Meses se passaram desde que chegamos ao hotel, o Negro ainda não respondera minha mensagem, talvez eles estejam mortos. Os dias vinham sendo tranqüilos, tínhamos serviço de quarto, direito de andar em todas as áreas do hotel com exceção, do subsolo, não faço a mínima ideia do que tinha lá, mas eu acho isso muito suspeito.— Sodré! Não vai entrar não?— Alana disse nadando na piscina.— a agua tá uma delicia.
— Não, não to no clima.
Passei o dia pensando em como meus amigos estariam, os outros fingiam não se importar, mas eu sabia que eles também estavam preocupados apesar de os culparem.
RAFAEL
Eu sinceramente não os culpava pela morte de nossos amigos só não podia perdoa-los pelo fato de terem ido sem min, não queria assumir isso mas era a verdade.
JOÃO
Dias se passaram, nós estávamos num hummer que eu encontrara em um beco indo em direção a prefeitura.
— Revisaremos o plano mais uma vez.— Ana falou.— Nosso objetivo é salvar o máximo de pessoas possíveis.
— Se o big bob aparecer, eu cuido dele.— Falei.
— Não.— Joanna agarrou meu braço.— Temos que atacar todos juntos.
— Não vamos matar Nalther!— Ana falou.— Ele é nosso amigo.
— Ele matou nossos amigos! Como você ainda pode chamar ele de amigo?
— Deve haver uma explicação bem razoável pra isso...
— Chegamos.— Caleb interrompeu.
— Vocês sabem o que fazer, então vamos nessa!— Abri a porta e disparei abrindo a porta da prefeitura.
Sabe quando você é um posso de pura raiva e nem percebe o que se passa ao seu redor? Então... Entrei na prefeitura sacando meu par de pistolas, 12 balas 12 mortes, meus amigos nem tiveram tempo de agir, nem eu sabia que tinha toda essa mira, me senti o DeadPool.
— Achei que você tinha dito que era ruim de mira.— Joanna falou.
— Acho que isso não se aplica a armas de fogo.— Ana interrompeu.
— Vamos, não temos tempo a perder.— Caleb tomou a frente e nós o seguimos.
— Vamos nos separar, Ana falou, Meninos por um lado e meninas pelo outro.
Corremos por todos os corredores, entrando em salas, galpões e tudo mais, não havia mais ninguém lá, parece que todos já tinham ido embora antes da nossa chegada.
— Acho que foi tudo em vão...— Caleb falou.
— Mas, eles estavam aqui! Eu juro!
— Se estavam, já foram.
— Droga...
— Galera temos problemas.— Anã disse com o taco de baseboll na mão.
—Zumbiiis!— Joanna corria na minha direção, carregando uma espada.— Segura Jão! O natal chegou mais cedo!
— Agora sim mandou ver! Cabeças vão voar.— Meu humor melhorou.
Não eram muitos zumbis então não levamos muito tempo.
De noite eu estava deitado no terraço, olhando as estrelas.
— Negro...— Ana se sentou ao meu lado.
— O que foi, não consegue dormir?— Ela assentiu com a cabeça.
— Tô preocupada com o pessoal, acha que eles estão bem?
— Com certeza sim...— Meu celular vibrou, mensagem de um numero desconhecido, abri e havia um conjunto de números, coordenadas.— Certeza mesmo.— Falei mostrando o celular pra Ana.
RAFAEL
Eu estava sentado na borda da piscina admirando o céu estrelado, eu e João costumávamos fazer muito isso.
— Precisamos conversar.— Ouvi uma voz e passos de aproximando, olhei pra traz e era Sodré.
— Sobre?
— Cair fora daqui.
— Aqui é bom e é seguro.
— Não, não é, eu ouvi guardas falando sobre algum tipo de experimento pra encontrar a cura.
— Isso é bom, se encontrarem, nós finalmente podemos acabar com tudo.
— Não quando nós somos as cobaias.
— Eles não podem fazer isso, é errado, e como eles podem testar a cura em nós se estamos "limpos"?
— Nesse mundo não há mais leis, e é muito mais fácil fazer um zumbi do que sair por aí e arriscar vidas pra pegar um.
— Verdade...— Me levantei.— Temos que mandar um sinal pra os outros.
— Ja fiz isso, enviei nossa localização, só não sei se chegou...
— Então nos resta esperar o resgate.
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Não Seja Mordido
ActionQuem disse que nerds não sovreviveriam? Não existe um manual que explique perfeitamente como sobreviver a um apocalipse zumbi, mas depois de tantos jogos, filmes, HQs, seriados e tudo mais, não é possível que um grupo de amigos, um tanto sem noçã...