— Ele falou me encarando.

  Eu estava aterrorizado, haviam muitos zumbis vindo em direção a entrada do shopping, eles passaram direto ao redor do carro e ficaram todos juntos na entrada principal.

— Como sabia que eles não nos atacariam? — cochichei pra ele.

— Bom... Nos filmes...

— Você arriscou nossas vidas Rafael...

— Eu sei mas...

— Isso não importa agora o que importa é como vamos entrar?— Alana interrompeu nossa conversa.

— Rafael? — Olhei pra ele.

— Podemos ir pelo estacionamento.

— Não...— Ana falou.— Seria muito idiota sair do carro agora, e pior ainda arrastar o carro, vamos ter que passar a noite aqui.

— Mas a balsa sai daqui a 1 hora.— Rafael falou.

— Não temos escolha, amanhã vai ter outra balsa.

  Puxei o freio de mão e tranquei o carro,demos um jeito de deitar o banco de trás, e os da frente pra sobrar mais espaço, no fim de tudo ainda tive que dormir com Alana em cima de min.

  Bom não foi a melhor noite da minha vida, afinal 7 pessoas dentro de um carro nunca é confortável, mas eu dormi como uma pedra.

   No outro dia, acordei com Alana babando em cima de min, olhei pro relógio, 5:30, olhei ao redor, nenhum   zumbi próximo.

— Ei...— Bocejei.— Acordem, é a nossa chance.

  Todos nos arrumamos, pegamos só o necessário.

— Arthur, fique aqui, nos voltaremos pra te buscar, eu prometo.— Alana falou.

— Não é muito seguro deixar ele sozinho.

— Eu fico com ele então. — Rafael disse.

— Não Rafa, eu e Alana ficamos, alguém tem que dirigir caso agente tenha que sair as pressas.— Alan disse botando o facão dentro do carro.

— Então pronto. — Ana falou.— Se não voltarmos em 25 min, vão para o porto, chegaremos lá depois.

  Os dois assentiram, Eu, Ana, André e Rafael entramos no shopping.

— Galera, a estratégia e a seguinte, Centauro, Riachuello , Aquele mercado e depois direto pro carro entenderam?

— Sim... — Eles disseram em uníssono.

— Entendeu Ana?

— Você fala como se eu fosse fazer algo imprudente.

  Checamos o caminho, evitamos o máximo de confrontos possíveis, afinal, estávamos em menor numero, passamos por dentro da Game Station e saímos de frente com a Centauro, entramos, pegamos tênis, camisetas, equipamentos de proteção e enfiamos na minha mochila.

— Próximo passo, Riachuello.

  Novamente evitando o máximo de confrontos possíveis, chegamos na Riachuello em segurança.

— Estou ficando sem flechas...— André comentou.

— Precisamos tirar todos os zumbis daqui, pra dar pra arrumar as coisas na mochila sem problemas.— Falei.

— André... Você acha que conchegue derrubar aquela vidraça do outro lado, no andar de cima?—Apontei pra vidraça a cerca 600 metros de distancia.

— Eu vou ter que conseguir.

— Escondam-se— Falei. — Cara o plano é o seguinte, você vai atirar, e enquanto a flecha voa, você precisa entrar em baixo daquele banco entendeu?

— Entendi.

  Ele atirou a flecha, eu contava os segundos pra ela atingir a vidraça, enquanto André corria para debaixo do banco, ele não ia conseguir chegar a tempo. Os vidros se quebraram, uma horda enorme de zumbis saindo de todos os lados corria na direção do ruído.

   O andar debaixo estava vazio agora, era só pegar o resto das coisas e sair.

  Toda a missão havia sido um sucesso, estávamos todos saindo quando ouvi um vidro se quebrando, me virei bruscamente pra ver de onde veio.

— Ana Carolina, você não fez isso !?

  A loira corria em nossa direção com um taco de beisebol na mão e uma aljava de flechas nas costas.

— Corre que fodeu!— Ela gritava.

— Mas que porra você fez?!

— Estava trancada a porta, eu não achei que fosse fazer tanto barulho!

— Ah claro como se uma vidraça quebrada fosse cair em silêncio...

— Calem a boca e corram!— Rafael gritou.

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Não Seja MordidoOnde histórias criam vida. Descubra agora